Capítulo 27

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— É maior, mas não interfere, aliás eles terão que se acostumar com a casa deles e eu com o fato de que sou mãe e terei que me virar sozinha depois de um mês, sua mãe não ficará ao meu lado o tempo todo o resto da vida, não terei ajuda o tempo todo. Até quando você, Lety e sua mãe ajudarem, sempre terá o enorme espaço de tempo que não terei vocês, seu argumento são toscos!

— Quero que fique aqui durante o primeiro mês, é possível?

— Não sei, não me sinto confortável com essa situação.

— Só pense, tenha consideração porque pra mim é melhor ficar aqui que ter que ir pra sua casa, nem mesmo sei se me permitiria morar lá nesse tempo. Quero mesmo ficar o tempo todo nesse primeiro mês ajudando em tudo e também aprendendo junto com você a cuidar deles com a instrução da mamusca.

— É sempre bem-vindo ao meu lar e dos seus filhos.

— Pensa no meu pedido. Ainda sem sono?

— Muito! – ela pega o celular dele. – Empresta o dedinho. – ela o desbloqueia.

— O que vai fazer?

— Ler as mensagens do grupo da sua família, tenho a sensação de que falam mal de mim, muito mal. – Luan ri.

— Eles te amam.

— Não certas primas e tios.

— Não seriam loucos de falar mal de você no grupo, ou comigo e qualquer um que te considera já dá família.

— Por que tem um grupo só com você?

— Pra mandar coisas que não posso esquecer, como um refrão que crio, avisos importantes.

— Compra presente pra morena e os meninos. – ela ler e o olha  – Que morena?

— A única da minha vida. – ele beija a cabeça dela. – Amanhã mostro você.

— Não aceito presentes seu.

— Só porque sou rico?

— Sim!

— Absurdo! Vai receber e pronto!

— Não vou.

— Vai! Muda o disco que essa briga já é velha.

— Parecemos um casal e desde que os gêmeos estão a caminho que isso é real e não “aff, parecemos casal”.

— Não entendi a diferença.

— Antes falava por falar, zoação ou pra te fazer para de fazer algo, hoje é sério. Parecemos um casal em todos os aspectos.

— Até hoje não te beijei e nem levei pra cama, então não, pra mim tá normal.

— Normal? Amor, saudade excessiva, atenção, carinho, colo, mimimi, até as briguinhas e ligações. Dormirmos juntos e tem roupa minha aqui e sua lá.

— Normal.

— Normal? Isso não acontecia antes, o grude e tudo mais. Estou falando isso porque precisamos parar, quando tiver namorando esses costumes podem ser automático e sua namorada não vai gostar, assim como o meu namorado.

— Vou mudar nada não! A tendência é ficar cada vez mais próximo, mais carinhoso, atencioso, presente e quando os bebês nascerem, vou ser mais presente ainda só que os carinhos e mimos serão só pra eles.

— Há há há!

— É sério, até porque é você que tá aqui reclamando disso.

— Não estou reclamando, só que isso pode dar merda quando tiver namorando.

— Não tô e não pretendo fazer isso por muito tempo. Cê tá namorando?

— Talvez namore o cara do shopping.

— Se for carência não precisa de outro homem pra cuidar disso, tem eu!

— Não pode cuidar da maneira que quero.

— Isso é você quem disse.

— Isso foi uma cantada?

— Isso sou eu cuidando de você como sempre. Não quero que se machuque e estou aqui pra satisfazer TODOS os seus desejos e vontades.

— Ah... Não sei o que responder, estou sem jeito, intimidada e confusa com essa frase. – Luan ri.

— Vou dormir, tô morto de cansado. Qualquer coisa me acorda, tô aqui pra te satisfazer, se quiser a lua te dou.

— Viu, me deixando muito minada. Boa noite, Moreno!

10h

— Que saco! – Luan fala ao acorda e não ver Kethelen e nem nada dela em seu quarto. – Você é um vacilão! Ler uma conversa e acha que poderia falar aquele tipo de coisa, agora a perdeu, foi embora na calada, vai se afastar aos poucos e o único contato que teremos será por meio dos gêmeos, isso supondo que ela permita continuar sendo o pai deles. Tudo isso por causa da sua idiotice, Luan! Como pode insinuar aquilo? Calma! Droga! – Luan grita. – Não, se acalma que não vai ser igual no sonho, vai atrás dela e diz que não foi o que ela pensou estava se referindo à outras coisas. É isso, não vou a perder, não mesmo! Não pode se afastar, não posso viver sem ela presente. – Luan bagunça o cabelo e novamente grita.

— Está tudo bem aí? – Kethelen fala assustada ao sair do banheiro com o roupão, Luan a olha aliviado. – Por que dos gritos, Moreno?

— Tive um pesadelo e ao acordar e não te ver aqui, nem nada seu achei que fosse real.

— Mas só estava aqui meu chinelo, celular e mochila com roupa, levei todos para o banheiro.

— Foi só paranoia, acordei apavorado, assustado. – Luan a olha e sorri  – Que bom que estar aqui.

— Acho que sei seu pesadelo, não se preocupe que não vou a lugar nenhum, sempre farei parte da sua vida.

— Independente de qualquer coisa?

— Não, se fizer algo imperdoável, mesmo que doa terei que afastar e seremos como pais divorciados que se odeiam e só tem contato pelos filhos. Me cantar nunca será um motivo pra isso, sabe o que é coisa imperdoável?

— Nunca farei nada imperdoável, minha missão é cuidar e não machucar, afinal sou seu anjo. Me dá um abraço!

— Venha até mim. E preciso de ajuda para secar o pé, simplesmente não conseguir, mesmo o colocando em um lugar alto.

— Lucca e Gael só crescendo, graças a Deus! – Luan vai até ela e abraça.

— Foi só um pesadelo, relaxa!

— Odeio ter pesadelos com você, fico um mês com medo. – Kethelen ri e beija a testa dele.

— Te amo!

— Ama mesmo?

— É o meu melhor!

— Vocês ouviram isso, né? – Luan fala abaixando e beijando a barriga dela. – São minhas testemunhas. Bom dia, bebês!

— Estão quietos, dormindo.

— Você dormiu bem? – Luan fala pegando a toalha que estava na mão dela e começa a secar o pé e parte da perna.

꧁ Notas da autora ༻꧂

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Os capítulos PODEM SER atualizados terça e quinta, isso depende de muita coisa, mas sempre esforçarei pra postar nesses dias.

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