Capítulo sete

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Os raios solares invadem o quarto. Luto conta o instinto de abrir os olhos. Meu corpo está completamente dolorido, parece que fiz horas de exercícios pesados.

Sinto um peso sobre minha cintura, me deixando totalmente imóvel. Abro os olhos lentamente e viro o rosto para olhar Poncho totalmente agarrado em mim.

Meu Deus!

É insuportável a ideia de que ele esteja tão bonito a essa hora do dia!

Tento me levantar, mas ele me aperta o braço e me prende ainda mais contra si.

— Você não vai a lugar algum. — Sussurra com a voz totalmente rouca em meu ouvido.

Sexy para caralho!

Sorrio.

— Eu já volto.

— Não ouse! — Ele ordena, enquanto distribui beijos em todo o meu pescoço.

Começamos tudo de novo!

Em geral não gosto de fazer sexo pela manhã, porque acordo num puta mau humor. Mas com Poncho é diferente. Não é como se tivesse um momento certo para acontecer.

Transamos várias vezes naquela manhã, até que finalmente a exaustão toma conta de nós dois e voltamos a dormir.

Quando passa das onze, consigo finalmente levar.

Preciso de um banho urgentemente!

Sinto a água quente cair sobre mim, enquanto esfrego o shampoo no couro cabeludo. Em seguida massageio o condicionador nas pontas de meus cabelos e com os olhos ainda fechados, sinto duas mãos firmes apertarem minha cintura.

Dou um sobressalto pelo susto.

— Achei muito pouco educado da sua parte você não me convidar para tomar banho. — Poncho volta a sussurrar em meu ouvido com essa maldita voz rouca.

Solto uma risada.

— Eu te convidaria, mas você dormia tão profundamente...

— Isso não te exime da culpa...

— Ah, não?

Poncho me conduz a virar e ficar de frente para ele.

Me olha.

Abaixo o olhar e o vejo completamente nu. A água cai sobre a sua pele e eu trago minha própria saliva.

Está excitado, eu mais ainda.

— Não! — Sua mão vai até a minha nuca, onde ele agarra meus cabelos e os puxa.— Merece ser castigada!

Poncho me olha seriamente. Seus olhos são intensos e mais escuros que o habitual.

Ele me pressiona contra a parede gelada do banheiro, uma corrente elétrica percorre por todo o meu corpo. Me ergue em seus braços e eu automaticamente levo minhas pernas até sua cintura.

Sua pele molhada está grudada a minha. Seu peito fricciona contra meu mamilo.

Respiro ofegante.

Jogo a cabeça para trás e solto um gemido alto quando o sinto esfregar seu pau em minha intimidade. Ele me tortura. Gosta disso! Remexo meu quadril em busca de mais, mas ele para.

— Poncho...

— Diga baby! — Ele murmura.

— Por favor, eu preciso!

— Peça direito. — Passa seus lábios pela minha orelha e mordisca. — Do que você precisa? — Pergunta.

— Oh! — Gemo descontrolada. — Preciso de você dentro, por favor.

Poncho desce seus lábios até os meus e morde meu lábio inferior, enquanto entra lentamente em mim.

— Assim? — Ofega. — É assim que você quer? — Grito quando ele sai de mim e entra novamente de uma só vez.

— Sim! — Respondo enlouquecida. — Rápido! Mais rápido!

Aos poucos os movimentos aumentam de uma forma frenética. Ouço a água caindo sobre nós dois, ouço nosso gemidos e o barulho de nossos corpos se chocando.

É violento, mas não sinto dor.

Apenas um prazer indescritível que me atinge e meus músculos se contraem em vários espasmos.

Não consigo segurar aquela sensação por muito tempo. Estou tendo um orgasmo maravilhoso. Poncho morde meu ombro e também se deixa levar. Goza comigo.

Ele me coloca no chão e sinto minhas pernas vacilarem. Estão bambas. Poncho me segura pela cintura e tomamos banhos juntos.

Esses últimos dois dias têm sido maravilhosos em todos os sentidos. Confesso que tenho um pouco de medo de acordar desse sonho. Ainda é difícil assimilar que tudo isso é real.

Nesse momento estamos em minha cama, a qual não saímos muitas vezes nessas últimas vinte e quatro horas.

— A que horas sai o seu voo? — Pergunto.

Não é algo que gostaria de perguntar, tenho medo de que de alguma forma atrapalhe esse clima que está entre nós dois. Mas em algum momento teríamos que falar sobre isso.

— Ás nove... — Poncho responde.

Assinto com a cabeça e mordo o lábio inferior.

Estou confusa e ansiosa.

Não sei o que esperar do futuro.

— Ei, o que foi? — Ele me olha.

— Não é nada. Acho que estou apenas me dando conta de que amanhã iremos voltar a vida real...— Suspiro pesadamente.

— Vem cá, Ani! — Poncho me puxa para entre suas pernas. Apoio minhas costas em seu peito. Ele acaricia meus cabelos e isso me traz um certo conforto. — Aqui é a vida real também, não esqueça disso. Tudo que vivemos aqui... Nada disso é uma mentira.

— Eu sei que não é, mas os cenários são diferentes...— Explico meu ponto de vista.—  Isso pode mudar tudo, não pode?

— Isso depende mais de nós dois do que de maldito cenário, Ani.— Responde seriamente.

Suspiro. Ele tem razão.

— Vai ser difícil aguentar esse tempo antes de voltar á Nova York. Não estava sendo fácil, mas agora é diferente. Agora você esteve aqui e...— Confesso.

Poncho me interrompe, segura meu queixo, obrigando-me a encara-lo.

— Está me dizendo que preferia que eu não tivesse vindo? — Ele me olha seriamente.

Suspiro.

— Não Poncho, estou dizendo que sentirei a sua falta!

Ele sorri, de uma forma apaixonante, aproxima seus lábios dos meus e me beija de uma forma que jamais havia beijado. Nossas línguas se encontram e nossos movimentos são suaves e lentos. Sem pressa, apreciando cada segundo. De uma forma carinhosa e inédita para nós dois.

Ao perder a velocidade, Poncho distribui vários selinhos, acaricia meu rosto, me olha nos olhos e sorri.

— Eu poderia te levar comigo amanhã, você sabe disso. Mas eu te conheço, sei que precisa terminar o que começo por aqui...

Ele tem razão, me conhece como ninguém.

Continua:

— E eu também não posso voltar, já foi bem difícil estar aqui agora.

— Eu sei... — Constato desanimada.

— Escuta, Ani... Esse não precisa ser o fim... — Acaricia meu rosto com o polegar. — Eu estarei te esperando em Nova York!

Nos encaramos por vários segundos.

É uma promessa?








<Notas da autora>

Fim da era Berlim 💔

Venham com o coração aberto para o próximo capítulo, porque ele tá babado!

Without youOnde histórias criam vida. Descubra agora