Capítulo 18

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— Muito fresca! – Luan fala rindo.

— Para com isso! Não sou fresca e nada dessas coisas que disse.

— É sim! Toda manhosa, birrenta e fresca.

— Seu nariz!

— Se não tivesse se formado em marketing, sido secretária, o que faria da vida?

— Do nada?

— Sim! O que seria?

— Hum! – ela pensa. – Uma dançarina de boate, essas que os homens vão...

— A ideia errada!

— Isso dar dinheiro.

— Não vou nem falar nada!

— O que você seria se não fosse cantor.

— Ia fazer prova para o vestibular de biologia, mas sinceramente não sei se seguiria esse caminho, sabe? Não consigo imaginar minha vida sem a música... Talvez qualquer coisa relacionada a isso, talvez um produtor ou só compositor, instrumentistas, músico.

— Era o esperado. Queria fazer algo na parte da comunicação, sabe? Qualquer coisa nessa área pra poder trabalhar como editora de texto... Por muitos anos quis trabalhar com a escrita, viver disso.

— Tipo escritora de livros?

— Uma editora de texto faz várias coisas, pode fazer várias coisas, inclusive livros.

— Faz um.

— Não é minha praia.

— E aqueles poemas que costumava escrever? Gostava demais daquilo!

— Era só fase, passou. Hum! Estou com calor, abre a janela por favor.

— Está um frio danado!

— Sério? Estou sentindo calor. – Luan coloca a mão na testa dela. – O que está fazendo?

— Vendo se não está com febre.

— Não estou! – Ela tira as mãos dele. – Febre dar frio e não calor.

— Quer que ligue pra médica?

— Que exagero, homem! Isso as vezes acontece e é normal, calma.

— Certeza?

— Sim.

— Uhum! – Kethelen ri.

— Só abra a janela, por favor.

— Sim, senhora! – Luan levanta e a abre. – Vou pegar água.

— Não quero.

— Vou pegar e deixar aqui. – ele sai e o celular da Kethelen apita.

— Acabei esquecendo, bebê. – Kethelen gravava um áudio respondendo à mensagem da Letícia. – Eles estão bem, tamanho de pêssegos, corações batendo forte e temos dois meninos a caminho. Ah, Luan é a partir de hoje o pai deles. Ideias para nome? – Luan volta e deixa a garrafa no criado mudo.

— Faz uma massagem, por favor? Tô quebrado.

— Cobrarei por isso.

— Com essas mãos mágicas tem que cobrar mesmo.

— Sei que reclamou do frio, mas prefiro que tire a camisa, como bem sabe.

— Aguento o frio, só me ajuda relaxar.

Luan tirou a camisa e pela primeira vez Kethelen observou cada detalhe da vista que teve e mesmo que estivesse fazendo massagem nas costas, alguns pensamentos não deixaram de passar por sua cabeça, isso a pegou de surpresa já que nunca aconteceu antes, foi a primeira vez que olhou para o amigo com outros olhos.

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