- Não acredito nisso! - Eijirou bradou, após sair do local de onde ele e Izuku haviam acabado de terminar o teste.
- Espera aí! O que foi? - O rapaz de olhos verdes disse, confuso, seguindo o ruivo a passos rápidos tentando o acompanhar.
- Você... - Eijirou se virou para encará-lo. - Você foi incrível! Foi isso que aconteceu... Nem precisou da minha ajuda!
- N-não exagere! Eu só fiz o que o diretor pediu.
- E ele adorou. Não parava de puxar o seu saco por um segundo. Tanto que até se esqueceu de mim. - O ruivo baixou o olhar, chateado. - Não acredito que vou perder o meu papel pra você!
Sim, Eijirou estava irritado com aquela injustiça. Não conseguia entender o porquê dos seus esforços não terem sido recompensados. Havia ensaiado tanto pra, no final, o diretor preferir Izuku, que nem sequer queria atuar.
- Ainda tem mais gente pra fazer esse teste. Não bote a culpa em mim só porque você não passou no papel que você queria! - Izuku disse, tão zangado quanto Eijirou estava. - Além disso, o diretor gostou de você como Ruglius. Então você ainda tem chance de conseguir atuar nessa série.
- É, mas... Eu ouvi quando o diretor disse pra assistente dele que já haviam conseguido o "Esmos perfeito" enquanto te assistia.
- V-você deve ter ouvido errado! E, como eu já disse antes, não bote a culpa em mim... Porque isso tudo é culpa sua!
- Como é que é? - Eijirou se aproximou de Izuku, enfurecido. Seu rosto ficando a apenas centímetros da face do outro rapaz, que recuava tentando se distanciar. Mas o ruivo avançava mais e mais, o encarando bem no fundo de seus olhos esmeralda. - Tá botando a culpa em mim agora, é isso?
- E-exatamente! - O rapaz, então, parou, sem desviar os olhos. Estava começando a suar frio, porém decidiu que não iria se intimidar com aquele homem, mesmo ele tendo quase o dobro do seu tamanho. - Se não fosse por você eu não estaria nesse teste idiota e não teria perdido a minha vaga de emprego!
- Mas foi você quem veio voando pra cima de mim feito um estilingue humano! E aliás, foi você quem roubou a minha vaga de emprego!
- Eu não roubei coisa nenhuma!!! - Izuku aumentou o tom da voz, colocando as mãos na cabeça em descrença.
- Roubou, sim! - O ruivo disse, fazendo beicinho e cruzando os braços.
Então o esmeraldino soltou um riso de escárnio, pois aquele homem era inacreditável.
- Você chama "isso" de emprego? - Izuku debochou.
- E você chama "viver dentro de um escritório minúsculo, com a bunda colada na cadeira, na frente de um computador" de emprego?
- Pelo menos isso eu posso dizer que é um trabalho de verdade! E se você acha que ter uma rotina é algo chato, isso já é um problema seu. Eu gosto de viver assim. Tranquilamente. Gosto de saber o que tenho que fazer, na hora que tenho que fazer, sem nenhuma surpresa tipo essa no caminho! - O rapaz apontou para Eijirou. - E com esse trabalho eu poderia viver assim. Me esforçar para subir de cargo, juntar dinheiro para me mudar pra uma casa tranquila, num lugar tranquilo e viver uma vida muito mais tranquila. Era isso que eu planejava pro meu futuro... - Os olhos de Izuku começaram a marejar. - Mas agora que você apareceu no meu caminho não consigo mais visualizar isso! Agora não sei mais o que eu vou fazer e eu odeio... ODEIO isso!!!
- O que você tá dizendo? Acha mesmo que viver uma vida chata dessas iria te trazer alguma felicidade?
- SIM! É claro que sim! - Izuku gritou. E quando gritou uma lágrima acabou fugindo de seus olhos, que ele secou rapidamente, com raiva por estar vulnerável na frente daquele brutamontes de cabelos vermelhos.
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Imprevisível Destino (KiriDeku)
Fiksi PenggemarIzuku Midoriya estava a caminho de uma entrevista de emprego até cruzar seu caminho com Eijirou Kirishima, um aspirante a ator. Seus destinos, então, mudam drasticamente após ambos descobrirem que estavam interligados por um fio invisível. (Edit: os...