“Um corvo na tempestade
Um presságio de frio crescente
Um tremor no seu sangue
(...) Quando as luzes se apagam, os machados caem
Um rei deve retornar.”
♪ To Erebor,
Wind Rose07. Sentença
C H R I S T O P H E
Minha decisão estava tomada quando abriram os portões de ferro do grande pátio.
Egon, o mordomo real, anunciou:
— Presente para julgamento: Amalie Auclair, de Languedoc-Roussillon.
Os dois soldados enviados para a missão adentraram o lugar, cada um de um lado de uma figura um tanto... exótica.
Os grilhões tilintavam a cada passo dela. O vestido verde musgo surrado estava tão sujo de terra como a pouca pele avermelhada e sardenta exposta da mulher. Cabelos longos e ruivos tocavam sua cintura fina, maltratados e desalinhados com mechas caídas pelo rosto.
Ela foi jogada com violência ao pés de meu trono, ficando apoiada nos própios joelhos ao chão.
Amalie Auclair ergueu o queixo, ofegante, espumando de raiva; encarando-me de um modo que outros jamais tiveram a ousadia.
De fato, ela não fazia ideia de quem o novo rei era.
Seus olhos — rasos e castanhos, salpicados de verde — possuíam um fogo apenas presente em homens que lutavam em guerra. Pareciam pertencer a uma águia, uma águia que ansiava por destroçar sua presa em pequenas tiras de carne.
A presa, no caso, seria eu.
Eu teria rido; gargalhado alto de sua audácia em encarar-me daquela maneira, como se pudesse fazer comigo metade daquilo que seus olhos prometiam.
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Vossa Majestade, o Rei ✠ Livro I
RomanceAqui não temos um CEO vestido com ternos de risca. No lugar disso, o rei Christophe esbanja seu charme e sensualidade com uma bela coroa de pedras preciosas. A mocinha indefesa não é tão indefesa assim - e nem tão mocinha. Afinal, Amalie maneja uma...