Dois - Primeiras impressões

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Jungkook se preparou para um grito de seu visitante inesperado ou se tivesse sorte, um grito silencioso e uma corrida louca através das folhas para escapar dele.

O ômega Merl apenas ficou olhando-o com os olhos abertos com seu estranho olhar e não fez nada. Era evidente que o surpreendeu com sua presença no jardim. Ele se afastou quando ele levantou a mão em sinal de saudação, cauteloso, mas ele não saiu correndo.

— Perdoe-me, senhor. — Disse em voz baixa. — Não foi minha intenção assustá-lo.

A maioria dos Zhadir que foi presenciar o casamento e acompanhar o ômega e o alfa em sua viagem de volta para Aquiles, viajou para Nairl, a capital do Reino Merlin, quinze dias antes.

Tiveram tempo para se adaptar as aparências dos Merl. Jungkook e sua escolta pessoal chegaram no dia anterior. Ainda que ele e alguns de sua tropa tiveram que lidar com os seres humanos Desur, vizinhos de fronteiras, não pensou ter visto tanta gente de aspecto repelente em um só lugar.

Graças aos deuses que usava um capuz para esconder sua expressão, do contrário, inadvertidamente poderia insultar seu companheiro não desejado. Era jovem, muito mais do que poderia esperar.

Para um ser humano Merl ele poderia ser belo ou banal, no qual ele se encaixava. Seu lábio superior se curvou com desgosto ante a visão de sua pele. Pálida com matizes rosa, lhe lembrava a carne de um molusco amargo Zhadir, fervido para ser usado de corante. Tinha o cabelo vermelho à luz do sol e tão diferente em comparação com as mulheres Zhadir com seus cabelos prateados.

Seus olhos era o que mais incomodava. Diferente dos Zhadir, os seus eram de um branco opaco, com violeta no centro em forma de esfera com alguns pontos cinza e negro que se ampliava ou reduzia de acordo com a luz. A primeira vez que presenciou esta reação em um ser humano, todos os pelos de sua nuca se arrepiaram. Isto e a forma como as cores contrastavam faziam com que fosse fácil ver os olhos se movendo nas órbitas, dando a impressão de não fazerem parte do corpo, mas como se fossem entidades que viviam como parasitas dentro dos crânios de seus anfitriões.

Ele estava acostumado a ver os frenéticos olhos brancos de um cavalo assustado, mas não em uma pessoa. Se a impressão de um parasita não lhe repelisse tanto, pensaria que os humanos viviam em um constante estado de terror histérico.

O ômega cruzou os braços finos. Apesar da pele e os olhos estranhos e grotescos, tinha um corpo bonito e traços faciais medianos. Jungkook começou a se inclinar, com vontade de sair desta situação incomoda.

— O que acha dos jardins reais?

A pergunta o fez parar. Tinha uma voz agradável, mesmo em um tom baixo, era rouca. Jungkook inclinou a cabeça e o observou um momento antes de falar. Perdeu o aspecto de lebre assustado e quando ainda tinha dificuldades para ler corretamente as emoções mais sutis nos rostos humanos, podia dizer que o observava com curiosidade em lugar de medo.

Ele lhe perguntar o que achava da armadura de seu reino, poderia ser mais eloquente.

Encolheu os ombros. — Há plantas, flores e árvores. — Parou e lhe ofereceu um sorriso, o qual não podia ver dentro de seu capuz. — E muito sol.

Ele lhe indicou que o seguisse.

Hesitou antes de dar um passo de lado, até que o levou a um banco de concreto sob as sombras de uma árvore grossa. Sentou-se e indicou que ele fizesse o mesmo.

Foi a vez de Jungkook se
sobressaltar. Durante seu curto período de tempo em Nairl, seus anfitriões Merl foram civis, serviçais e quase servilmente educados. Nunca forma amáveis. Tanto afeto neste ômega o surpreendeu. Sentou-se, agradecido pelo alivio do brilhante do verão.

O destino de um Ômega [Eternos]Onde histórias criam vida. Descubra agora