TRINDADE ( pantanal)

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Todos que estavam presentes ali naquela mesa, podiam sentir a tensão que Trindade e S/N exalavam, era nítido que os dois se gostavam, mas a garota era cabeça dura e muito teimosa, temperamento que erdou do pai, Zé Leôncio.

- Nós poderíamos fazer uma fogueira hoje, o que vocês acham?- Levi perguntou, o rapaz estava doido para ver o casal, que ainda não era um casal, juntos, era agonizante ver todas as trocas de olhares e não fazer nada.

- Acho uma ótima ideia, adoro fogueiras.- S/N falou animada.

- Lembro quando você era pequena, era uma das coisas que você mais gostava de fazer.- lembrou Zé Leôncio, o homem era muito apegado com a filha, tinha um amor enorme pela menina.

- Então vamos fazer!

Todos se dispersaram da mesa, indo fazer suas tarefas do dia. S/N seguiu para o lado de fora, tudo que tinha que fazer, já tinha feito, então poderia aproveitar o resto do dia só apreciando a brisa que as árvores traziam até ela.

- Posso me sentar?- Trindade perguntou, a menina apenas assentiu e tentou ignorar a presença do homem.

Não era uma coisa nova os sentimentos que ela nutria pelo violeiro, assim que colocou os pés na fazenda, a garota se viu gostando do homem, mas era orgulhosa demais para contar, fora que ele vivia cantando as mulheres que moravam ali, isso a deixava confusa e com raiva, ele sempre dizia que gostava da garota, mas nunca demonstrava isso se maneira certa, então tentando se proteger de um possível coração partido, a garota o tratava de uma maneira seca, todos que a conheciam, diziam que ela era doce e muito gentil, mas não foi exatamente esse lado que ela mostrou a Trindade.

- Não sabia que gostava de fogueira.- Trindade começou, apenas tentando puxar algum assunto com ela. O rapaz estava cansado de tentar e não conseguir nada.

- Eu gosto.- ela até pensou em o tratar mal, mas estava cansada disso, tudo que ela mais queria era algo tranquilo e recíproco, se não fosse possível com ele, seguiria em frente.

- Eu também gosto.- sorriu e olhou em direção a garota.

- Eu percebi.

Trindade respirou fundo e tomou coragem, era agora, perguntaria o motivo dela ser tão distante e dura com ele.

- Eu fiz algo a você?- a garota o olhou confusa e Trindade desviou o olhar.- Todo mundo fala o quanto você é gentil e doce, e eu vejo isso, mas você não é assim comigo, sempre que eu chego no mesmo lugar que você, você sai, e como se minha presença te incomodasse.- ele se virou para garota, que tinha a cabeça baixa.- Se eu fiz algo pra você, me fala, eu peço desculpas.

O desconforto era bem aparente ali, a garota já tinha se acostumado a se passar por difícil para ele, mas ela não era assim, não foi criada assim.

- Eu não sei, só não gosto de me sentir vulnerável.

- Eu deixo você assim?

- Sim, no começo era legal, mas você era muito engraçadinho, sempre fazendo piadas bobas e se achando, você já chegou cantando todo mundo!- ela se exaltou, mas manteve o tom de voz baixo.

- Então isso tudo é porque eu falo com outras pessoas?

- Não!- ela foi rápida em dizer.- Eu só não sei explicar, mas me sinto mal por tratar você assim.

- Isso é um pedido de desculpas?- perguntou e foi chegando cada vez mais perto.

- Não. - quando a garota se deu conta da proximidade que estava com Trindade, só foi capaz de o olhar e o beijar, simples assim. Meses de negação e tratamento frio os levaram até esse momento.

Os dois estavam tão envolvidos naquela névoa de paixão, que não ouviram passos se aproximando.

- Tire suas mãos da minha filha! - o grito de Zé Leôncio foi ouvido, fazendo Trindade pular para longe da garota. - Eu lhe dei abrigo e é assim que você retribui ? Se aproveitando da minha filha? Eu vou matar você!

Trindade até tentou se explicar, mas ouviu um sonoro " corre" vindo de S/N, por isso começou a correr desesperado, mas ainda sim com um sorriso no rosto

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Não revisado.

Pedido:burguesa_safada09, espero que você goste 🥰

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