“A parte que ignoramos é muito maior que tudo quanto sabemos.”
- Platão
15. Puro-sangue
A M A L I E
Levantar da cama tornara-se uma tarefa difícil. Não por cansaço, nem por desânimo. Mas por dor.
Meu corpo doía como se houvesse sido moído feito trigo.
O roxo misturava-se ao avermelhado em hematomas que tomavam minha aparência quase que por inteiro.
Constatei que o treino era muito pior quando sentido na pele.
Quennel maldito havia me reduzido a pó, colocando-me na mesma linha de duelos que seus soldados mais avançados.
Eu queria sua cabeça em uma bandeja.
Estava acabada. A seiva de babosa melecava quase tudo por dentro de minha túnica.
Victorine e Danielle dividiram-se para cuidar de meus ferimentos. Eu me sentia exausta — pior, humilhada.
Quennel queria provar que eu não possuía a força necessária para integrar seu exército. E visto meu estado deplorável, talvez ele tivesse sua razão quanto a isso.
Enquanto caminhava pelo lado de fora do palácio, toquei o colar abaixo da túnica. A saudade de mamãe doía mais que a surra que levei.
Ela teria algo de otimista para me dizer... me deitaria em seu colo; cuidaria de mim; faria com que eu me sentisse melhor.
Eu daria tudo para ver seu sorriso outra vez — não que houvesse me sobrado muita coisa.
Então, um barulho fez-me interromper a caminhada; um som que eu conhecia bem: trotadas.
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Vossa Majestade, o Rei ✠ Livro I
RomanceAqui não temos um CEO vestido com ternos de risca. No lugar disso, o rei Christophe esbanja seu charme e sensualidade com uma bela coroa de pedras preciosas. A mocinha indefesa não é tão indefesa assim - e nem tão mocinha. Afinal, Amalie maneja uma...