XXV. TEMPS

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O sinal de uma mente culta é a capacidade de considerar uma ideia sem aceitá-la.”

- Aristóteles

- Aristóteles

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25. Tempo

A M A L I E

A M A L I E

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— E... eu? — Apontei para mim mesma, involuntariamente dando um passo para trás.

Nem mesmo uma espada apontada para meu peito me assustara daquela maneira; nem mesmo meu julgamento... nem mesmo a própria morte.

Me casar... me casar com o rei!

— Só pode estar louco! — a princesa esbravejou —, uma selvagem como rainha dos francos?

As joias que adornavam seus braços tilintaram quando ela os cruzou raivosamente, batendo o pé, contrariada.

Anéis e braceletes misturavam-se: prata, ouro, diamantes. Sua vaidade não parava ali. Ela sequer disfarçava seu ódio por minha pessoa. Não sabia se por ser camponesa ou por ser a responsável pela morte de Bellamy.

Eu não a culpava. Mas também não me esforçava para simpatizar com ela.

— Sophie! — Carméle repreendeu.

— A selvagem tem um nome, alteza — sussurrei para o nada; para ninguém.

Respondi a princesa, porém sem dirigir-me a ela especificamente.

Estava perdida, assustada com toda aquela ideia. Os pensamentos não se ordenavam.

O plano também não pareceu agradar a Quennel:

— Concordo com a princesa. Uma mulher com as mãos ásperas pelo trabalho no campo não pode estar ao lado do rei.

Eu não compreendia o que havia de tão vergonhoso em trabalhar honestamente. E diga-se de passagem, aquilo não me ofendia. Pelo contrário: eu me orgulhava de trabalhar desde criança para colocar o pão na mesa de minha família.

Vossa Majestade, o Rei ✠ Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora