Estava tendo uma operação no morro, mais uma vez a polícia estava tentando invadir e outra vez não iriam conseguir. Apesar de estar nessa vida a muito tempo, odiava perde amigos e ver moradores chorando por perda de algum familiar.
Nossa tropa só estava esperando o comando pra atacar, mas diferente do que costumava acontecer, Sabiá não tinha dado nenhum comando ainda.
- Será que aconteceu alguma coisa?- Xamã perguntou.
- Tem coisa errada aí cara.
Nesse momento, o rádio que estava na minha cintura tocou.
- "fala chefe.
- Não é pra atacar ouviu?- Sabiá falou, só pelo tom da voz dele eu percebi que era melhor eu não desobedecer.
- Mas se eles atacarem?
- O problema deles não é com a gente, nem é polícia brasileira que invadiu.
- Como assim? Foi gringo que invadiu?
- Sim Ret, avisa o resto, eles não vão atacar ninguém.
- Tudo bem."
- Ouviram né, nada de atacar.
- Que porra está acontecendo?- Borges perguntou.
- Não faço a mínima ideia, mas vamos esperar.
Já estávamos sentados naquele beco a quase uma hora quando ouvimos movimentação, quando vimos que eram da polícia já ficamos atentos.
- Lembra da ordem, não é pra atacar.
- E se eles atacarem?- Cabelinho perguntou me olhando.
- Aí é outra história.
Os policias acabaram passando direto, mas quatro, que estavam com uma roupa diferente vieram em nossa direção.
- Eu devo está doidão cara, aquilo ali é um colete do FBI?- Xamã perguntou e só aí eu fui reparar, os quatro realmente estavam com um colete do FBI.
- Cacete, que merda esse povo está fazendo aqui?
Eles estavam todos de preto e usavam bala-clava, mas a única coisa que deu pra diferenciar ali, era que tinha uma mulher no meio de três homens.
- Qual de vocês é o Ret?- a pessoa que eu julgava ser a mulher perguntou.
- Eu.
- Eu preciso que você nos leve no beco treze, a gente não vai atacar vocês- ela falou e eu olhei os meninos.
- Como eu posso confiar em vocês?- eu não podia ceder assim, mesmo não sendo do Brasil, ainda eram policiais.
- Eu já falei com o dono do morro, meu problema não é com vocês.
- Tu é brasileira, ou só fala português?- Borges perguntou.
- Sério cara?
- Ué porra, a mina fala bem, fiquei curioso porra- ele falou.
- Olha- ela retirou a bala-clava e olhou na direção de Borges- Eu sou brasileira, só preciso que nos levem lá.
Nunca na minha vida eu tinha me encantado por alguém tão rápido, porra, a mina era linda demais, e tinha um olhar sério, dava pra ver que ela estava sendo sincera.
- Nem eu, nem eles vamos atacar ninguém aqui, só queremos pegar uma pessoa, recebemos uma denúncia de que um suspeito que procuramos a um tempo está nesse morro.
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Fantasía"A fantasia ganha vida na imaginação daqueles que ousam acreditar sobre todos os limites da consciência" L.L. Santos