Após a fuga de Karl, a novidade logo virou notícia por toda a parte.
Tal como havia ordenado, uma carta de rendição foi enviada ao seu pai, mas voltou com uma resposta que o deixou enfurecido.
Na tarde do dia seguinte á sua fuga, o rei recebeu uma carta. Conforme a leu, riu da imatura atitude do seu filho mais velho, escrevendo-lhe a resposta em seguida.
Mal a carta chegou ás mãos do príncipe, que aguardava ansiosa e pacientemente pela resposta do seu pai, mal leu a resposta foi tomado por um acesso de raiva.
Nesta carta o rei ofendia-o múltiplas vezes, afirmando que a única forma de algum dia se tornar o seu sucessor seria apenas em caso de ser o seu único filho, e mesmo assim que se esse fosse o caso tentaria arranjar uma segunda opção.
A resposta frustrou e enfureceu-o profundamente. Chamando os seus generais, ordenou que preparassem um ataque para a próxima semana.
Se não fosse a bem, seria a mal.
{...}
1 semana depois:
Nessa semana, ambos os lados organizaram e prepararam os seus exércitos.
Nesses dias, as pessoas foram avisadas do que iria acontecer, obviamente o pânico tomou conta da maior parte das pessoas, levando mesmo á fuga de alguns cidadãos. Os restantes cidadãos, alegremente aceitaram as sugestões de isolamento em casa ou qualquer outro local fechado.
O rei confiou no seu filho, algo que este sabia sem sombra de dúvida, era que tendo o seu filho mais novo á frente do seu exército, o mais velho e o seu exército de traidores e desertores teriam muita dificuldade em conseguir o que queriam. Mais cedo naquele dia um grupo de batedores voltou mais cedo com informações sobre a localização do exército de Karl, permitindo que os generais calculassem, aproximadamente a hora do ataque. Não perdendo mais um segundo os soldados foram colocados, minuciosamente, em posição, desde as linhas da frente até aos sentinelas posicionados nas altas torres das muralhas do castelo. Obviamente todos se sentiam nervosos, assustados até, mas todos queriam vencer.
O rei chamou o príncipe antes deste sair para o lado de fora. Apesar de impaciente e ansioso o mesmo dirigiu-se ao grande salão, chegando lá o rei terminou a falar com os seus guardas pessoais, que após fazer reverência se dirigem para a saída.
- Chamaste pai? - pergunta encarando o homem.
- Chamei filho. - disse descendo a pequena escadaria junto do trono. - Eu quero que saibas que aconteça o que acontecer, tu serás o futuro rei, não o teu irmão. - diz pousando a mão sobre o seu ombro. - Ele não tem qualquer capacidade ou qualidade de governar. Nisso ele sai a mim. - afirma baixo. - Mas para minha felicidade tu tens todas a capacidade e todas as qualidades para ser um bom rei. - diz encarando-o mais uma vez, afastando-se em seguida.
- Esse discurso soa derrotista, além de parecer que te estás a despedir. - comenta apoiando a mão no cabo da sua espada. - Eu prometo que o Karl sairá daqui derrotado. - diz num tom decidido.
- Eu sei que sim. - comenta afastando-se da mesa com apenas um copo. - Agora vai... - diz sentando-se novamente no seu trono.
O príncipe virou costas, saindo e fechando as duas grandes portas atrás de si, andando pelo corredor até ao lado de fora encontrando os seus homens que o cumprimentam com uma reverência.
Antes que pudesse abrir a boca para dizer uma palavra, um som alto e afastado de uma corneta foi ouvida. - É agora ou nunca. - murmura para si mesmo.
{...}
Do outro do castelo, na zona secreta das catacumbas, mulheres e crianças ficavam em total silêncio. Para 200 pessoas, havia apenas quatro soldados para os proteger. Apesar do receio pela própria vida, rezavam para que a restante população estivesse a salvo.
Todas tentavam também manter-se próximas da rainha que se encontrava com uma expressão calma, quase desinteressada, com os murmúrios ao seu redor.
Apesar de parecer calma, por dentro temia por Ezequiel.
- Não se preocupe menina, ele vai conseguir vencer. - murmura Mina.
- Eu sei que sim Mina, eu sei que sim... - murmura, apertando a mão da aia e apoiando a mão livre sobre a barriga.
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Ezequiel: O Meu Bravo Cavaleiro ✔
RomanceNum casamento infeliz, a jovem Missa apaixona-se pelo filho bastardo do seu marido ao que é retribuida. Assim os dois vivem um amor secreto e proíbido.