“Não perca mais tempo discutindo sobre o que um bom homem deve ser. Seja um.”
- Marco Aurélio
24. As Trombetas
A M A L I E
— Uma... uma guerra? — indaguei naquela mesma noite, com a mão ainda queimando em brasas depois ter sido beijada por ele.
Minha mão... Os lábios do rei tocaram minha mão!
Christophe e eu estávamos diante de uma das janelas, observando a lua tal como ela nos observava.
Iluminado pelo luar e a vela que levei para o forte, seu corpo encontrava-se próximo ao meu.
As cicatrizes eram diferentes de tudo o que eu já vira — mais profundas, mais violentas.
Eu reconhecia ferimentos de todo o tipo de arma em seu corpo. E o modo como percebeu que as marcas chamaram minha atenção, mas nada quis dizer sobre, apenas fazia-me pensar que aquilo não possuía ligação com batalhas: a pele de Christophe fora uma tela pincelada com sangue.
Os traços, as regiões costuradas, partes incineradas... Tamanho estrago só podia ser uma coisa: tortura.
E se eu estivesse correta, compreendia ainda mais o motivo de ele repudiar tanto o pai.
— Sim — confirmou.
Eu nunca o vira tão explicitamente chateado.
A máscara não estava presente em seu rosto. Havia despencado sob os pés. Seus olhos refletiam exaustão e tristeza.
Meu coração doeu por ele.
— Explicarei tudo a você... a todos. Mas não agora.
Mesmo contrariada por querer saber tudo a respeito, senti que devia respeitar seu momento.
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Vossa Majestade, o Rei ✠ Livro I
RomanceAqui não temos um CEO vestido com ternos de risca. No lugar disso, o rei Christophe esbanja seu charme e sensualidade com uma bela coroa de pedras preciosas. A mocinha indefesa não é tão indefesa assim - e nem tão mocinha. Afinal, Amalie maneja uma...