Epílogo

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Lalisa

- Hum.. lá na loja parecia um pouco mais fácil.. - murmurei pra mim mesma, olhando para as instruções em meus dedos, Jennie suspirou e cruzou os braços.

- Parecia fácil porque você estava concentrada na vendedora, não é, Lalisa? Por isso parecia fácil, ou melhor, concentrada nos peitos dela - levantei os olhos, e segurei a risada, fiquei a olhando, conforme desempacotava a segunda caixa, usando delas para descontar a sua raiva contínua, eu ainda tentava segurar o riso. 

- Sim, Nini, foi por isso mesmo - respondi, sem preocupação, voltando a tentar entender os desenhos da tal montagem, mas a vontade de rir me venceu finalmente, e eu não consegui conter a alta gargalhada que soltei segundos depois daquilo. Jennie me olhou pasma.

- Você é uma idiota, uma besta, uma sem coração - a mulher murmurava enquanto amassava os sacos bolhas com toda a sua força, eu continuei rindo - Você não tem ideia do quanto eu te odeio, Lalisa, eu vou pegar as suas coisas, e vou tacar fogo em todas elas, ai você vai correndo atrás daquela vendedora de merda.

- Sim, eu vou correndo atrás dela, Nini.

Me levantei antes mesmo do seu surto, a puxando pela a cintura e a abraçando o mais forte que ela me permita, recebendo beliscos e alguns tapas dela, mas quando percebeu que não resultaria em alguma coisa, Jennie parou de lutar, deixando os seus braços parados ao lado do seu corpo e não me abraçando de volta, eu me abaixei, enchendo todo o seu rosto e as suas bochechas de beijos e mordidas leves que não a machucaria, descendo pelo o seu pescoço, até que consegui arrancar uma risada dela, o que não era muito difícil. Voltei a encará-la, raspando o meu nariz no seu, beijando a sua testa no final, com toda a ternura que existia dentro de mim. 

- Não sei sobre os peitos daquela vendedora, porque eu sempre estou olhando para os seus, o tempo inteiro - respondi suavemente, e como uma aquarela entrando em contato com a água, Jennie começou a corar fortemente, até que desviasse os seus olhos dos meus, em vergonha - Eu te amo, Nini. 

Beijei seus lábios demoradamente, sorrindo e me afastando, voltando a me sentar no meio do quarto, separando alguns pregos e parafusos, mas sendo pega de surpresa quando Jennie se sentou em meu colo, envolvendo a minha cintura sobre as suas pernas e escondendo o rosto na curva do meu pescoço, eu a olhei, beijei sua bochecha novamente, a deixando ali sem problema enquanto voltava a minha concentração sobre a montagem dos móveis. 

A verdade era que tínhamos três bebês brincando de escaladores e sendo entusiastas de parkour, subindo e escalando os berços sem descanso algum, até que Jacob, em um dos seus cochilos a tarde, inventou de nos impressionar, mas resultando em um tombo e em um berreiro estridente por toda a casa, me levando a morte e depois me trazendo a vida em poucos segundos, se é que isso era possível de alguma forma. E como bons irmãos, logo Jake e Jade o copiavam fielmente, até que Jennie colocou um ponto final, e decidimos comprar uma cama para os três. 

Mas analisando... as camas haviam telhados de casinhas, o que não impediria ambos de tentarem se amostrar em suas manobras sem sentido algum. Mas pelo menos era alguma coisa. 

Jennie riu altamente assim que viu a fila indiana engatinhando pelo o corredor até aonde estávamos, um quarto de brinquedos perdia a graça para três bebês de onze meses em menos de seis minutos, e era verdade, lá estavam eles, se colocando dentro das caixas, gritando e chutando os plásticos bolhas e óbvio, colocando materiais inadequados na boca. Um dia, um dos três, ainda me faria ter um infarto. 

- Acho que está na hora de trocarmos os brinquedos deles, nada mais os prende, a não ser coisas que não pode - minha mulher falou, pegando Jake em seus braços quando que pela quarta vez, o menino tentou estourar as bolhas em sua boca, sem dente algum ainda.

All these years (Jenlisa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora