XXVI. JUSQU'Á LA FIN

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“Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz.”

- Platão

- Platão

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26. Até o Fim

C H R I S T O P H E

A cerimônia ocorreria uma manhã antes da viagem a Conques

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A cerimônia ocorreria uma manhã antes da viagem a Conques.

Horas antes, ainda na madrugada, peguei-me pensando sobre toda a trajetória que me levara até ali.

Desde a coroação, a um casamento arranjado...

Eu era o rei franco, e pela tradição, me casaria com a filha de algum duque ou conde; com alguma princesa.

Aprenderia a conviver com ela, com a escolhida, dando continuidade à linhagem Toussaint com muitos filhos, que assumiriam o trono quando minha passagem neste mundo chegasse ao fim.

A ideia nunca me agradara; sequer me ocorrera, para ser sincero.

Eu era um homem em processo de evolução, de reconstrução. Não seria um bom marido ou um bom pai. Não sabia como ser. E seria demais para mim ter a responsabilidade no sofrimento de uma esposa e herdeiros como o rei Linus fora pelo meu, de Sophie e nossa mãe.

Eu não sabia como passar o resto da vida ao lado de uma mulher que me deixaria entediado e nada entenderia sobre meu modo de governar.

Eu abominava a ideia do matrimônio.

Como poderia fazer uma esposa feliz se contáveis vezes na vida sentira felicidade?

Porém, naquela madrugada, enquanto observava os corvos voarem na direção que o luar apontava, a ideia não me pareceu tão difícil assim.

Vossa Majestade, o Rei ✠ Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora