Capítulo 9

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Dia seguinte

— Fala comigo, bebê! – Luan fala ao atender a ligação de Letícia.

— As luanetes ficarão sem cantor se me chamar assim de novo. – Luan ri com a resposta.

— Que isso, Bombom!

— Não te suporto.

— Cê me ama, bebê.

— Quando te ver vou te espancar.

— Ui! – Luan ri ainda mais. – Qual é o problema? Nunca me liga e nem reclama que não vi suas mensagens que acordei agora.

— Conversou com a Keth? Ela ainda me ignora.

— Vai à casa dela, grita sem parar enquanto toca a campainha que num instante ela sai envergonhada.

— Fez isso? Você é estupidamente gênio.

— Vamos falar sério agora. Marlon a machucou, ameaçou e...

— Vou matar e não é blefe.

— Sei como se sente! Não podemos matar, dar uma surra é outra conversa.

— Caralho! É o Luan mesmo?

— O pulso dela estava com marcas, além de a magoar, brincar com os sentimentos, esmagar o coração ele a abandonou grávida, desempregada e... Só não mando matar porque minha consciência não me deixaria viver.

— Não pode bater em ninguém, além de ser uma figura pública e isso...

— Se liga no plano, contratará alguém pra dar esse susto nele, deixará claro que é um susto, uma surra não exagerada a ponto de perder a consciência e deixaremos um recadinho. Não posso fazer isso por ser quem sou, mas se topar achar as pessoas e tals, não importa a quantia pago sorrindo.

— Obviamente que topo! Você tem certeza que quer fazer isso? Eu não ligo nem um tiquinho, mas sou assim, você é tão... Zen, calmo, compreensivo, bom... É luz, tem uma bondade...

— Tenho! Keth não quer denunciar e não aceito isso. Se a ver nota os hematomas no pulso, pra ficar daquele jeito ele apertou muito forte e por muito tempo. Sem contar o resto da história, bebê. Um filho da puta, nunca gostei e com razão... Devia ter o posto pra correr...

— Certeza que não pode ser uma surra de o apagar? Tipo, não me importo.

— Aí esse filho da puta morre e vamos fazer o quê? Além de ficarmos preso o peso de ser culpado de sangue... É só um susto, Letícia!

— Tá! Acerto tudo e te aviso.

— Não se preocupe com a bebê, já conversei e acredito que a acalmei. Sobre o emprego, ela vai trabalhar pra mim e o bebê... Na verdade, os porque são gêmeos...

— Como sabe?

— Disse que cuidaria de tudo, né! Já a levei pra primeira consulta. Doou minha palavra que essas crianças não vão ficar desamparadas, não faltará nada, muito menos amor e proteção.

— Um anjo, é isso que é.

— Longe disso! Aqui, você se formou em finanças, certo? Economia e essas coisas.

— Som, por quê?

— Trabalha com isso?

— Infelizmente não, trabalho com algo que odeio, em um horário que odeio por falta de oportunidades e opções.

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