Capítulo 6

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Antes de começar, convido vocês pra acompanhar meu livro "coração enganoso". Dois irmãos que se apaixonaram pela mesma mulher... Vem descobrir mais sobre. A história tá no meu perfil.

•••

— Ameaçada? – Luan fica ainda mais furioso. – Não se preocupe, não se preocupe! – ele pega o celular e a chave que estava no canto do sofá. – Volto em duas horas, não se preocupe.

— O que...

— Você não tá sozinha, pequena! Deixa que resolvo isso. – Luan sai sem a dar oportunidade dela dizer algo.

Luan

Mato esse desgraçado! Quem ele pensa que é pra ameaçar a minha menina e a machucar? Isso não ficará assim, não mesmo!

Ele a deixou desamparada, mas cuidarei dela e de toda essa situação, do bebê, dívidas, tudo.

•••

— Pai! – Luan fala ao passar por ele. Amarildo estava na sala conversando com a esposa e filha. – Vem comigo, vamos conversar. – ele disse já indo em direção ao escritório.

— O que está acontecendo? – Bruna questiona olhando para o pai.

— Vou descobrir. – Amarildo responde e vai até o filho. – Qual é o problema?

— Estou com tanta raiva, pai! Tanta que poderia matar esse filho da puta. Juro que se não tiver nada que possa fazer na justiça vou pelo menos quebrar a cara desse lixo.

— Começa do começo. Se acalma e me conta tudo.

Luan contou o que aconteceu para o pai, estava mais tranquilo que antes, saiu pra tomar um ar e depois voltou.

— Ela tem que fazer uma denúncia e entramos com pedido de restrição, ele não poderá chegar perto dela.

— Ela não vai querer fazer isso.

— Se ela não denunciar não tem como resolver isso na justiça.

— Ok, dou uma prensa nele.

— Isso não resolve...

— Resolve! Já sou adulto e sei das consequências dos meus atos, minha decisão já foi tomada.

— Filho...

— Contrataremos ela, não importa em que cargo, vamos a contratar ainda essa semana.

— Primeiro ela precisa ser liberada da outra empresa.

— O dentista morreu.

— Continua sendo uma empresa registrada com toda uma norma trabalhista e leis a seguir, a mulher dele é advogada e saberá disso. A Kethelen não pode ser demitida ou dispensada, estava grávida e a lei protege as grávidas, só poderá acontecer isso depois que o bebê nascer e tiver três meses ou coisa assim, pesquise.

— Não podemos fazer um acordo? Ela está saindo pra trabalhar com a gente, ninguém está...

— É a Kethelen, me responde com toda sinceridade, acredita que ela aceitará isso?

— Não... Agora não é só ela, então sim!

— Certeza que não, mas conversa com ela, leve nosso advogado pra a explicar tudo, se ela topar cuidamos de tudo, se não é só aguardar.

— Pai! – Luan fala inquieto. – Vou te contar algo, não me interrompa, por favor.

— Estou ouvindo.

— A amo! – Luan o olha. – Amo muito, nunca contei isso pra ninguém e será o único a saber disso. Não me atreveria a perder a amizade dela e isso não é discutível, ela nunca saberá. Sabe que sempre quis ser pai e que agora, pelo meio tradicional não é possível, te falei que ia adotar, lembra? Começaria o processo de adoção mês que vem. Quero ser o pai da criança, registrar, ser presente, criar... Não estou fazendo isso sem pensar, no impulso ou por a ama... Pensei nisso desde o início e se vou adotar, porque não o filho da mulher que amo? Quero acompanhar toda gestação e cada passo dessa criança, quero amar e ser o pai, o pai que ela precisa. Assim estaria realizando meu sonho e, ao mesmo tempo, ajudando a mulher que amo. Não, não estou fazendo isso pra sermos um casal, como já disse antes ela nunca saberá dos meus sentimentos, será como pais separados ou coisa assim. O que acha?

— Que é uma ótima hora de se torna avô e sendo a Keth a mãe, será melhor ainda. – Luan ri. – Se é isso que quer, que deseja, vai! A Keth já é da família, mas a conhece, quais são as chances dela aceitar isso? Ela...

— Deixa isso comigo, pai! – Luan levanta. – Tenho que voltar pra ela, depois conversamos e não conta nada pra ninguém, nem pra mamusca.

— Tudo bem.

•••

— Voltei, abre a porta pra mim. – Luan fala gritando.

— Para de fazer isso! – Kethelen abre a porta e o puxa pra dentro. – Não sabe tocar a campainha e esperar? Tem que fazer escândalo?

— Pra você ignorar como fez com a Letícia?

— Não queria conversar com ela. – Kethelen vira o rosto e Luan ri.

— Ela vai me ajudar.

— Ajudar com o quê?

— Com tudo! Deduzo que ela será a madrinha, certo?

— Se eu não morrer antes de dar à luz.

— Comentário ignorado. Vou buscar as coisas e já volto.

— Que coisas, Luan?

— Deixa a porta aberta.

Luan foi até o carro e trouxe várias sacolas com frutas, legumes, iogurtes e outras compras.

— O que é isso? – Kethelen pergunta o olhando.

— Está grávida, precisa parar de comer só massa e Ifood, tem que se alimentar bem. Foi ao médico? Acho que precisa de vitaminas e ver se o bebê está bem.

— Luan...

— Nada é discutível! Todo mês quando o pessoal da feira que a Pi tem parceria mandar os produtos lá pra casa, vai receber aqui também e não discuto, só trago e pronto, não vai deixar estragar porque é desperdício.

— N...

— Sem mais! Senta aí que quero conversar.

— Não pra tudo! Não quero que tenha pena de...

— Não é pena! Sabe que é importante pra mim e sempre cuido de você, agora não será diferente... Na verdade, será porque não é só você. Sei que está sofrendo, termino de relacionamento, emprego e uma gravidez acidentalmente e o resto da confusão. Tô aqui com você e vai sair dessa mais forte. Primeira questão, não estou te oferecendo dinheiro pra você simplesmente dizer não, presta atenção e pense porque não é só você e precisa disso, joga o orgulho no lixo.

꧁ Notas da autora ༻꧂

Indiquem o livro, deixe sempre sua estrelinha e um comentário seria gratificante. Isso ajuda demais! Apoia aí, deixe a estrelinha.

Os capítulos PODEM SER atualizados terça e quinta, isso depende de muita coisa, mas sempre esforçarei pra postar nesses dias.

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