capítulo 4

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Havia se passado uma semana monótona, minha rotina se baseou entre acordar, ir para a escola, trabalhar e voltar para casa e tirar uma noite de sono boa para o dia seguinte, não tinha nada mais entediante do que isso, porém me agradava e me deixava confortável com essas obrigações habituais.

Como hoje era sexta feira, e meu dia de folga, estava mais tranquilo em não ter que ir caminhando até a estação, com isso pensava em várias coisas que poderia fazer ao chegar em casa, mas nenhuma delas me trazia vontade realmente de executá-las

Eu terminava de arrumar meus materiais completamente pensativo, fiquei atônito com uma sombra que se fez em minha carteira, subo o olhar e percebo ser o garoto que tinha pego meu número para o trabalho em grupo, ele coçava a nuca em vergonha antes de começar a despejar informações sobre mim.

– Então vocês querem fazer o trabalho na casa do Park hoje? - indaguei confuso, vejo ele consentir.

– Na verdade foi muito em cima da hora, mas é isso, já estava tudo planejado para segunda a noite, porém minha mãe não gostou de juntar adolescentes na casa dela sem supervisão de algum adulto.

– Oh Entendo, só vou pedir permissão para minha noona - pergunto por mensagem enquanto o menino esperava sentado na carteira do lado, espero longos minutos em um clima desconfortável até ela dar sinal de que visualizou, não demora a responder.

– Ela irá me levar depois da faculdade, preciso levar algo? 

– Será que você conseguiria levar a cartolina para o cartaz? 

- Levo sim, sem problema nenhum - sorri falso lamentando internamente pelo meu dia livre perdido, saio da sala após o sinal do intervalo tocar, procuro com o olhar o Yug e o vejo encostado no nosso lugar de encontro diário, vou até ele.

– Estava me esperando? - Eu o olho divertido, ele bufa cínico antes de me responder.

– Se não for você quem seria? - alarguei meu sorriso.

– Resposta correta amigo - caminhamos contando sobre a única aula que não tínhamos juntos, eu o escutava com atenção e tentando entender o conteúdo que ele explicava que aprendeu, no meio do lanche, eu comecei a contar sobre o fatídico acontecimento de hoje, e ao invés de me ajudar o desalmado ria da minha desgraça.

– Por que você não negou? - suspirou.

– Porque se não fizermos hoje não vamos conseguir fazer.

Nós olhamos e abaixamos a cabeça em desolação, rimos pela reação sincronizada, ficamos conversando até acabar o tempo.


Eu passei a tarde arrumando a casa pra Yuna não ter que fazer quando chegar, depois eu fui tomar banho e me arrumar a tempo de fazer um lanche rápido à espera da minha irmã. Quando o relógio bate exatamente dezessete e dez, escuto buzinas, corro pra fechar as janelas e desço.

Ao entrar no carro eu sou pego de surpresa de ver que era a Ryujin noona no volante, a comprimento passando o cinto. O caminho foi feito em silêncio por minha parte, olhava abismado para as ruas daquele bairro, distribuídos em condomínios e lares de ruas, casarões antigos muito bem conservados e casas enormes e modernas, sou tirado dos devaneios com meu nome sendo chamado.

– Jungkook? -olho pra frente escutando a Ryu - Já chegamos.

Solto o cinto escutando elas pedirem para avisá-las quando o trabalho terminasse, saio do carro, e aperto o interfone no enorme muro da residência, aguardo alguns segundos antes de passar meus dados e o portão ser aberto automaticamente, viro-me para trás e acenei antes de ver o carro ir embora, atravesso o portão e me espanto com o tamanho daquela casa, isso se poderia a considerar assim,para mim aquilo só poderia ser considerado uma mansão.

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