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    Ele realmente não foi buscá-la

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    Ele realmente não foi buscá-la.

Isso era meio triste, afinal. Você sabia que gostava dele, sabia que estava gostando de Mikey. Mas também sabia a vida errada dele, os dois não iriam dar certo de qualquer jeito.

O único jeito era você se tirar dali sozinha. E tudo estava cooperando para dar certo.

Passos rápidos pelo corredor e a maçaneta girando. Era a hora. 

Sempre tinha a hora em que um dos idiotas traziam um penico para você fazer suas necessidades - o que era nojento -. Mas era justamente nessa hora em que eles à soltavam para que você pudesse se aliviar.

— Ei garota, levanta. — O homem Robusto entrou, a ajudando pela falta excessiva de nutrientes na sua alimentação diária. Era uma merda na verdade as coisas que lhe davam para comer.

Desamarrando as cordas, ele deixou o penico ali e se virou para sair. Você sorriu, pegando a corda e juntou a pouca força que tinha. Era triste ver como eles subestimaram uma mulher, mas também era ótimo, pois eles talvez Jamais pensariam que você iria fazer algo assim.

Pulando nas costas do homem, você o viu se contorcer enquanto era enforcado. Deu duas voltas com a corda, apertando o máximo que conseguisse. Esperou até que ele não aguentasse mais e começasse a se contorcer, rodando a sala tentando a tirar de suas costas. O que não deu muito certo, pois ele logo caiu desmaiado.

Você o olhou e se surpreendeu com sigo mesma.

Se abaixando, checou o estado do homem. Assim que concluiu que estava apagado, pegou a arma que ele carregava e as chaves. Hora do plano dois.

Saiu da sala e olhou ambos os lados, não tinha ninguém. Abriu a salinha que tinha em frente e como presumiu : Era a sala das câmeras. O homem frente elas cochilava tranquilamente pois geralmente nada acontecia de diferente ali.

Você ergueu a arma e respirou profundamente. Seria a primeira vez matando uma vida. Agradeceu por alguns segundos Mikey que a ensinou a atirar. Mas por outro lado, sentiu um nó na garganta.

— Foi mal. Mas eu prefiro minha vida. — Fechando os olhos, você acertou dois tiros. Com o coração acelerado, abriu os olhos e viu o homem morto e furado.

Antes que começasse a se arrepender e deitar no chão para chorar, olhou as câmeras. Eram quatro. A salinha em que você estava, a salinha de trocas de turno, uma nos fundos onde dava passagem para a lixeira e uma na frente onde era a entrada principal.

As únicas com saída eram os fundos e o portão da frente, que estava cercado por guardas. Porra. Não dava para acreditar.

Saindo da sala, entrou onde estava em cárcere somente para acertar um tiro na testa do desmaiado como prevenção. Seguiu até o duto que levaria a saída dos fundos. Porra de vida.

°°°

— Eca, que nojo. — Encolhida no duto, você olhou abaixo. Lá estava a lixeira nos fundos. Tinha que pular nela para sair. Como se já não bastasse todo o esforço para rastejar nos ferros do teto até ali, ainda teria que descer no lixo.

Estendendo uma mão, você olhou novamente para baixo. Ou é ir, ou morrer. Contou até três. . .

No três, esticou a outra mão e caiu na lixeira cheia de sacos com lixo amarrados. Recapitulando a merda que estava sua vida, levantou e se auto analisou. Toda suja de lixo e dias sem tomar banho, além da cor exageradamente pálida pela desnutrição e as olheiras.

Caçou meio o lixo a arma e seus sapatos, saindo do lixo e começou a andar.

— Pra onde eu vou agora? — Olhou ambos os lados. Todos com muito mato e somente aquela casa velha.

— Ei! Parada aí! — Enquanto pensava, viu um guarda gritar. Não pode pensar muito, pois ele logo atirou.

Um tiro certeiro em seu ombro, a fazendo recuar e esconder na parede velha. Merda. Ardia como nunca e te deixou mais fraca. Isso até ver a quantidade de sangue que começou a sair.

Sentindo os passos aproximarem, você ergueu a arma e atirou no homem, que caiu na mesma hora. Não poderia fazer muito, então começou a andar por Deus dará. Era surpreendente como eles vigiavam a frente da casa, mesmo sabendo que atrás tem outra saída. A saída era pelo teto e daria direto no lixo? Sim, mas era uma saída.

Andou tanto pelas ruas desertas, até que sentiu sua pressão cair e o sol quente na cabeça. Sua visão ficando embaraçada e suas pernas moles. Caindo com tudo meio o nada.

|𝑴𝒊𝒌𝒆𝒚 𝒑.𝒐.𝒗|

Assim que todos os homens estavam devidamente trajados com os coletes a prova de balas e suas armas, saíram até a van. Depois de horas planejando um resgate, quando Hanma já havia enviado a carta, finalmente acharam um bom plano que não colocaria mais as coisas na merda do que já estavam.

Mikey se sentou meio eles, travando seu colete na cintura e passou uma k47 nos ombros. Estava mais sério que o normal, transparecendo raiva e preocupação.

— Localização. — Ran se moveu até dentro da van.

— Tudo ok. — O homem que iria dirigir respondeu. Mexendo no GPS.

— Armamentos.

— Tudo certo. — Os outros que já estavam dentro do transporte responderam, segurando suas armas.

— Auto proteção.

— Tudo certo. Só falta o Sanzu. — Os homens olharam o rosado, que envés de estar com um colete estava somente com um terno roxo.

— Eu não preciso disso, só vai estragar a minha roupa. — Disse simples, tirando um cigarro do bolso.

— A ajuda reserva? — Ran perguntou, guardando uma CDX-50 no meio dos homens na van .

— Temos outra van com homens preparados, estamos com rádio comunicador também.

— Então é isso, vamos buscá-la. — Eles sorriram, fechando as portas e seguiram.


°°°

Girando o pneu no começo das ruas abandonadas, somente com árvores e muito barulho de animais. A van adentrou a estrada solitária, onde supostamente estaria a casa com a mulher.

O plano não era fácil. Eles não poderiam simplesmente aparecer frente a casa e jogar bomba. Tinha que ter toda uma preparação.

O que Mikey não tinha naquele momento. Ele mal prestou atenção no plano principal, só queria buscar a sua amada. Estava tão longe com seus pensamentos que foi surpreendido por uma freiada brusca na van..

— O que aconteceu? — Kakucho perguntou, pendendo para frente nos bancos.

— Tem um corpo no meio da estrada. — O motorista disse.

— Acelera essa porra. — Mikey mandou sério.

— Mas chefe. Ela está literalmente no meio. — O maior se virou para dizer — Se passarmos, vamos estraçalhar o corpo.

Mikey revirou os olhos cansado. O que ele tinha a ver com isso? Só queria ver logo a mulher e acabar com isso.

— Desce e pega o corpo. Joga no mato. — Odernou.

Concordando, O homem desceu junto de Kakucho que preferiu ajudar. Eles viraram o corpo de frente, assustando o maior com cicatriz no rosto. Ele conhecia aquele corpo, só não percebeu de primeira pela situação crítica que se encontrava.

Voltou correndo até frente a van, olhando Mikey assustado.

— Chefe, é a S/n.

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𝐃𝐀𝐌𝐍 & 𝐁𝐎𝐍𝐓𝐄𝐍  |  𝙈𝙞𝙠𝙚𝙮Onde histórias criam vida. Descubra agora