Capítulo 17

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O jovem príncipe sai de dentro das muralhas em direção dos soldados que já se encontravam na linha de frente vasto campo de batalha ao redor do castelo, de espada, escudo, lança e arco e flecha, prontos para a luta.

De novo a sineta de ataque soou no ar.

Em meros segundos, a luz das torchas inimigas aproximam-se a alta velocidade nas costas dos seus cavalos.

O som de cascos e passos rápido e furiosos ecoa pelo enorme campo.

- ARQUEIROS! - gritou vendo todos prepararem a mira. - APONTAR...DISPARAR! - grita, ouvindo o som vácuo das flechas avançarem pelo ar.

Logo de primeira, os soldados da linha de frente inimiga são atingidos. No entanto isso não para ou atrasa os restantes.

- PREPARAR LANÇAS! - grita um dos generais. - APONTAR...DISPARAR! - grita.

Novamente umas das linhas inimigas é atinginda, deixando pouquíssimos sobreviventes e novamente isso não atrasa os restantes.

- ARQUEIROS RECARREGAR! - grita o príncipe.

O som de vácuo das flechas é novamente ouvido, mas desta vez por parte das forças inimigas. - ESCUDOS PARA CIMA! - grita.

Á excepção de alguns soldados mais inexperientes, todos se salvaram da inesperada chuva de lanças e flechas.

- Preparar as lanças e flechas! - diz para os seus homens.

Tal como eles, o exército inimigo não esperava pela chuva surpresa de lanças e flechas. Sem tempo de se defenderem, um grande número foi atingido.

- LANÇA E ESPADAS EM PUNHO! - grita o príncipe. - AO ATAQUE! - grita apontando para o inimigo próximo.

Todos soltam um grito entusiasmado em uníssono enquanto correm na direção dos inimigos.

Em questão de segundos, o ar é tomado pelo som de gritos e golpes furiosos de lâminas que chocam umas contras as outras.

Apesar da inexperiência de alguns combatentes e soldados, todos se saiem bem contra os inimigos e apesar de algumas feridas, não graves, nenhum para de batalhar.

E apesar das perdas, o exército de Karl sofre muitas mais baixas. Algumas até mesmo humilhantes.

Por treinar no exército do pai durante anos, passou a memorizar os rostos da maioria dos soldados.

A maioria com quem lutava e matava, ele conhecia-os bem, não passavam de cobardes.

Ao início aclamavam ser valentes soldades mas quando precisavam de o provar acobardavam-se e imploravam por misericórdia, até mesmo num treino de simulação

Alguns que se encontravam na linhas de trás já se afastavam cada vez mais em paço apressado, com a intenção do fugir do conflito.

Isso só o fez sorrir de forma sarcástica.

Como diz o ditado, não se deve fazer a festa antes do tempo. Mas a vitória era quase garantida.

Outro facto que não surpreendeu Ezequiel, foi o facto de o seu irmão não dar as caras. Isso já era de esperar, Karl sempre foi um cobarde de nariz empinado.

No entanto ele gostaria de ver um cenário de batalha. Ainda para mais se os homens que lutavam, o fizessem por ele.

Enquanto terminava de duelar e matar alguns inimigos, entendeu o motivo de ainda não ter visto o irmão, nem mesmo no topo da colina.

Tudo não passava de uma armação!

Uma distração!

Um isco que lhes tiraria o foco do real objetivo de Karl, o trono e o rei. Tudo era uma armadilha para matar o rei.

Terminando de matar os homens com quem duelava, o jovem procurou pelos seu general.

- ISTO FOI UMA ARMADILHA! - gritou, protegendo-se debaixo de um escudo. - O MEU IRMÃO USOU A BATALHA COMO DISTRAÇÃO PARA IR ATRÁS DO MEU PAI! - diz matando mais alguns soldados que corriam na sua direção.

- MAS COMO É QUE ELE CONSEGUIU PASSAR POR NÓS MEU SENHOR? - perguntou confuso.

- USOU UMA DAS PASSAGENS SECRETAS DO CASTELO! - diz encarando o homem. - LIDERA A BATALHA EU IREI ATRÁS DELE! - diz empunhando a espada.

- SIM MEU SENHOR! - diz em concordância. - AO ATAQUE! - grita para os seus homens.

Ezequiel vira costas indo em direção do castelo, sendo acompanhado de alguns soldados. - Maldito sejas Karl. - sussurra para si mesmo.

Ezequiel: O Meu Bravo Cavaleiro ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora