Extra: Questão de Confiança

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Jimin observou a porta fechada do solar ansiosamente, perguntando-se quantos dos outros hospedes de Namjoon, Lorde Dangion, poderia se ofender se ele saltasse de sua cadeira e corresse para a liberdade. Sua via de escape, no entanto, foi bloqueada pelos esposos ou irmãos dos clãs leais a Sargrave de Dailus e estava rodeado de ambos os lados por mais.

A agradável e pouco profunda conversa que esperava e participou quando se encontraram pela primeira vez no solar, logo se transformou em fofocas lascivas e especulações com relação aos talentos carnais de seu anfitrião.

— Oh me lembro de uma noite três verões atrás. Eu o montei toda a noite e na manhã seguinte.

— Com ou sem sela?

Todos os ômegas e Jimin riram. Alguns trocaram sorrisos conhecedoros, como se compartilhassem um conhecimento comum sobre a
cavalgada pela manhã. Outros ruborizavam ou estreitavam os olhares com inveja.

Jimin estava entre os que ruborizava. Ele não sofria de falsa modéstia, somente não tinha o desejo de conhecer os detalhes sobre a destreza de Lorde Dangion no quarto. Ou na sala. Ou nos estábulos. Ou nos pastos. Santo deus. Era de estranhar que Namjoon o Lorde de Dailus houvesse ganhado o apelido de Garanhão de Dailus?

— Durante toda a noite? — Outro ômega perguntou. — Isto deve tê-lo deixado com as pernas arqueadas.

Mais risadas que se transformaram abruptamente em suspiros quando um terceiro ômega disse. — Muitos homens podem lidar com uma boa cavalgada durante um longo passeio. A fraqueza de um homem não é o que há entre as coxas de um ômega, mas entre os dentes.

— Não. — Disse outra pessoa. — Ouvi que é muito grande...

— Oh, ele é algo assim.

Mais risadas de admiração se seguiram e Jimin fez todo o possível para manter uma expressão insipida e se esconder atrás da taça de vinho. Ele nunca seria capaz de olhar para Namjoon da mesma maneira outra vez, depois desta conversa.

Os ômegas nobres Azalr não eram diferentes das nobres Merl com relação a fofocas e eram rapidamente iguais em trocar histórias de conquistas no quarto com seus homólogos masculinos. Grande parte da educação de
Jimin sobre o que acontecia entre os lençóis vieram não apenas de fofocas que ouvia por causalidade entre os empregados, mas das conversas nos solares. Não era completamente inocente quando se casou com Jungkook, mas seu primeiro amante era tão inexperiente como ele. A maior parte do que sabia, conseguiu em reuniões como estas, onde a conversa era próxima, competitiva e com frequência escabrosa.

Ele esperou o inevitável e tentou não se encolher quando um dos ômega se virou para ele com um brilho curioso em seus olhos. — E o Zhadir...

Jimin ofereceu um sorriso tenso e o cortou no meio da frase. — Sou reticente por natureza, San e não me sinto à vontade para conversar sobre este assunto. Peço sua compreensão se ficar calado sobre o tema.

A expressão de San não era de satisfação e ficou de costas para Jimin em uma demonstração evidente de afronta. Os outros não fizeram o mesmo. Seu escrutínio, pelo contrário, apenas aumentou. Jimin agarrou o braço da cadeira com uma mão em um esforço para não se contorcer no assento.

— Não vejo como é possível até mesmo para um Zhadir chupar um espinho do dedo sem derramar sangue. — Disse um ômega. Ele encolheu os ombros quando todos os olhares se viraram para ele. — Pense. Com a finalidade de não raspar a pele, você precisa curvar os lábios sobre a parte superior dos dentes. Assim. — Ele demonstrou e Jimin se lembrou de uma velha que perdeu a maioria dos dentes. Não era um aspecto atraente.

O destino de um Ômega [Eternos]Onde histórias criam vida. Descubra agora