Laços

Capítulo 39

— Não devia ter te dado as chaves. – Luan ri e eles se olham nos olhos. – Quer saber, dane-se!

Kethelen o beija e Luan retribui, foi um beijo que começou lento e doce, mas bastou Luan a puxar pra mais perto de si, colocando uma de suas mãos em sua nunca enquanto a outra deslizava em seu corpo que o beija se tornou mais intenso, rápido, quente e cheio de desejo.

— Calma! – Kethelen fala parando os beijos e tirando a mão do Luan de seu seio.

— Desculpa, empolguei. – ele fala ofegante e beija a testa dela.  – É que eu te desejo há tantos anos, imaginei isso tantas vezes que...

— Anos?

— Se eu falar não vai correr ou dizer que é um erro?

— Não prometo. – ela o beija. – Explica isso direito.

— Não tem o que explicar... Eu te amo, amo pra caralho e isso já faz um tempo... Acho que me apaixonei quando tinha começado a se relacionar com o... – Luan vira o rosto irritado. – Nunca tive coragem de falar nada por medo, medo de te assustar e se afastar, sou mais ter um amor platônico que não ter você em minha vida... Já adianto que se tiver arrependida do beijo, não precisa se afastar, mudar nossa relação, aceito um não, mas...

— Não farei isso.

— Eu... Odiava te ver com outro, mas sempre tive medo de contar tudo... Até por agora que flertávamos tinha tanto medo que média as palavras e só ia até onde você permitia... Morria de medo de que pra você fosse só brincadeira e por isso nunca te beijei antes. – ele a olha nos olhos. – Eu te amo, amo de verdade e... Não se retire da minha vida... – Kethelen o beija.

— Saiba que pode me beijar quando quiser. – Luan ri e a beija prensando contra parede.

— E sua roupa, posso tirar quando quiser.

— Confesso que isso é muito tentador e que quero, mas também quero ir com calma e ver o que é tudo isso, então por enquanto é não.

— Me contento com beijos, por enquanto. – ele a beija e os resmungos começam. – Não, bebês! – Luan resmunga e Kethelen ri.

— Eles devem estar com fomes e com a fralda cheia de xixi, acordaram era 3h e depois só agora, quase 10h.

— Posso mesmo te beijar quando eu quiser?

— Sempre que quiser. – ela o beija. – Vamos cuidar dos pacotinhos.

— Vamos!

Toda oportunidade que o Luan teve de a beijar, beijou, era impossível ele esconder a felicidade que estava sentindo, repetiu algumas vezes que parecia sonho. Kethelen por sua vez ainda estava tentando assimilar tudo que estava acontecendo, no momento em que beijou o Luan sentiu algo novo, algo que não queria parar de sentir e ao ouvir o “eu te amo” vindo do Luan tendo um significado diferente das outras vezes, seu coração disparou.

— Você não vai resistir quando a formada sair, vem que a mesa já ta pronta, o trem é bom é demais da conta. Pão, pão, pão, pão pão de queijo. Pão, pão, pão, pão pão de queijo. – Luan canta junto com a música que passava na TV, os gêmeos balançavam-se e davam risadas com a música. – Vocês são bobos demais, ficam felizão com essa música boba. – Luan fala rindo. – Amor, temos de preferência chegar na hora.

— Estou indo, só estava conferindo a bolsa.

— Já conferiu mil vezes, vamos logo. – ele fala pegando os dois meninos no colo. – Desliga aí.

— Sabe o que eu disse sobre me beijar quando quiser? – Luan a olha. – Limito essa frase pra quando estivermos nas nossas casas, se me beijar fora delas corre o risco de alguém ver, tirar foto e quando eu assustar estou em tudo que é site e não quero isso.

— Estou feliz por poder te beijar, não me importo com essa limitação. Um dia vou conseguir tirar ela e quando acontecer, infelizmente não será possível evitar que seja notícia, mas como sempre vou te proteger ao máximo de exposição, como sempre faço. – ele a beija e os gêmeos dão risadas.

— Vocês tão muito faceiros hoje! – Kethelen os enche de beijos. – Vamos minhas bolinhas de amor.

Eles estavam indo fazer um ensaio fotográfico, como Kethelen observou, os filhos estavam mesmo muito faceiros e isso rendeu várias fotos fofas, com sorrisos e abraços espontâneos. Luan afirmou que isso era porque eles sabiam o que estava acontecendo com os pais, Kethelen como sempre ignorava, como fazia com todas as teorias deles.

— Vamos lá pra minha casa? – disse Luan quando Kethelen termina colocar os gêmeos nas cadeirinha, estavam dormindo.

— Você quem sabe. Por aqui tem algum supermercado ou mercearia... Qualquer coisa que der pra comprar leite, fraldas, Danone e certas bobeira que eu não fico sem comer, nosso estoque acabou.

— Vamos passando e olhando. A Pampens não mandou fraldas esse mês?

— Início do mês, estamos no fim e eles usam muitas. Mesmo recebendo fraldas dos patrocinadores sempre tive que comprar mais. – Kethelen ri e coloca o sinto. – A verdade é que não devíamos ter recusado os envios de leite da Mussolini.

— Avisei que na época eles não bebiam, mas que beberiam pra frente. Parecem bezerro os meninos, mamam muito no peito, comem comida normal e não param de tomar mamadeira, por isso tão gordinhos.

— Deixa os meninos mamarem em paz! Quero mais são eles gordinhos mesmo. Ali, aquilo parece um mercadinho.

— Beleza! – Luan estaciona perto.

— Não demoro.

— Quero ir com você. – Luan fala empolgado e Kethelen ri.

— Amor, sei que ama fazer essas coisas, mas não consegue por ser quem é e exatamente por isso que não pode ir comigo.

— Pó! O lugar é pequeno e tá vazio.

— Vai que tem um fã emocionado aí, daqueles que estupidamente gritam quando te ver e agem de forma tosca... Tosca porque não precisa de gritos e desespero, poderiam se aproximar, conversar, ter toda sua atenção e tirar fotos, mas como são emocionados acabam assustando e atraindo mais pessoas como eles e aí a confusão. Quando tem um monte de gente entendo que fiquem assim porque não dar pra atender todos, mas quando tá sozinho ou com poucas pessoas é tolice.

— Vamos ou ainda tem mais coisas pra falar? – Luan olha pra trás. – Uai, cê num tava dormindo zoi colorido? – Gael sorri e coça os olhos. – Eu vou morrer de tanta fofura!

꧁༺ Notas da autora༻꧂

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