“O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete.”
- Aristóteles
10. Biblioteca
A M A L I E
Roy cumprimentou-me na manhã seguinte, assim que adentrei a cozinha:
— Como está, milady? Achei que Victorine estivesse com você.
Apoei-me na quina da mesa, observando-o misturar e amassar ervas diferentes em uma tigela para obter um tempero.
— Ela disse que precisava ajudar a mãe com alguma coisa — contei a ele.
Victorine me informara que sua mãe era uma das criadas do rei, responsável por manter seu quarto em ordem. O tamanho da responsabilidade e proximidade com Christophe Toussaint por conta de seu trabalho chegava a me causar calafrios.
— Sei. Você está com fome?
— Sempre. — Ri. — Mas acabei de terminar o desjejum. Melhor não abusar.
— Melhor — Roy concordou, sorrindo para mim —, ainda mais depois disso aí. — Apontou para meus lábios.
Eu não tinha visto, mas podia sentir a queimadura neles — tanto a textura quanto a dor.
Sorri, travessa, tocando o local ferido.
— Bom... você precisa de alguma coisa? — Roy ofereceu, gentil.
— Não.
— O que a trás aqui, então?
— Só vim te ver. — Algo em minha frase fez seu sorriso aumentar, de ponta a ponta. — Já estou de saída, na verdade.
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Vossa Majestade, o Rei ✠ Livro I
RomanceAqui não temos um CEO vestido com ternos de risca. No lugar disso, o rei Christophe esbanja seu charme e sensualidade com uma bela coroa de pedras preciosas. A mocinha indefesa não é tão indefesa assim - e nem tão mocinha. Afinal, Amalie maneja uma...