Capítulo 32

312 34 46
                                    

— O odeio.

— Mas e os nossos filhos? Ele pode querer...

— Sempre será o pai, a partir do momento que os registrar ninguém tira os seus direitos paternos sobre eles e o Marlon... Ele não quer isso, mesmo se quisesse o pai dos meus filhos é VOCÊ!

— Pode querer só pra incomodar, querer algo em troca...

— O mato antes mesmo dele pensar em algo assim.

— Eu tô com tanta raiva! – Luan fala enchendo de soco o saco de área. - Como ele tem a coragem de mandar mensagem? É um desgraçado! Um infeliz, arrombado do caralho. Desculpa os palavrões, mas... – ele a olha, Kethelen olhava para o chão com cara de surpresa. – O que é isso? – disse por ver água no chão.

— Acho que... Minha bolsa rompeu. – Ela fala pausadamente. – Isso é normal? Não estou sentindo dores, não sen...

— Mãe! – Luan grita com certo desespero. – Mãe, a bolsa estourou! – ele disse já ao lado da mocinha, segurando sua mão.

— O que a gente faz? – Kethelen fala calma.

— Não sei! Ir para o hospital? Ligar pra Maria? Oh, mãe! – Luan grita mais alto.

— Droga! – Kethelen grita e começa a aperta com muita força o braço do Luan.

— Mãe! – Luan grita mais alto ao notar que ela sentia dor.

— O que foi? – Mari chega correndo junto com o Marido.

— Está doendo!

— Meus filhos! – eles falaram juntos.

— A bolsa. – Mari sussurra.

— Meus netos! – Amarildo fala sorrindo.

— Não tá na hora, de nascer, mãe!

— Se acalmem! A bolsa estourou, acho que ela está tendo a primeira contração e partos demoram, isso é só o início.

— Passou. – Kethelen para de apertar o Luan.

— Precisam arrumar as coisas dela e do bebê pra irem... Você trouxe as coisas do bebê? – Mari encara o filho que ainda estava apavorado.

— Uhum, trouxe tudo e... Isso não é normal, não tem nove meses!

— Isso é verdade! – Mari que estava tranquila, se preocupa. – Vamos agora para o hospital, pegue as coisas dela e do bebê, ligue pra médica.

Luan se recusou a sair do lado da Kethelen, principalmente nos intervalos das contrações onde ela sentia dor. Mari no começo ficou preocupada porque a bolsa se romper antes da hora, mas quando notou que não tinha nada fora do normal, que tudo estava sendo como quando nas duas vezes dela, se acalmou. Kethelen era outra que estava calma, só gritava durante as contratações.

Eles chegaram no hospital 21h, Maria explicou que apesar de não ser uma regra, gêmeos costumam nascer entre a 32° e 34° semana da gestação, elas fez análise da situação e confirmou que tudo estava indo bem no parto, Kethelen estava tendo dilatação até de forma rápida e o parto seria normal.

— Por que vai precisar de ajuda de outra pediatra?  - Luan questiona preocupado.

— Luan, não se preocupe que está tudo bem com os bebês e a Kethelen. – Maria fala tentando o acalmar. – A equipe é toda em dobro porque são dois bebês e precisamos monitora e cuidar de tudo para que eles nasçam bem e a mamãe fique bem. Preciso que confie em mim e no meu trabalho. – ela o olha. – O que está fazendo aqui, não vai acompanhar o parto?

— Vou, claro que vou!

— O que está fazendo aqui e sem a roupa apropriada ? A dilatação está completa, vamos iniciar o parto.

Luan assistiu ao parto, não soltou a mão da Kethelen e não parava de dar apoio moral, estava ansioso e no primeiro choro que Lucca, o primeiro nascer, chorou, ele também se desmanchou em lágrimas e 10 minutos depois quando Gael nasceu ele já não tinha mais lágrimas para chorar.

— Hei! – Luan beija a testa da Kethelen quando o Gael nasce. – 1h10m, feliz aniversário amor!

— Quem liga? Eles nasceram, nossos filhos. – Kethelen fala completamente exausta.

— Eu me importo, agora tenho três motivos pra comemorar essa data.

— Me deixa cuidar dela agora. – Maria disse afastando o Luan. – Aguarde que daqui a pouco podem conversar.

Luan foi o primeiro a pegar os gêmeos no colo, não conteve a emoção e a satisfação de ter os filhos no colo. Kethelen acabou pegando no sono de tão cansada que ficou, nesse intervalo todos exames iniciais pra saber se os bebês estavam bem foram feitos.

— Oi! – Kethelen fala ao acordar e ver Luan sentando na poltrona ao lado.

— São quase 5h, deu um belo cochilo. – ela ri.

— Já você não preciso perguntar, é visível que está acordado todo esse tempo. – Luan ri.

— Estou tão feliz! Não tem como explicar, é uma sensação incrível e... – ele começa a chorar. – Já orei agradecendo por vocês três estarem bem, pedindo proteção aos nossos filhos... Eles são tão pequenos, tão lindos. Os peguei no colo, me sentir tão bem e com uma missão única, os proteger.

— Preciso os ver, quero tê-los em meu colo e... Estou tão feliz por eles finalmente terem nascido.

— Não vamos precisar a acordar. – uma enfermeira fala ao entrar no quarto com um dos bebês, em seguida a outra entra. – Já fizemos todos os testes, eles estão bem, todos os reflexo, tudo certinho, mas estão morrendo de fome.

— Como vou amamentar duas...

— Esse aqui está dormindo, ele não tem uma pinta no cotovelo como o outro, foi o segundo a nascer.

— Gael! – disse Luan.

— O deixe dormindo enquanto esse amamenta. – a enfermeira o entrega. – Tem mães que conseguem amamentar dois que uma vez, talvez você consiga com o tempo e praticar, até lá será um por vez.

— Oi, meu amor! – Kethelen fala totalmente rendida de amor, nem mesmo escutou a enfermeira. – Você é tão lindo e pequeno.

— Eu disse! – Luan fala empolgado. – Pequeno, fofo, lindo. Posso pegar o Gael? – ele fala se aproximando da outra enfermeira.

— Claro! Você é o pai. – Ela o entrega com muito cuidado. – Daqui a pouco vamos trazer os berçários pra cá. Eles não vão precisar ficar no banho de luz ou sobe observação, mesmo sendo prematuros. Se fizerem o primeiro cocô rápido, em três dias poderão ir pra casa.

꧁ Notas da autora ༻꧂

Indiquem o livro, deixe sempre sua estrelinha e um comentário seria gratificante. Isso ajuda demais! Apoia aí, deixe a estrelinha.

Os capítulos PODEM SER atualizados terça e quinta, isso depende de muita coisa, mas sempre esforçarei pra postar nesses dias.

LaçosOnde histórias criam vida. Descubra agora