Capítulo 35

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— Mataria quem? – Kethelen fala ao voltar.

— O pernilongo que tá aqui enchendo o saco, se não tivesse com nosso filho o mataria.

— Esses bichos não dão sossego nem na maternidade? – ela pega o bebê e senta no colo do Luan. – Vou o amamentar antes que o Lucca acorde querendo mamar ao mesmo tempo.

— Seria bom conseguir amamentar os dois ao mesmo tempo.

— Pretendo fazer isso, mas antes eles precisam aprender a mamar, tenho que os ajudar, usar as duas mãos pra eles não sufocarem. – ela começa a amamentar. – Me distraia até me acostumar com a dor.

— Acha que o Marlon é vingativo?

— Marlon? Por que está perguntando isso?

— Sei lá! Vai que na cabeça dele queira se vingar por ver que não precisa dele e que sou o pai dos meninos.

— Idiotice! Ele não tem motivo pra querer vingança e o próprio disse que não queria nem saber se estava grávida, disse que fingiria que nunca me conheceu.

— Mesmo assim te mandou Direct. Acha que ele é vingativo?

— Não o conheço, namorei um personagem que ele criou pra mim agradar. Tenho certeza que nem tudo era teatro, é impossível manter certas coisas o tempo inteiro. Ele sempre foi medroso, nada vingativo porque tem medo, medo de ameaças, caras mais fortes, medo de brigas, discussão... Tudo! Nunca encarava ninguém, nem mesmo quando estava certo. Por que me perguntou isso? O que fez?

— Nada, mas meu pesadelo era isso aí, ele tentando se vingar de forma que dói, com nossos filhos.

— Se aproximar dos nossos filhos, se ao menos pensar nisso, o mato.

— Somos dois. – Luan beija o ombro dela. – Gael parece que terá olhos claros, isso descende de você?

— Minha mãe tinha olhos verdes, lindo, lindo! Nunca viu as fotos?

— Nunca reparei. Pensa num trem enjoado esse menino de olhos verdes? Eu se tivesse olhos verdes ou azuis seria enjoado demais.

— É, esses olhos o dará vantagem sobre o irmão se tratando de garotas. Caramba! Vou sofrer com as meninas querem namorar meus filhos.

— Muié! Os meninos mal nasceram e já tá pensando nisso?

— Você não? Penso em tudo, tô até ansiosa.

— Divida esse tudo comigo, estou curioso.

Luan ficou com ela até às 17h, quando a mãe apareceu pra passar à noite como acompanhante da mocinha. No dia seguinte ele não foi ficar com eles, tirou o dia pra resolver situações profissionais, como por exemplo, adiar todos os shows que tinha já que não abria mão de passar o primeiro mês dos gêmeos em casa ajudando a Kethelen e eles nasceram adiantado.

Letícia estava doida para conhecer os afilhados, só não foi ao hospital porque no único horário que permitem visitas ela estava sempre trabalhando, ela não é a única que estava ansiosa para os conhecer.

Depois de 72h, Kethelen ganhou alta junto com os bebês, o que a deixou feliz já que não suportava mais fica ali, o problema é que ela precisou esperar até a manhã porque quando ganhou alta era de madrugada.

— E essa é a casa do papai! – Luan fala ao entrar em casa com um dos gêmeos em seu colo e uma das bolsas. – Também é a casa de vocês. – ele ri. – Vocês tem duas casas, massa né?

— Finalmente chegaram! – Bruna fala caminhando até a amiga e pegando o bebê em seu colo. – Bom dia! – ela disse sorrindo apaixonada pelo sobrinho. – Eu sou a Bruna, tia e madrinha de vocês e estava tão ansiosa pra esse momento.

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