Capítulo 66

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— Não vai, vamos comprar a casa e fazer toda documentação necessária e aí você pode começar fazer as mudanças que quer, vou contratar um arquiteto pra fazer planta do estúdio, se você quiser construir algo ou destruir e fazer sei lá o que, só falar com o profissional. Não vai demorar, uns três meses pra fazer tudo certinho e bem feito.

— Ótimo!

— Por que dá presa? Nera você que não queria se mudar e tudo mais?

— Isso mudou ontem.

— E o que rolou ontem pra ter mudado de ideia?

— Mamãe! – Gael chega correndo. – Tô fome.

— Amém! – Luan fala o pegando no colo. – Pra quem não anda nem comendo direito isso é um bom sinal

— Ele tá comendo normal, o que sempre come, você que cismou. – Gael ri.

— Papai bobo.

— Oh, me respeita menino! – ele o beija. – Vamos passar em algum lugar e comer. Cadê a mulher?

— Foi atender uma ligação, esqueceu?

— Mamãe, - Lucca se aproxima com os cachorros. – Quer piscina.

— Mas nem podendo. – ela responde rindo. – A casa ainda não é nossa e está escurecendo. Por falar nisso a prioridade será as medidas de segurança para evitar acidentes com os babys e – ela faz careta e olha para os filhotes. – esses bichinhos que são até fofos, mas eu não gosto mesmo de cachorros.

— Daqui a pouco tá é amando eles. Vamos cuidar de tudo isso, principalmente da piscina.

— Fome, mamãe!

— Piscina!

— Vamos embora e pedir comida porque com dois cachorros não dá pra entrar nos lugares de refeições e jamais os deixar no carro sozinhos.

— Vou falar com a moça que vamos ficar com a casa, leva os babys e os dogs para o carro. – Luan coloca o Gael no chão e sai.

— Hum! Cada um pega seu filhote e vem.

— Tem medo, mamãe? – Gael fala pegando o seu filhote.

— Não, mas não gosta de cachorro por causa de uma experiência traumática de infância, nem do puff eu gostava. Não pega o bichinho assim, vai o machucar. Aff, deixa que eu levo.

•••

— Comi demais! – Luan fala se jogando na cama.

— Um dia ainda vai quebrar essa cama. – Kethelen assistia ao jornal. – Odeio mesmo seu perfume novo, eca!

— Só se for de tanto fazer amor com você. – ela ri e o beija. – O que está vendo?

— Liguei e estavam fala dessa rebelião, não entendi muito bem, mas o negócio tá feio e tem mortes tanto de agentes, policiais e bandido.

— Vão falar a lista dos presos mortos.

— Tira, vamos ver...

— Calma que tô curioso. – a lista com nome e foto começa passar. – Eita, porra!

— Caramba! – eles falam juntos e se olham. – É ele mesmo?

— O Marlon? É. O cara tinha tudo na vida, apesar de ter o caráter lixo, aí optou pelo caminho errado e morreu na cadeia. Esta triste?

— Devia ficar? Não desejo a morte de ninguém e sinto muito pelas pessoas que se importavam com ele e o amava, como a mãe dele, mas não tô sentindo nada. Acha estranho? É como se fosse só mais um desconhecido.

— Considerando toda merda que aconteceu, acho que é normal.

— Graças a Deus que o pai dos meus filhos é um exemplo de homem e ser humano, não esse cara aí.

— Pelo menos agora não existe sequer a possibilidade dele encher o saco.

— Ainda tinha medo com relação à isso?

— Sim e muito, agora estou aliviado, me julgue.

— Não. – Ela o beija. – Sério, odeio esse seu perfume, me deixa enjoada.

— Oxe!

— Lembrei! Quais eram as chances de conseguir ter filhos?

— Praticamente nulas.

— Praticamente não é nula.

— É, mas é tão pouca que não deve se empolgar... É praticamente nula.

— Hum, acredita em milagres?

— Acredito em Deus, o temo e busco, obviamente que acredito. Esse assunto tá me deixando desconfortável.

— Milagre?

— Eu poder ter filhos, sei que a pergunta do milagre é relacionada à isso. Acredito em milagres e antes pedia muito pra Deus mudar minha situação, isso antes dos gêmeos e...

— Deus te escutou.

— Eu sei, ele me mandou os gêmeos.

— Não dessa forma, quer dizer, também, mas não estou falando disso.

— Eu já sou lerdo, você vem e me faz essas confusões. – Kethelen ri e o beija.

— Enjoos, vômito, fome, sono, xixi à beça e menstruação atrasada, estou familiarizada com isso e desde que estamos na Suíça tinha uma pulga atrás da orelha, mas com certo medo de me iludir, pior ainda te iludir. Ontem depois de uma longa conversa com a Letícia tomei coragem pra tirar a dúvida e saiu o resultado, o peguei quando os meninos estavam tirando sangue. – Ela sorri. – Deus ouviu não só as suas orações, as minhas também. Seria demais orar pra ser uma menina?

— Como assim? - Luan fala ainda sem entender. – Não entendi, me perdi no início da explicação. Você mentiu! Disse que estava bem e agora me fala que estava enjoada e vomitando! Por que fez isso? Caramba...

— Meu Deus! – ela o beija. – Sendo clara e direta, estou grávida, será pai de novo.

— Mas... Como?

— Não sei, só sei que aconteceu. Milagres costumam ser assim, sem explicações.

— É sério?

— Por que brincaria com algo sério? Estou esperando um bebê seu e...

— Obrigado, Senhor! – Luan fala segurando o choro e começa a orar baixo, Kethelen apenas observa. – Amém!

— Também fiz isso... Pediu pra ser menina? – Luan ri e a beija.

— Só agradeci, eu nem pedia mais isso porque pra mim estava bom os gêmeos, mas olha o que Ele nós deu, cara! Vou agradecer pra sempre. Claro que vou orar, fazer jejum, promessa pra tudo ir bem na gestação e parto e.... Eu tô tão feliz, tão.... Tô nem pensando direito. Você... Caralho!

— Sei lá, orar e em seguida xingar palavrão não é certo.

— Desculpa, Deus! – Luan a abraça forte e começa chorar.

— É sério, enjoos causado pelo seu perfume novo, me solta! – Luan a solta e ri.

— Desculpa.

— Se livre desse cheiro e poderá me abraçar e chorar.

Luan demorou de fato entender o que estava acontecendo, a fixa demorou cair. Ele estava feliz, muito feliz e só sabia agradecer, afinal ele conseguir ter um filho dessa forma era só mesmo obra de Deus.

— Agora faz sentido. – Luan fala parado na porta do banheiro, Kethelen estava parada perto do vaso com enjoos – Toda manhã, desde que fomos pra Suíça estava desse jeito aí, enjoada na frente do vaso ou já vomitando.

꧁ Notas da autora ༻꧂

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Os capítulos PODEM SER atualizados terça e quinta, isso depende de muita coisa, mas sempre esforçarei pra postar nesses dias.

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