Cap 08

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O moço conseguiu passar em meio aos agitados foliões e saiu segurando as mãos do  desconhecido  jovem, das áreas beligerantes.

Entraram em um dos salões do palácio tradicional .

De repente os dois estavam em uma sala que o rapaz disse ser o local 

onde se reunia com os organizadores do carnaval. 

A máscara de Carlos estava 

suja  com pó  de talcos  misturada  com  cores diferentes  que haviam sido jogados vitima  dos “Mattaccino”, durante os enfrentamentos.

Instintivamente ela tirou a máscara para limpá-la, no momento em que o 

Lucas  acendia o lampião do local.

 O que ele  ouviu, a seguir, quase a fez ser fulminada por um infarto: 

_ Lucas  Gentille... é você?

A resposta foi o mais desesperador silêncio já ouvido por um ser humano.

Depois de algum tempo, Carlos, de posse de uma falsa autoridade, 

perguntou:

- Quem é você, de onde me conhece?

Lucas, o   viu e ouviu fê-lo sentindo  vontade de voltar a ponte e se jogar 

no canal.

Tirando sua máscara o rapaz falou:

- Sou Carlos Bataglia, ao seu dispor!

Os dois desmascarados ficaram um frente ao outro emudecidos pela 

situação. 

Lucas,, estava a imaginar o tsunami que se aproximava, quando 

Carlos  falou:

- Sei seu nome pelo mesmo motivo que toda a Veneza sabe: Você é um 

Gentile, e eu o via nas missas, sempre muito belo e indiferente aos que estavam ao seu redor. 

Eu, lá do outro lado da igreja, como já lhe disse, o vi, centenas de 

vezes.

Ele, preocupado com a sua segurança perguntou nervosamente:

- Você não vai me denunciar, vai?

Ao que ele respondeu: 

- Não, nobre  rapaz , jamais faria isso com a mais belo  jovem que meus 

olhos já viram. 

Estou aqui para protegê-lo, não para prejudicá-lo.

O rosto de Lucas, estava iluminado pela luz difusa do candeeiro, 

quando, por inexplicável impulso Carlos, falou.

A DESCOBERTAOnde histórias criam vida. Descubra agora