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       Um mês depois, tudo estava mais estabilizado. Você andava de lá para cá em sua casa, arrumando alguns papéis na pasta e separando uma roupa descente.

— Você parece uma adolescente, quando tem passeio no colégio. — Mitsuya falou, parando no batente da porta.

— Tenho uma entrevista de emprego amanhã, claro que vou ficar assim. — Pegou um terninho feminino azul claro, saltos médios e pares de roupas íntimas.

— Aliás, sobre o que se trata mesmo? — Ele decidiu entrar, sentando na sua cama.

— Vou fazer um teste para trabalhar em jornal de tv, legal né? — Você jogou a roupa na cama, e fechou a pasta com seus documentos em seguida.

— Uau, estou animado por você. — Ele sorriu, puxando sua mão — Sério.

Você sorriu, parando um pouco com a correria e olhou ele. Sabe aqueles parentes que brigam, mas não pedem desculpas? Só começam a conversar em seguida, como se nada tivesse acontecido? Pois é, assim estava sua relação com ele. Até porque moravam juntos, comiam na mesma mesa, os quartos eram um ao lado do outro. Viver uma rivalidade eterna não colava.

E também, porque seu amigo estava saindo com uma mulher, e parecia tão bem com ela, que mal tocava no assunto do seu namoro. Já era uma mulher adulta, estudada, formada e se sustentava, não precisava das opiniões alheias.

— Vai ser uma seleção eu acho, mas já quero garantir uma boa aparência. — Você se soltou, voltando a se animar e mexer em suas coisas.

— Tomarás que você consiga, aí podemos fazer um jantar em comemoração e. . . — Ele coçou a nuca sem graça — Eu posso trazer a Mika, e mostra-la a você.

— Já estão namorando? — Olhou maliciosamente para ele. Mitsuya ficou envergonhado.

— Não, mas convenhamos. . . — Ele se levantou — Já estamos saindo a um mês, e eu realmente acho que gosto dela. . . Não me faria mal . . .

— Certo, se ela te faz bem, então terá minha benção. — Você brincou, vendo seu amigo ir para fora do quarto.

— Oh, claro! Como se você tivesse minha benção para namorar Mikey! — Disse antes de sumir pela casa.

Você sorriu, pegando sua toalha para tomar banho.  Apesar de ser um mês bem difícil e doloroso, tudo estava voltando ao normal. E apesar de ainda se sentir mal por Kakucho, você se deixava ser feliz naquele momento por conseguir uma entrevista. Era uma super oportunidade. Iria receber o triplo do que recebia ao fazer matérias, e além disso, não teria que colocar informações sobre seu namorado no meio.

Não seria aquelas pessoas que viajam de lá para cá, entrevistando pessoas e mostrando carros tombados. Seria uma repórter local, somente apresentando o jornal do dia e acabou. Sim, iria gastar mais tempo fora de casa, mas fizera tantos anos de faculdade que não deixaria a oportunidade passar.

𝐃𝐀𝐌𝐍 & 𝐁𝐎𝐍𝐓𝐄𝐍  |  𝙈𝙞𝙠𝙚𝙮Onde histórias criam vida. Descubra agora