Ser uma mulher em 1815 não era uma tarefa fácil, basicamente você era ensinada desde muito nova que deveria se casar com um bom homem, ter filhos e ser uma dona de casa exemplar, comparecer em eventos ao lado de seu marido e se portar como uma verdadeira dama, eu definitivamente não queria isso pra mim, mas não tinha tanta escolha. Eu era a primogênita da família, precisava de um bom casamento, por isso estaria em exposição nessa temporada.
Passei as últimas semanas comprando vestidos e acessórios, que na minha opinião, seriam desnecessários, eu já brilhava sozinha, meu irmão fazia questão de me acompanhar em todos os lugares que eu iria, mesmo sendo três anos mais novo, Alex era minha pessoa favorita no mundo todo, sempre me apoiou em tudo, menos com a história do casamento, sendo sincera, nem papai gostou da ideia, ao contrário da maioria dos pais que eu conhecia, o meu só queria que seus filhos fossem felizes, assim como ele foi com minha mãe.
Estávamos em um passeio no parque, como sempre, Alex não ficava quieto um minuto se quer, ao longe avistamos os tão falados Bridgertons, do tempo em que chegamos a Greenwich, já tínhamos ouvido falar bastante dessa família, eles quase sempre estavam em alta num jornal que existia na cidade, a autora usava um pseudônimo, era um dos meus passa tempos preferidos, saber fofocas de pessoas que eu não fazia ideia de quem eram.
- Aqueles não são aquela família que saiu no jornal daqui?- Alex perguntou, ele não era nem um pouco discreto, as vezes tinha que o lembrar que não estávamos no Brasil, as pessoas não estavam acostumadas a serem apontadas na rua.
- Sim, por favor, não aponte pra ninguém, somos novos aqui, não queremos arrumar problemas- falei e ele me olhou como se eu acabasse de falar a maior loucura do mundo.
- Querida, nossa família é um dos maiores exportadores de café, não precisamos da aprovação de ninguém- obviamente ri da sua observação, mas não era exagero, éramos bem ricos.
Passamos pela famosa família, e devo dizer que eram lindos, as pessoas dessa cidade não mentiram nisso, e eram uma família grande, não tinha o costume de ter uma família grande, quando estávamos no Brasil, cada um cuidava da sua própria família e desde do dia que mamãe morreu, papai se tornou bem mais presente em nossa vida.
O dia da estreia da temporada havia chegado, apesar de não gostar do real objetivo dessas festas, mesmo participando ativamente dessa, amava os bailes, as roupas e danças, amava mais ainda dançar com Alex, sempre dávamos boa risadas. O baile seria na residência da rainha, papai já estava do lado de dentro, Alex seria anunciado junto de mim.
- Os filhos do Conde João Negrini, senhor Alex Negrini e S/N Negrini- fomos anunciado e entramos, como éramos carne nova no pedaço, todos os olhares foram em nossa direção, isso não me incomodava, gostava dos olhares de admiração que me lançavam, fazia bem ao meu ego.
- Vossa majestade- eu e meu irmão cumprimentamos a rainha e fomos em direção ao nosso pai.
- Vocês estão lindos- papai falou sorrindo pra nós.
- Sabemos- Alex respondeu- Não gosto do jeito que olham pra você, parece carne em exposição.
- Sou carne nova, daqui a pouco esquecem- aproveitamos o resto da noite, dançamos bastante e obviamente comentamos de todos que chamavam nossa atenção. Quando estávamos indo em direção a carruagem, papai recebeu um convite de um jantar na casa Bridgerton, não pensou duas vezes em aceita.
- Então, teremos nossa primeira interação com a família mais comentada da cidade- falei após chegarmos em casa.
- Será bom pra vocês, precisam ver gente que tenham a mesma idade que vocês- papai falou e logo se despediu indo se deitar.
- O que achou Lê?- esse era o momento mais esperando.
- O baile em si foi ótimo, só não gostei do jeito que olhavam pra você, principalmente o Bridgerton mais velho.
- Ele tem fama de libertino, deviam se torna amigos- comentei rindo.
- Você também não é tão santa assim, minha querida irmã.
- Nunca falei que era, agora me deixe ir dormi, temos um jantar pra ir amanhã. Boa noite- quando cheguei no quarto, me troquei por algo mais leve e me deitei, se eu estivesse sendo sincera comigo mesma ,assumiria que também olhei mais vezes que o necessário para o Bridgerton primogênito, nem acreditei que fui dormi pensando nele.
Metade do dia já havia se passado, estamos agora na casa dessa grande família. Eles eram bem barulhentos, não paravam um minuto de fazer perguntas, principalmente Benedict, suas perguntas eram relacionadas a paisagem.
- Temos muitas vegetação, árvores de todos os tipos, cores e formas- era incrível ver seus olhos brilhando apenas com sua imaginação- Eu tenho alguns livros com desenhos de paisagens de lá, se quiser posso mostra- ló?
- Sim, seria muito bom.
Alex estava em algum assunto sobre a culinária brasileira com Colin, não conhecia ninguém melhor pra julgar comida que ele e pelo visto tinha achado alguém tão crítico quanto ele. Durante o resto da noite troquei olhares com Anthony, na verdade ele quem começou. A amizade entre os Negrini e Bridgertons foi crescendo cada dia mais, e meus olhares com Anthony também, a tensão era tão grande que nem Alex aguentava mais.
- Você precisa falar com ele, você nem está participando ativamente dessa coisa de temporada, está bem óbvio que se gostam e todo mundo já percebeu.
- Eu não vou falar, ele gosta da vida que tem Alex, não vai ser eu que vou tirar isso dele- já estava irritada com esse assunto, toda vez que ele me via sozinha, vinha me encher com isso.
Estava sentanda no jardim quando vi papai se sentando ao meu lado.
- Sei que você está irritada, mas vou falar só uma vez, você encontrou o amor de forma natural, sabe como isso é difícil? Você precisa dar uma chance, se der errado, eu e seu irmão estaremos aqui- falou e se levantou- Ele está na sala te esperando.
Fui rapidamente pra dentro de casa, ainda com o que papai me falou martelando minha cabeça, precisava dar uma chance ao amor, e tudo que aconteceu com Anthony, foi de maneira natural, a conexão que tínhamos, não dava pra ignorar isso. Quando cheguei o vi andando de um lado pro outro.
- Estava me procurando visconde?- ele se assustou com minha voz, mas relaxou assim que me viu.
- Queria falar com você e por favor, não me chame de visconde.
- Como quer que eu o chame?-falei me aproximando.
- Anthony, ou esposo- o olhei assustada- Não consigo fingir mais, desde do primeiro dia em que a vi, meu coração a escolheu, você me viu e não me julgou pelo meu passado, quero você pro resto da minha vida, quero pode aproveitar esses bailes que você tanto ama, conhecer seu país ao seu lado, ter nossa família- eu ainda estava estática no lugar, mas com um lindo sorriso.
- Você não faz idéia do quanto o amo Anthony, não me importo com a opinião de ninguém, mas a sua começou a ser bem relevante na minha vida e isso já é uma prova do quão apaixonada estou por você, eu não me importo com o seu passando querido- falei passando a mão no seu rosto- desde que fique lá.
E finalmente o beijei, já tinha imaginado esse beijo milhares de vezes e nenhuma foi tão perfeita como essa.
- Teremos que adiantar o casamento querida- falou me olhando, ainda estávamos com a respiração irregular.
- Aposto que esse era seu plano desde do início- ele riu e concordou.
- Quero você só pra mim, você é minha- me beijou de novo e aproveitamos o resto da tarde.
No outro dia já éramos notícia na cidade, teríamos um grande casamento.
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Não revisado.
Nem eu entendi. Esse não segue a ordem dos livros. Eu comecei muito animada, mas aí me deu sono, mas não iria consegui dormi sem finalizar, por isso tá meio sem sentido.Espero que gostem.
:)
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imagines variados
Fantasy"A fantasia ganha vida na imaginação daqueles que ousam acreditar sobre todos os limites da consciência" L.L. Santos