Sem Individualidade e Estilo Musical.

3 2 0
                                    

Depois de uma semana, a pele da perna do falso ruivo já estava curada, e agora o mesmo estava se olhando no espelho que havia no quarto do hospital.

— Eu tenho que retocar a raíz, malhar mais, comer coisas mais saudáveis que o almoço daqui para ficar no mesmo patamar que meus amigos!

— Kirishima!! — Ashido entrou no cômodo, trazendo uma bandeja de cupcakes de chocolate. Atrás dela, toda a classe, incluindo o professor líder, esperava para visitar de dois em dois. — Amigo meu não é para se autodepreciar, e você está sim no nosso nível!! — Afirmou animada, estendendo um cupcake para o melhor amigo. — Sato quem fez!

O garoto pegou um dos doces e saboreou, fazendo uma careta engraçada e logo soltando um resmungo em aprovação.

— Muito bom!

— Não fala de boca cheia, sem-vergonha! — A rosada bateu de leve na cabeça do outro.

— Me desculpa! Desculpa! — Eijirou riu logo depois pela ação da amiga, que era praticamente a mãe do grupo.

































— Kirishima voltou, então vamos dar continuidade aos testes, mas vamos esperar até a meia-noite, então, somente dessa vez, vamos começar em uma terça-feira. Até chegar a hora, peço que descansem. Quando der onze e meia da noite, eu passo nos quartos para acordá-los, e aí se arrumam rápido e esperam nessa sala, sim? — Aizawa instruiu, mostrando a máquina usada para se teletransportar e logo ouvindo um “sim” animado dos alunos.

































Mezo Shoji: Mundo Sem Individualidade.

Descrição: Minha individualidade e aparência me fazem triste, então vou criar um mundo nesta máquina sem individualidade para que não sejamos submetidos a julgamentos, e os 20% da pesquisa dos Sem Individualidade sejam 100% na 1-A por 1 dia!

































O teste já começou normal até mais, Katsuki gritando histericamente por não conseguir explodir nada, Rikido comendo doces e estranhando não estar sentindo nenhuma alteração em sua força, Uraraka, Mina e Tsuyu lamentando por não poderem usar o ataque especial “Chuva Ácida”, entre outras coisas. Shoji não poderia estar mais feliz, mesmo tendo que ficar com a máscara pela sua aparência, os braços múltiplos sumiram, e isso o fez ficar mais alegre.

Numa quebra de tempo, agora só podemos visualizar Katsuki e Kirishima no quarto do primeiro, eles se olhando e sorrindo, finalmente de bem um com o outro, mas os pensamentos do loiro estavam martelando sua cabeça como nunca, e ele precisava urgentemente perguntar algo para o namorado.

— Ei, por que você ainda está comigo? — Indagou em um tom baixo, estranho até para ele, mas o mesmo admitiria que estava inseguro com a resposta que ouviria, e isso afetou no volume de sua pergunta.

Mas o mais icônico foi o movimento de cabeça que Eijirou fez, a inclinando para o lado esquerdo, em completa confusão. Bakugou bufou, seu namorado era tão lerdo…

— Sabe, você não merece uma pessoa que te deixe mal, porém eu te quero tanto na minha vida que não consigo pensar em você longe de mim.

— Você não me faz mal, Kat. — Kirishima segurou o queixo do namorado, o forçando a olhar para si. Sorriu divertido e beijou a bochecha direita do loiro. — Só tem seu próprio jeito de resolver as coisas, e eu estou disposto a mudar isso, nem sei por onde começar, tem vários fatores: A faca, os seus motivos para tentar… — Seu desconforto em rever, em seus pensamentos, a cena da faca indo em direção ao peito de Katsuki, era palpável, tanto que ele pressionou os lábios um no outro ao relembrar. — Você sabe. Tem também o fato do Izuku, estou disposto a fazer você entender que ele também é humano e que ninguém é inferior ou superior a ninguém.

— Ainda é bem difícil conversar com ele normalmente…

— Vamos superar isso, sim? Tudo no seu tempo!

— É claro que eu consigo! Eu só preciso reconhecer ele como igual… Ah, é tão difícil!

— Vamos fazer um trato? — Kirishima praticamente berrou, demonstrando estar muito alegre com o pensamento repentino.

— Sim.

— Você ainda tem aqueles presentinhos que eu dei pra você?

































E olha quem perdeu e estava com seus braços e pernas algemados na cama, vendado com uma das gravatas do uniforme, com alguns adereços a mais pelo corpo desnudo.

Bakugou engasgou com um gemido ao sentir seu namorado mexer no prendedor vermelho, que aprisionava seu mamilo.

— Kat, nós combinamos que você iria até ele, 5 minutos falando de algo que vocês dois gostam: O All Might, e mesmo assim você não se aguentou… — Agora ele mexia no plug - que havia um rabo de raposa, o único que Katsuki tinha -, arrancando um arfar do amado.

— Kiri… Me desculpa, eu reagi mal ao que ele disse… — Somente o tom desanimado e chateado de Eijirou fez Bakugou se contrair, triste por ter feito o namorado enraivecer consigo.

— E o que foi que ele disse?

— Que, lá em Camino, eu precisei de ajuda… Eu nunca precisei! Ainda mais dele! — O ruivo não gostou nada da resposta, mas se conteve para não deixar uma marca profunda na banda esquerda de Katsuki, não queria que ele voltasse para o mundo real, no final da punição faria isso.

— Eu planejava um dia confortável, uma saída com o nosso grupinho, terminar os testes interagindo com todo mundo, mas você não se esforça…


































Kirishima investia forte nas estocadas, sua individualidade se ativava sem querer em suas mãos, mas ele aproveitava para arranhar as duas nádegas de Katsuki, enquanto o loiro arranhava suas costas.

Ao se deitarem, viram a tão conhecida luz branca e logo estavam sentados em duas cadeiras na sala de aula.

— Eu que não vou para a Recovery, vai ser humilhante demais! — Eijirou ria, enquanto Bakugou o acompanhava.

































Jirou Kyoka: Mundo do Estilo Musical.

Descrição: Que as músicas não sejam separadas por pop, rock... E que tudo seja uma única coisa cheia de diversidades, sem julgamento para as pessoas que gostam de uma coisa diferente.


































Bakugou não conseguiu andar, ficando sentado na grama daquele mundo e observando os outros.

Aqui nesse mundo, não aconteceu nada de importante, só os amigos do loiro fazendo piadas com o fato dele não conseguir se levantar, e Kirishima perfurando o mesmo com os olhos, como se avisasse que seria melhor refazer a amizade com Midoriya ou sofrer com essa dor no quadril.

(Não) Me Deixe.Onde histórias criam vida. Descubra agora