Capítulo 9

460 34 0
                                    

Aquela manhã havia sido uma das mais tensas para todos os presentes desde há muito tempo. Pelo resto do tempo todos se mantiveram em silêncio falando apenas o necessário, na intenção de manter paz e sossego.

Após terminar o dejejum, Missa levantou-se da mesa comunicando que estaria na capela para realizar as suas preces matinais. Por sua vez o rei retirou-se de novo para o seu aposento, justificando que precisava de descansar um pouco mais. No final da manhã o jovem príncipe segue em direção do pátio do castelo onde os outros soldados já o aguardam para partirem na direção das colinas.

Ezequiel

- Majestade. - todos o cumprimentam com uma reverência.

- Bom dia a todos. - responde montando no seu cavalo. - Vamos seguir para as colinas. - digo ao general, ao que o mesmo assente e faz sinal para seguirmos.

Como se algo me chama-se para olhar naquela direção, olho para o cima da escada. Como sempre ela está linda, os seus cabelos e olhos azuis iluminados pelos baixos raios solares dão-lhe um aspeto angelical.

Desejo de beijar os seus lábios não me  falta, mas tenho de controlar as minhas vontades animais, ela não pode sofrer nenhuma consequência por estarmos apaixonados. Mas felizmente os nossos olhos dizem aquilo que os nossos lábios não podem. Após uma breve despedida sigo na direção dos portões com os outros soldados, sentindo os seus lindos olhos sobre mim.

Em poucos minutos chegamos ás colinas, apesar de um pouco cinzento está um dia perfeito para treinar. Como já seria de esperar os novos soldados são um pouco inexperientes e atrapalhados, mas também sendo que muitos nem adultos são já seria de esperar. Felizmente não é nada que treino e prática não resolvam.

Depois de algumas horas o céu começa a escurecer, apesar das colinas serem perto do castelo não são o sítio mais seguro do mundo. Após levantar o pequeno acampamento, reunimos todos os homens e seguimos de volta para o castelo. 

Depois de alguns minutos entramos pelas muralhas, que em seguida são fechadas. Todos desmontam e se dividem pela cidade, sendo que a maioria segue na direção de tabernas ou bordéis.

Sigo na direção do castelo sendo cumprimentado á medida que me aproximo. Após entregar o cavalo ao tratador sigo para o interior, pedindo ás criadas que me preparem um banho quente. 

Passando pela capela olho para o seu interior vendo-a lá, os seus olhos fechados e um terço em mãos, prefiro não interromper a sua prece, antes que ela note a minha presença, afasto-me e sigo em direção do meu aposento.

Ezequiel: O Meu Bravo Cavaleiro ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora