Felicidade.

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Rei não poderia estar mais feliz, com o celular em mãos, ela digitava em um bate-papo. O destinatário era seu filho mais novo, Shoto. O assunto atual, bem…



“Você não vai acreditar em quem me mandou uma carta!”

10:10

“Quem?”

10:10



A mulher albina, abrindo a câmera do aplicativo de mensagens, que tinha o tema personalizado azul, mirou a tela no envelope roxo e deu um clique na foto, a enviando. Logo depois, tirou outra, dessa vez, focada na assinatura simples de três letras. Mandou uma legenda abaixo da última figura:



“T, T e D! Shoto! É ele!”

10:11

“Pela cor roxa… Ok, ele está colaborando com o plano que nem ele sabe qual é.”

10:12

“Claro, né! Foi do meu útero que ele saiu, no mínimo, era para ser esperto!”

10:12



Shoto, sentado em sua cama da Heights Alliance, abriu um sorriso pequeno, se despedindo da conversa com sua progenitora, agora que precisaria fazer algo para comer.

Desceu as escadas com uma enorme fome, encontrando Yaoyorozu e Iida debatendo sobre algo enquanto faziam chá, e o mesmo preparou tudo para começar a produção de um saboroso soba.

Ele temperou a carne cortada em tiras, deixando penetrar o tempero por, aproximadamente, 1 hora. Após isso, refogou a carne com uma colher de óleo, adicionando 1 litro de água e 1 xícara de shoyu. Acrescentou sal, do jeito que ele gosta, e deixou cozinhar por 30 minutos, em fogo baixo, para que o sabor da carne encorpore no molho. Enquanto isso, ele aproveitou para cozinhar o macarrão normalmente e reservar. Fez ovos mexidos, fritando com manteiga.

Em um refratário individual fundo, o Todoroki mais novo colocou a quantidade de macarrão desejada, despejou o caldo até cobrir o macarrão, e deixou a carne por cima. Colocou o ovo mexido, salpicou uma cebolinha, pôs o gengibre picadinho e deixou esfriar.

Enquanto o soba esfriava, Shoto se pegou lembrando das memórias com sua irmã, Fuyumi.



“— Maninho, sei que você pagou uma matrícula para mim na U.A., porém não consigo mais ficar nos dormitórios da 1-C, sabe? Eu já acabei minha faculdade, e as primeiras aulas parecem como se eu estivesse reprovada, tendo que ouvir todas as explicações novamente, agora em um curso de heróis. — Ela explicava com calma, como se ensinasse algo a seus alunos do maternal.

— Hmmm…

— Além do mais, eu, apesar de ainda confiar no papai, aluguei uma casa pra mim, não precisa mais gastar com sua irmã mais velha!

— Caso precisar, você tem meu número. — O Todoroki mais novo disse, reparando só agora no coque que os cabelos bicolores - de outra forma - sustentavam.

— Tchau, maninho Shoto! Te mando o endereço depois! — Ela acena para o garoto, que se despede com um menear de cabeça, e sai pela porta principal do dormitório da classe A, indo pegar suas malas no prédio do departamento geral.”



Sorriu, ela estava se divertindo com seu novo trabalho, nova moradia e, talvez, novas amizades. Bem, até poderia ter superado o desaparecimento e a morte do irmão Natsuo.

Quase não percebeu a hora que a refeição havia esfriado, experimentou e constatou que era a temperatura perfeita, deixou tudo naquele refratário individual, já que era parecido com um pretinho, pegou hashis e se serviu na mesa, sentando-se corretamente na cadeira e começando a comer, sem emitir nenhum barulho irritante.



































































Eijirou, naquele final de semana, estava com uma enorme vontade de dançar com seu namorado, selecionou “Livin' La Vida Loca”, do cantor Ricky Martin, uma música recomendada por Sero.

Mandou uma mensagem para Katsuki, o chamando para seu quarto, e, quando o mesmo chegou, o falso ruivo iniciou a canção em seu celular, pegando na cintura de seu amado e o olhando nos olhos de cor carmesim, os corpos começando a se mover em sincronia.











“She's into superstitions

Black cats and voodoo dolls

I feel a premonition

That girl's gonna make me fall”











— Você é um idiota. — Bakugou cuspiu as palavras, sorrindo abobado pelos dentes pontudos que lhe entregavam um sorriso amoroso.

— E você ama esse idiota. — Kirishima, com um olhar apaixonado, retrucou o outro.











“She's into new sensations

New kicks in the candlelight

She's got a new addiction

For every day and night”











Eles se olhavam fixamente, compartilhando de um sentimento que apenas os dois compreendiam.

— Eu te amo.

— E eu sei disso.

— Katsuki!

O ruivo, rindo do ego facilmente inflado de seu namorado, bateu no ombro do loiro, que resmungou, logo rindo, envergonhado.











“She'll make you take your clothes off and go dancing in the rain

She'll make you live her crazy life, but she'll take away your pain”











— Deveríamos estar dançando na chuva… — Eijirou disse, pensativo, enquanto dançava com o corpo colado ao de Katsuki.

— Não quero ficar gripado.

— Ok, ok! Você venceu! — Riram mais uma vez, felizes por estarem juntos.











“Like a bullet to your brain

Come on!

Upside, inside out

She's livin' la vida loca

She'll push and pull you down

Livin' la vida loca

Her lips are devil red

And her skin's the color mocha

She will wear you out

Livin' la vida loca”











Kirishima, agora, estava rodopiando, enquanto Bakugou se encontrava ajoelhado no meio do quarto, no tapete redondo, vermelho e felpudo. O ruivo balançava seu quadril e suas madeixas enquanto sua boca se curvava para cima em um sorriso agradável de ser visto, e o loiro tinha o privilégio de vê-lo, juntamente com as orbes vermelhas olhando todo o quarto, e Bakugou, em meio à dança, com extremo carinho.











“Come on!

Livin' la vida loca

Come on!

She's livin' la vida loca”











— Wow! She's livin' la vida loca! — Kirishima cantava, com entusiasmo, enquanto Bakugou o girava em seus braços malhados.











“Woke up in New York City

In a funky cheap hotel

She took my heart, and she took my money

She must've slipped me a sleeping pill--”











O celular de Kirishima descarregou, fazendo o casal soltar muxoxos desanimados. Assim que o ruivo colocou o aparelho eletrônico para carregar, Katsuki sorriu de lado, satisfeito por extravasar todos os sentimentos ruins - causados pelas brigas no teste - nessa dança com seu amado.

(Não) Me Deixe.Onde histórias criam vida. Descubra agora