Prólogo

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Meu nome é Selene Leroy, tinha 9 anos quando em 845 o Titã Colossal quebrou o portão da frente de Shiganshina permitindo a entrada dos titãs. Eu e meu vizinho na época, Eren Jaeger, tivemos perdas, sua mãe foi comida por uma Titã e meu pai Richard Leroy, fora decapitado. Sua cabeça parou em minhas mãos...

Pouco depois, o Titã Blindado quebrou o portão traseiro, rompendo completamente a muralha Maria e forçando a humanidade a abandoná-la, recuando para a muralha Rose.

No ano de 847, me juntei ao 104º Esquadrão de Recrutas. No começo, éramos por volta de 100, mas logo no primeiro dia, 8 saíram.

Ao longo do tempo, me aproximei significativamente de Eren Jaeger e nos tornamos super íntimos...

Além dele fiquei próxima de:

Mikasa Ackerman. Nossa relação é o que eu posso definir como conturbada mas ao mesmo tempo saudável. Ela nasceu em 10 de fevereiro, o que a torna 3 dias mais velha que eu e todos tem o prazer de me lembrar disso. 

E por sermos as mais fortes da turma, havia uma certa rivalidade (criada só por mim), para ver quem era mais forte entre as duas.

Uma coisa que fazíamos de vez em quando era queda de braço, e nisso eu só perdi algumas vezes lá no começo, sendo uma a culpa totalmente dos arrombados do Eren e Jean.

Obs: hoje em dia ninguém nunca mais ganhou.

Armin Arlert. Nossas conversas são profundas, às vezes soavam até poéticas, foi o segundo amigo que eu fiz na minha vida. Aliás, a primeira vez que falei e vi ele, foi no mínimo interessante.

Fazia alguns dias que eu tinha chegado em Shiganshina, havia feito amizade com meus vizinhos, Eren e Mikasa, sua irmã adotiva, e agora estava os ajudando na coleta de lenha enquanto conversávamos sobre o que queríamos ser no futuro.

— Eu vou para a tropa de exploração — dizia Eren, cheio de orgulho.

— Eu também vou! — exclamei, mesmo sabendo que eles saiam das muralhas para matar titãs, e só, mas me parecia uma coisa legal de se fazer.

— Se vocês forem, eu vou também — avisou Mikasa, enquanto pegava mais lenha.

— Você seria uma ótima soldado — elogiei.

Ela dá um sorrisinho.

— Você também — retribui.

Eren nos olha com admiração, essa era uma das raras vezes que vi Mikasa esboçando uma coisa que lembrava um sorriso.

— Olha! — grita Eren de repente, chamando nossa atenção. — O Armin está ali. Armin! — chama balançando uma mão em cima da cabeça.

Olho para onde deveria ter a pilha de lenha dele, o arrombadinho ficou conversando tanto, que ali tem no mínimo 7 ou 8 pedaços. Eu e Mikasa temos o dobro disso, fizemos o trabalho todo para ele.

— Oi gente — comprimenta o loiro, quando chega ao nosso encontro.

Ele segura uma cesta com algumas frutas e 3 pequenos pães, quando me olha seu rosto fica vermelho.

— Você ainda não conhece ela, né? — pergunta o amigo.

— Não...

— Ah, ok — digo e coloco as lenhas no chão e limpo as mãos na roupa. — Prazer sou Selene Leroy — entendo a mão e ele a aperta.

— Sou Armin Arlert — se apresenta. — Seus olhos são realmente bonitos — engrandece.

— Obrigada — agradeço envergonhada.

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