Os raios solares invadem o quarto. Luto conta o instinto de abrir os olhos. Meu corpo está completamente dolorido, parece que fiz horas de exercícios pesados.Sinto um peso sobre minha cintura, me deixando totalmente imóvel. Abro os olhos lentamente e viro o rosto para olhar Poncho totalmente agarrado em mim.
Meu Deus!
É insuportável a ideia de que ele esteja tão bonito a essa hora do dia!
Tento me levantar, mas ele me aperta o braço e me prende ainda mais contra si.
— Você não vai a lugar algum. — Sussurra com a voz totalmente rouca em meu ouvido.
Sexy para caralho!
Sorrio.
— Eu já volto.
— Não ouse! — Ele ordena, enquanto distribui beijos em todo o meu pescoço.
Começamos tudo de novo!
Em geral não gosto de fazer sexo pela manhã, porque acordo num puta mau humor. Mas com Poncho é diferente. Não é como se tivesse um momento certo para acontecer.
Transamos várias vezes naquela manhã, até que finalmente a exaustão toma conta de nós dois e voltamos a dormir.
Quando passa das onze, consigo finalmente levar.
Preciso de um banho urgentemente!
Sinto a água quente cair sobre mim, enquanto esfrego o shampoo no couro cabeludo. Em seguida massageio o condicionador nas pontas de meus cabelos e com os olhos ainda fechados, sinto duas mãos firmes apertarem minha cintura.
Dou um sobressalto pelo susto.
— Achei muito pouco educado da sua parte você não me convidar para tomar banho. — Poncho volta a sussurrar em meu ouvido com essa maldita voz rouca.
Solto uma risada.
— Eu te convidaria, mas você dormia tão profundamente...
— Isso não te exime da culpa...
— Ah, não?
Poncho me conduz a virar e ficar de frente para ele.
Me olha.
Abaixo o olhar e o vejo completamente nu. A água cai sobre a sua pele e eu trago minha própria saliva.
Está excitado, eu mais ainda.
— Não! — Sua mão vai até a minha nuca, onde ele agarra meus cabelos e os puxa.— Merece ser castigada!
Poncho me olha seriamente. Seus olhos são intensos e mais escuros que o habitual.
Ele me pressiona contra a parede gelada do banheiro, uma corrente elétrica percorre por todo o meu corpo. Me ergue em seus braços e eu automaticamente levo minhas pernas até sua cintura.
Sua pele molhada está grudada a minha. Seu peito fricciona contra meu mamilo.
Respiro ofegante.
Jogo a cabeça para trás e solto um gemido alto quando o sinto esfregar seu pau em minha intimidade. Ele me tortura. Gosta disso! Remexo meu quadril em busca de mais, mas ele para.
— Poncho...
— Diga baby! — Ele murmura.
— Por favor, eu preciso!
— Peça direito. — Passa seus lábios pela minha orelha e mordisca. — Do que você precisa? — Pergunta.
— Oh! — Gemo descontrolada. — Preciso de você dentro, por favor.
Poncho desce seus lábios até os meus e morde meu lábio inferior, enquanto entra lentamente em mim.
— Assim? — Ofega. — É assim que você quer? — Grito quando ele sai de mim e entra novamente de uma só vez.
— Sim! — Respondo enlouquecida. — Rápido! Mais rápido!
Aos poucos os movimentos aumentam de uma forma frenética. Ouço a água caindo sobre nós dois, ouço nosso gemidos e o barulho de nossos corpos se chocando.
É violento, mas não sinto dor.
Apenas um prazer indescritível que me atinge e meus músculos se contraem em vários espasmos.
Não consigo segurar aquela sensação por muito tempo. Estou tendo um orgasmo maravilhoso. Poncho morde meu ombro e também se deixa levar. Goza comigo.
Ele me coloca no chão e sinto minhas pernas vacilarem. Estão bambas. Poncho me segura pela cintura e tomamos banhos juntos.
Esses últimos dois dias têm sido maravilhosos em todos os sentidos. Confesso que tenho um pouco de medo de acordar desse sonho. Ainda é difícil assimilar que tudo isso é real.
Nesse momento estamos em minha cama, a qual não saímos muitas vezes nessas últimas vinte e quatro horas.
— A que horas sai o seu voo? — Pergunto.
Não é algo que gostaria de perguntar, tenho medo de que de alguma forma atrapalhe esse clima que está entre nós dois. Mas em algum momento teríamos que falar sobre isso.
— Ás nove... — Poncho responde.
Assinto com a cabeça e mordo o lábio inferior.
Estou confusa e ansiosa.
Não sei o que esperar do futuro.
— Ei, o que foi? — Ele me olha.
— Não é nada. Acho que estou apenas me dando conta de que amanhã iremos voltar a vida real...— Suspiro pesadamente.
— Vem cá, Ani! — Poncho me puxa para entre suas pernas. Apoio minhas costas em seu peito. Ele acaricia meus cabelos e isso me traz um certo conforto. — Aqui é a vida real também, não esqueça disso. Tudo que vivemos aqui... Nada disso é uma mentira.
— Eu sei que não é, mas os cenários são diferentes...— Explico meu ponto de vista.— Isso pode mudar tudo, não pode?
— Isso depende mais de nós dois do que de maldito cenário, Ani.— Responde seriamente.
Suspiro. Ele tem razão.
— Vai ser difícil aguentar esse tempo antes de voltar á Nova York. Não estava sendo fácil, mas agora é diferente. Agora você esteve aqui e...— Confesso.
Poncho me interrompe, segura meu queixo, obrigando-me a encara-lo.
— Está me dizendo que preferia que eu não tivesse vindo? — Ele me olha seriamente.
Suspiro.
— Não Poncho, estou dizendo que sentirei a sua falta!
Ele sorri, de uma forma apaixonante, aproxima seus lábios dos meus e me beija de uma forma que jamais havia beijado. Nossas línguas se encontram e nossos movimentos são suaves e lentos. Sem pressa, apreciando cada segundo. De uma forma carinhosa e inédita para nós dois.
Ao perder a velocidade, Poncho distribui vários selinhos, acaricia meu rosto, me olha nos olhos e sorri.
— Eu poderia te levar comigo amanhã, você sabe disso. Mas eu te conheço, sei que precisa terminar o que começo por aqui...
Ele tem razão, me conhece como ninguém.
Continua:
— E eu também não posso voltar, já foi bem difícil estar aqui agora.
— Eu sei... — Constato desanimada.
— Escuta, Ani... Esse não precisa ser o fim... — Acaricia meu rosto com o polegar. — Eu estarei te esperando em Nova York!
Nos encaramos por vários segundos.
É uma promessa?
<Notas da autora>
Fim da era Berlim 💔
Venham com o coração aberto para o próximo capítulo, porque ele tá babado!
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Without you
FanfictionAlgumas pessoas vivem pela fortuna. Algumas pessoas vivem apenas pela fama. Algumas pessoas vivem pelo poder, sim. Algumas pessoas vivem apenas para jogar o jogo [...] Algumas pessoas querem tudo. Mas eu não quero absolutamente nada, se não for você...