Quatro: Jungkook não gosta de batata

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Jungkook olhou para seu novo esposo sentado na cadeira enquanto ficava ao seu lado. Viajavam com um grupo de doze Zhadir para as fronteiras orientais de Zhadir-Duo e para a capital de Zhadir.

Uma meia lua, deslizava pelas nuvens em um movimento rápido, brilhando acima deles. O cabelo de Jimin ficava mais vermelho sob a luz da lua, com seu rosto pálido e cansado pela falta de sono.

Tentou convencê-lo de que o carro pequeno tinha uma cama e mantimentos para que pudesse dormir durante a viagem.

Ele se negou. — Seus dias são os meus agora. Tenho que me ajustar o quanto antes. — Interrompeu esta declaração com trio sucessivo de bocejos.

Jungkook apostava que ele não duraria até o amanhecer, mas tinha um cavalo preparado para o ômega de qualquer forma. Ele, seu esposo e seu companheiro Zhadir foram para a estrada, assim que o casamento terminou.

De muitos casamentos que Jungkook assistiu durante sua vida, este foi o mais ridículo. A cerimônia em si foi o anúncio de sua união. Ao julgar pela
reação tanto da multidão Merl como dos Zhadir, bem poderia ter sido uma declaração de guerra.

As mãos foram para a espada de cada lado e cada grupo olhou para o outro, prontos para lançarem um contra o outro pelo corredor cheio de flores. Seus parentes eram facilmente superados em número pelo forte guerreiros Merl. Números que por si só garantiriam que, se tal luta explodisse, seria não apenas sangrenta, mas breve.

Considerando que os Merl queriam muito esta aliança e os Zhadir aceitaram a oferta com entusiasmo, apenas poderia pensar que uma resposta tão impulsiva em seu casamento com Jimin foi uma reação visceral de dois povos que conheciam muito pouco um ao outro e se ressentem ao entregar um dos seus àqueles que acham repugnantes.

Poderia não ser capaz de ler a expressão em seus olhos macabros, mas não tinha problemas para interpretar as linhas de preocupação na testa de seu noivo.

Não se moveu quando ele o olhou. — Pelas asas de Arteles, Jungkook. Assim nunca chegaremos ao banquete sem derramamento de sangue.

Ele tinha razão e conseguiu acalmar a situação tensa. O ar ficou mais espesso e o fogo lento cheio de hostilidade quando os bispos de Merl proclamaram sua união como abençoada e única.

Jungkook segurou as mãos de
Jimin, inclinou-se para frente e deu-lhe um suave beijo em seu rosto. Ele poderia ter a pele rosada como um molusco, mas era quente e cheirava a rosa de seu jardim. Deu um passo atrás e sorriu rapidamente.

Suas mãos tremeram nas suas antes dele arquear a sobrancelha. — Lobo. — Disse em voz baixa.

Cavalo. — Respondeu igualmente em voz baixa.

Os lábios de Jimin se moveram até que finalmente cedeu e deixou escapar uma gargalhada. O som era mágico, mais poderoso que qualquer feitiço bruxo, mais surpreendente que os olhos em movimento dos Merl.

Tanto a corte Merl e a muito menor Zhadir visivelmente relaxaram. Mãos caíram da espada, a rigidez nos ombros relaxou e quase todos olharam o casal como se fossem loucos.

Jungkook o tomou nos braços e o apertou. — Muito bem, príncipe. — Sussurrou em seu ouvido. — Muito bem.

A ameaça de uma luta ainda persiste, apesar da aceitação mútua e evidente entre ômega e alfa. Jungkook estremeceu na cadeira enquanto se lembrava do banquete.

Até então, ele e seu companheiro Zhadir comeram os pratos preparados pela mãe cozinheira de um dos Zhadir, a qual insistiu que fosse com eles. A família real Merl ofereceu voluntariamente uma parte de sua cozinha para que ela pudesse preparar as refeições de seu povo.

O destino de um Ômega [Eternos]Onde histórias criam vida. Descubra agora