Capítulo 29

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— Estão vendo como a mãe de vocês é medrosa? – ela fala olhando fixamente pra barriga da Kethelen. – O pai de vocês deixando claro que quer é ela, que também está querendo apesar de negar, fica nessa bobeira ai. Acho impossível o fato de ficarem estragar a relação entre vocês, se verem que é birrazo, que não rola, acredito que fará a amizade ser ainda mais forte pois terão certeza de que esse amor é e sempre será só de amizade mesmo. Então só tem três opções, amizade colorida, algo mais sério, amizade mais saudável e forte. Mesmo que fiquem juntos e depois de um tempo não der certo, vão terminar de boa e continuar sendo amigos, além de pais dos gêmeos. Tenho total certeza disso.

— Eu não! Não vou mais falar sobre isso.

— Beleza! – Letícia levanta, as duas estavam deitadas em sua cama. – Vou acompanhar de camarote essa história. Vamos fazer algo pra gente comer, já tá na hora de alimentar meus bebês.

— Nossos bebês!

— Mais meu que seus.

— Claro, é você que fez, que está carregando na barriga, vai os colocar pra fora.

— Mais meu que seu sim, se reclamar os levo embora quando nascerem.

— Estaria morta antes de tentar isso, mesmo sendo minha.

— Sua? Sou de ninguém! – Kethelen ri.

— Minha sim! Se reclamar posto que estamos em um relacionamento sério.

— Nem é doida de fazer isso! Vai espantar os contatinhos, além de atrair mulheres pra mim e seria muito constrangedor ser cantada por mulheres.

— Já fui cantada por algumas e é mesmo constrangedor quando se gosta só de homem. – Letícia ri.

— Se eu fosse bi ou gay, ia te usar pra ter mais mulheres interessadas em mim. Isso de fingir ter um relacionamento sempre funciona, né? Seja lá com quem for, homem ou mulher. Basta saber que é comprometida que briga gente te querendo.

— É, quando namorava aparecia tantos gatinhos... Se não fosse uma idiota apaixonada poderia ter pegado todos eles.

— Deu mole! Agora não adianta chorar o leite derramado, mas pode pegar o melhor amigo gostoso.

— Para!

21h – Casa dos Santana

— Vou dormir com você. – Kethelen que estava deitada com a cabeça no colo da Bruna fala olhando pra TV, as duas estavam na sala.

— Quando o pi chegar e ver que está aqui e não com ele, invade meu quarto e te leva.

— Vou dormir com você e pronto! – Bruna ri.

— Veremos!

— Posso fazer uma pergunta onde não poderá fazer perguntas e nem contar a ninguém?

— Uhum! Somos amigas... Na verdade é minha irmã mais velha.

— Acha que se acontecesse de beijar o Luan, isso estragaria nossa amizade, nosso laço? Pode ser que ao acontecer o beijo notemos que isso é impossível entre nós, aí vem a opção de estragar a amizade ou continuar a mesma coisa. Ou pode ser que seja bom, podemos ter uma amizade colorida ou outra coisa, mas aí vem o risco de dar merda e estragar...

— Não, é impossível perderem essa ligação, esse respeito, amor e carinho. Podem se beijar, namorar e terminar, casar e divorciar... Vocês estão em um nível superior de relação, meu irmão nunca se afastaria de você por nada, o carinho e consideração é eterno e creio eu que é recíproco. Sabe aqueles casais que não dão certo, terminam e a amizade continua? Continua de verdade... Se veem, ajudam, conversam, frequentam a casa um do outro, seriam assim supondo que se beijem e coisas aconteçam

— Não vale o risco, pra mim é um preso muito alto pra se pagar se der merda.

— Ok, mas quer o beijar?

— Muito! Isso antes nunca aconteceu, mas já faz meses que quero isso, que me sinto atraída e o vejo diferente. – Kethelen a olha. – Aí vem mais uma coisa a se considerar, é carência e isso dá gravidez... Fiquei frágil, sensível e ele se tornou um bote salva vidas.

— O beije.

— Tenho medo, até porque não é só eu e ele, tem os bebês também.

— Então não beije!

— Não está ajudando.

— Eu beijaria. Siga seu coração, talvez seja só carência e talvez não... Talvez o pi se sinta igual, talvez não.

— Seguir o coração, difícil considerando o fato de que ele perdeu o senso de direção ao sofrer uma desilusão.

— Talvez nunca tenha o escutado, fique mais atenta, escute com mais atenção.

— Se contar isso pra alguém te mato!

— E vai deixar os gêmeos sem tia?

— Letícia tá aí pra isso. – Bruna ri.

— Sabe que nunca conto nada. Vamos para o quarto, assim depois não precisamos sair e deitar na cama fria.

Dez minutos depois que as duas foram para o quarto Luan chegou, claro que foi direto atrás da mocinha pois sabia que estava lá. Quando a mãe disse que estava no quarto da irmã ele tomou banho, comeu algo e só depois foi atrás dela.

— Aposto que é o Pi. – Bruna fala ao baterem em sua porta.

— Provavelmente, ele disse que estava vindo pra casa quando estávamos vindo para o quarto.

— Pergunta, vai dormir com ele?

— Já disse que vou dormir com você.

— Alguma ligação com a conversa que tivemos?

— Não, por quê? Já dormir com ele ontem.

— PI, abre logo essa porta! – Luan fala impaciente e ela a abre.

— Meninos não são bem-vindos!

— Viaja não! Quero minha morena e meus filhos.

— Hum! – Bruna olha pra Kethelen. - Ela não é sua morena!

— Sou sim!

— Claro que é! – os dois falam juntos. – Essa menina é palhaçada demais! Vem, morena, já cheguei e já podemos ficar juntos.

— Vou dormir aqui, com ela. – respondeu Kethelen e Bruna sorri.

— Que o drama comece!

— Me deixa entrar, pi! – Bruna dá espaço e ele entra. – Como assim?

— Já fiquei com você ontem.

— E? Até onde sei eu te convidei pra dormir aqui e pra ficar comigo.

— Ela também me chamou e não é o único amigo que tenho aqui... Na verdade não devia dormir com nenhum dos dois, mas como a nossa relação é muito acima da média, sempre divido a cama com um de vocês.

— Vem, vamos para o meu quarto, pode escolher o que assistiremos.

— Já disse que vou ficar e já estou assistindo filme com a loira.

— Certeza?

꧁ Notas da autora ༻꧂

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Os capítulos PODEM SER atualizados terça e quinta, isso depende de muita coisa, mas sempre esforçarei pra postar nesses dias.

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