Capítulo 19

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Naquela noite tudo correu bem e mal ao mesmo tempo. 

Pelo lado positivo, Ezequiel e o seu exército venceram a batalha, muitos foram mortos e outros fugiram como cobardes. Pelo lado negativo, Karl conseguiu fugir ileso.

Quando chegaram á sala do trono o rei já se encontrava morto no chão em frente do trono, a coroa caída a alguns passos de distância. O jovem príncipe ainda o tentou ajudar por meros segundos, mas já era tarde de mais.

O rei estava morto!

Karl era um traidor e um fugitivo!

Como era a vontade do seu pai, ele seria o futuro rei.

(...)

2 dias depois:

Dois dias se passaram, esse foi o tempo que tiveram de rapidamente organizar o caos que o ataque deixou para trás.

Naquela noite quando haviam contado a Missa que o rei havia sido assassinado, a princesa precisou de fingir uma reação triste em relação á morte do marido.

Nesses dois dias, Ezequiel organizou uma reunião com o conselho para decidirem o futuro do reino e como seria dali em diante. Quando por fim chegou a hora da reunião, todos os senhores se reuniram no grande salão, onde já se encontrava Ezequiel e Missa.

Ambos haviam concordado em manter a verdadeira paternidade do bebé em segredo, seria mais seguro para ambos.

- Meu senhor. Minha senhora. - todos cumprimentam á medida que vão chegando.

Após alguns momentos de conversa fiada, por fim inicia-se a reunião. 

- Como todos sabem o meu irmão matou o meu pai...o vosso rei. - diz chamando a atenção de todos.

- O que faremos agora? -perguntou um dos nobres.

- Faremos de tudo para reerguer este reino. E como vontade do meu pai, eu serei o novo rei. No entanto a Missa continuará a ser rainha. - diz apontando para a jovem.

Alguns homens se entreolham, uns confusos, outros chocados. - Mas senhor, isso não é eticamente correto. - diz um dos nobres.

- Eu não entendo porquê meu senhor!? - responde Missa. 

- A senhora foi esposa do nosso falecido rei, então... - começa, mas Missa interrompe-o

- Eu sempre cumpri com os meus deveres como rainha, estou a carregar um futuro herdeiro, e seja menino ou menina ainda é um herdeiro. - diz dando alguns passos, ficando de frente para os homens. 

- Mas... 

Antes que o homem pudesse continuar, a jovem prosseguiu com o seu discurso. - Antes de dizer mais alguma coisa, lembre-se que apesar de ser apenas uma mulher ainda tenho o poder de o mandar decapitar por desrespeito á rainha. - diz friamente.

A frieza na voz de Missa e a sua expressão decidida fez com que todos se calassem de imediato. Virando costas a jovem voltou para junto de Ezequiel, ficando em silêncio.

- Quando será a coroação? - pergunta um dos homens.

- Agora mesmo. - responde. 

- Mas...e o banquete, as promessas de vassalagem e as festas da coroação? - pergunta novamente o nobre que há pouco ficou indignado.

Missa não conseguiu controlar a sua irritação com a hipocrisia daquele homem. - É com isso que está preocupado, banquetes, festas e com o que poderá vir a ganhar em troca. A sua hipocrisia é gritante. Mais um comentário desses e a ameaça de decapitação vai passar de ameaça a ação. - diz furiosa.

O homem frustrado pela forma como ela lhe falava, já se preparava para avançar na sua direção. - Eu não lhe admito que...

- CHEGA! - grita Ezequiel. - O senhor já mostrou muita hipocrisia e desrespeito, mais uma palavra e eu mesmo lhe vou separar a cabeça do corpo. - diz encarando o homem.

O mesmo volta para trás em completo silêncio e com o orgulho ferido. - Vamos então despachar esta coroação. - diz andando até ao móvel  onde repousa a coroa.

Voltando para o trono, o mesmo senta-se numa posição confortável. Quando todos os olhos estão nele, o mesmo eleva a coroa pondo-a na sua cabeça. - LONGA VIDA AO REI! - diz Missa, ao que todos repetem várias vezes.

LONGA VIDA AO REI!

LONGA VIDA AO REI!

LONGA VIDA AO REI!

LONGA VIDA AO REI!

Ezequiel: O Meu Bravo Cavaleiro ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora