Capítulo 50

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— Luan? Você que tá no banheiro? Tá na hora de arrumar.

— Eu e a Keth, não entra como sempre viado! – Diguinho que já estava com a mão na maçaneta ri. – Sei que gosta de me ver pelado, mas hoje não é só eu que tô pelado.

— Isso, me faça evitar contato visual com ele por um mês. – Kethelen resmunga baixo e Luan ri.

— Diguinho, deixa que me adianto aqui da maneira que conseguir, pode ir viado.

— Tá, mas precisam parar de se engolirem aí porque o tempo tá curto.

— Diguinho! – Kethelen o chama, visivelmente envergonhada e ele ri.

— Fala, bebê!

— Adianta as mamadeiras pra mim, por favor!

— Sim senhora.

•••

— Lembrei! – Luan estava em seu camarim, falava alguns minutos pra começar o show. – Você nunca mais chame minha mulher de bebê, vou matar você. – Luan fala com Diguinho que tinha o Lucca em seu colo.

— Costume, boi, tem maldade nenhuma.

— Nunca mais, cara! Não aceito. – ele pega o filho. – Quer subir no palco com o pai e cantar? Tá decidido, vai comigo.

— Certeza? Não é uma boa, Keth não gosta, muito barulhento pro menino.

— Ele vai comigo. Cadê o Gael? Vou levar também.

— E vai cantar segurando o microfone como? O Gael tá dormindo.

— Então é só nós.

Luan entrou com Lucca no palco, pra felicidade do público, já que o pequeno roubou a cena. Kethelen quando viu, a princípio não tinha gostado exatamente por achar o ambiente muito agitado, com som alto e isso incomodar o pequeno, mas ao notar que ele estava era gostando não se importou já que sua preocupação era sem motivo.

— Acho que teremos mais um cantor na família. – Letícia fala sorrindo brincando com o afilhado.

— Não sei, só saberemos no futuro. – Kethelen fala observando Luan ainda no show. – Eu amo mesmo essa música.

— Ilha é foda! Hum, essa marca aí no ombro?

— Luan me mordeu.

— Ele sempre te morde e nem é na hora do sexo já que ainda não fizeram isso.

— Parece doido, me mordeu quando estava me arrumando. Sobre o sexo, finalmente rolou.

— E? – Letícia fala tentando controlar a empolgação.

— Hum, será que é normal falar sobre esses assuntos com amigas ou só nós fazemos isso?

— Não confio em outras amigas pra falar sobre, por vários motivos. Agora conte.

— Foi diferente, diferente de todas as outras vezes que fiz isso na minha vida. Sabe aquelas descrições clichês de livros e filmes? Aquelas que sempre zombei? São reais e aconteceu comigo... Nunca me sentir tão mulher, tão amada, tão satisfeita sexualmente falando.

— Porra! Quero um amor assim. – Kethelen ri.

— Pode por favor, não usar esse tipo de linguagem perto dos nossos meninos.

— Sempre esqueço, desculpa. Toma pega ele que esta pesado.

— Vem na mamãe. – ela o beija. – É quando tá pra se afogar no mar da vida vem alguém, vem alguém e se torna ilha. – Ela canta junto com o Luan.

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