Victor tinha me enchido o saco pra irmos a praia, se pudesse, o cara iria todo santo dia.
- Tu vai gosta cara, vai tá cheio de mulher gata lá- ele falou tentando me animar.
- Tô em clima pra isso não, mulher só me traz problema.
Nós seguimos a viagem falando sobre assuntos aleatórios, quando chegamos na praia, procuramos um local vazio e sentamos.
- Nem tem tanta gente- falei quando reparei melhor, só tinha um grupo que não estava tão longe.
- Melhor ainda, sem gente enchendo o saco.
O grupo que estava perto da gente, estavam muito animados, só tinha uma mulher no meio de uns quatro caras, ela estava com um bebê no colo, de onde estava, dava pra ver que o bebê era muito lindo.
- Lindona ela né?- Victor falou depois que reparou que eu estava olhando.
- Ela é, olha o bebê no colo dela, que gracinha- falei e sorri igual um besta, criança me ganhava fácil demais.
-Todo babão cara.
Resolvi ir em um quiosque pra pegar uma água de coco, quando estava chegando lá, vi a mesma mulher que estava com o bebê no colo.
- Uma água, por favor- ela pediu e se sentou com o bebê no colo, que não parava de me olhar.
Pedi minha água de coco e fiquei esperando, era estranho, mas aquele bebê tinha chamado muito minha atenção.
- Tá olhando pra onde em?- ela falou e levantou a cabeça procurando- Fala oi pro moço amor- ela levantou o bebê no colo que sorriu pra mim, eu me aproximei dela e me sentei ao seu lado.
- Ei garotão, você é bonitão em cara- falei e ela sorriu, que sorriso lindo.
- Eu sei, puxei a mamãe- ela fez uma voz engracada e eu ri- Quer pegar ele?
Me assustei com a pergunta dela, ela pareceu percebe.
- Relaxa cara, eu não vou sair daqui- eu concordei com a cabeça e peguei ele, foi uma sensação gostosa ter ele nos meus braços, ele passou as mãozinhas nas tranças do meu cabelo e depois deitou no meu ombro.
- Qual o nome dele?
- Matheo, mas pode chamar ele de Theo.
- Nome bonito, vocês são daqui?
- Só eu, os meninos são de minas- ela falou e pegou a água que o atendente tinha trago.
- Quantos meses ele tem?
- Oito, ele não costuma ir no colo de estranho, muito menos dormi- falou depois de ver se ele estava acordado.
- Me sinto lisonjeado, ele é uma gracinha cara- falei e fiz carinho nas costas dele.
- Ele é, apesar de ser novinho, é muito carinhoso.
Ela foi tentar pegar ele do meus braços, mas ele começou a chorar.
- Filho, o moço tem que ir, vem aqui vem- ela falou com ele que virou o rosto no meu pescoço.
- A gente tá sentado perto, eu levo ele- ela concordou e eu peguei minha água de coco.
Quando estávamos chegando lá, vi que o Victor estava falando com alguma mulher.
- Deus, ele não perdeu tempo- ela olhou pra onde eu estava olhando e riu.
- Pode sentar com a gente, acho que Theo não vai querer sair do seu colo- ela me levou onde estava sentada e me apresentou ao seus amigos, eles eram legais, fizeram muitas piadinhas pelo filho dela estar no meu colo.
Victor já tinha se sentado com a gente Theo não tinha saído do meu colo nem pra comer. Quando todos decidiram ir embora, eu levei ela até o carro com o bebê ainda no meu colo, coloquei ele na cadeirinha e fechei a porta.
- Obrigado por ficar com ele no colo o dia todo, ele é bem pesadinho- falou se escorando no carro.
- Que isso, foi ótimo ficar com ele, seu filho é incrível.
- Obrigado- ela agradeceu e ficou me encarando, tomei coragem e pedir o número dela, usando a desculpa de que queria manter contato por conta do bebê.
Ali eu soube, tinha achado minha família.
Alguns anos depois...
- Matheo, vai tirar sua mochila da cozinha, agora- ouvi minha mulher gritando.
- A senhora ficou extremamente chata depois que engravidou mãe, relaxa um pouco- ri da coragem dele de enfrentar ela.
- Eu espero que você esteja no seu quarto Matheo- ouvi ela falando e vindo para o quarto.
- Mas mãe, ainda tá muito cedo- ele apareceu na porta do quarto e encarou ela, que fingiu que ele nem estava ali- Pai, faz alguma coisa.
- Você mereceu, vai pro seu quarto e termina suas tarefas, depois tá liberado- ele saiu e ela se deitou ao meu lado.
Ela estava extremamente linda com aquela barriga. Depois de pegar o número dela, fiquei bem próximo dela e do bebê, a primeira palavra dele foi papa, acho que nunca tinha sentido tanta felicidade, nós estamos juntos a sete anos, não trocaria isso por nada, ela me deu uma família e amor real, adorava ela por isso.
- Durmam bem- desejei depois que vi que ela estava cochilando.
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Não revisado.
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Fantasía"A fantasia ganha vida na imaginação daqueles que ousam acreditar sobre todos os limites da consciência" L.L. Santos