Doze: Eu estou no topo, rainha.

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Embora sua mãe estivesse planejando o assassinato de Jimin por sua imperdoável recusa de ser intimidado, Jungkook não poderia criticar a rainha pela festa que ela ordenou ser preparada para a chegada oficial dele e seu esposo.

A sala de jantar estava ricamente decorada. As flores dos jardins reais estavam penduradas em guirlandas sobre as janelas e luxuosamente espalhadas
nas mesas, suas pétalas opalescentes brilhavam sobre as luzes bruxuleantes das velas e lâmpadas penduradas. As mesas foram cobertas por toalhas de um tecido fino de linho e seda, os bancos nos quais a nobreza se sentava, foram forrados com almofadas de veludo.

A mesa principal estava ainda mais marcante, enfatizando a riqueza e poder da casa real. Um exército de criados uniformizados estavam alinhados nas paredes atrás das mesas, prontos para servir.

Tudo era grande, até majestoso – adequado para um herceges real e seu hercegesé. Jungkook desejou ferozmente que pudesse segurar a mão de Jimin e escapar de volta para o quarto dele – ou seu – e compartilhar uma refeição sozinhos. Se não lá, então com os soldados sob o seu comando. Mesmo as rações de estrada tinham um gosto delicioso quando compartilhados em uma boa companhia. Jimin poderia evitar outra porção de scarpatinee as interações venenosas de seus pais. Como escapar não era uma opção, rezava para que a celebração terminasse rapidamente.

Ele se aproximou da mesa principal, Jimin a seu lado e destinatária de inúmeros olhares curiosos dos nobres reunidos no salão. Ele aborrecia seus exames orgulhosos. Vestido com sua elegância negra, ele era a imagem de serenidade e confiança – ombros e costas retos, queixo empinado – arrogante como qualquer membro da casa real.

Ele vestiu bem sua máscara, mas Jungkook sentia o medo dele. Sua mão repousava na dobra do cotovelo dele, os dedos enterrados em sua manga. Ao invés de humano, ele era Zhadir e possuía as mesmas unhas afiadas, ele poderia cortar através do tecido e marcar seu antebraço com sangue. Felizmente seu
aperto era apenas forte o suficiente para diminuir a circulação de sangue para os
dedos dele.

Jimin podia não retribuir o sentimento, mas Jungkook se considerava com sorte por tê-lo como esposo. Ele era astuto e perspicaz. Criado em outra corte real, ele entendia suas maquinações e manipulações, suas mensagens sutis transmitidas em algo tão inofensivo como o corte de uma túnica ou sua cor. Ele o protegeria o quanto fosse possível das críticas dos Zhadir, que se concentraria na aparência dele e então se espalharia, mas suspeitava que ele conseguiria proteger por si mesmo, até mesmo do mais mordaz Zhadir. Eles testemunharam Jimin responder aos comentários rudes de Ameerah e a ameaça implícita em suas perguntas intencionais. Apenas alguns estúpidos Zhadir continuariam assumindo que ele era um covarde apenas por ser metade humano.

Os nobres se curvavam conforme ele e Jimin passavam. Jungkook ignorou seus olhares como sempre fazia e inclinou-se para perto de Jimin. — Como está
o seu estômago?

Ele olhava para frente, mas seus dedos estavam no braço dele. — Quase bom. — Ele disse suavemente.

Ele abafou um sorriso pela resposta prudente dele. A ideia de apresentá-lo ao leve cozido de scarpatine antes do jantar foi estratégico. Mesmo alguns dos Zhadir achavam o prato repugnante e isso se mostrava mais desafiador do que servir uma entrada tão boa de comer como uma batata com gosto de nada.

A reação dele não o surpreendeu. Sua determinação em comer a carne cinza ainda se contorcendo no prato o surpreendeu. Jimin enxaguou a boca com água e vinho enquanto ele colocava a vasilha para fora da porta dele.

— Você tem certeza que não quer manter isso aqui por enquanto? — Culpa o percorreu com força pela lembrança dele o abraçando enquanto ele esvaziava o
conteúdo de seu estomago.

O destino de um Ômega [Eternos]Onde histórias criam vida. Descubra agora