Patrick e eu nos conhecemos logo após seu divórcio, eu o ajudava a cuidar da sua filha, que tinha apenas dois anos quando tudo aconteceu. Eu rapidamente me apaguei a pequena Hanna, ela era simplismente adorável, não conseguia entender como a mãe dela era tão fria.
De um um dia para o outro, eu me vi perdidamente apaixonada por Patrick, era quase impossível ficar perto dele e não se sentir atraída pela maneira que ele agia, o cara era magnífico, sempre cuidando de tudo e todos, eu ainda me perguntava como sua ex esposa conseguiu o perder, o cara é um achado e tanto.
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Após dez anos de um casamento feliz e bem movimentado, tivemos mais três filhos, Mary, de sete anos, que adorava ler e qualquer coisa que envolvesse passar um tempo com o pai, tivemos também Otavia, que era incrivelmente parecida comigo, até mesmo nas manias bobas, como o mal humor nas manhãs, o sono após o almoço e a birra quando brigavam com ela. Théo era o nosso caçula, o menino de dois anos ainda não falava direito, mas já mostrava sinas de que seria igual ao pai, teimoso e bem difícil de lidar em alguns dias e por último, mas não menos importante, tínhamos Hanna, que não era minha de sangue, mas que me conquistou no primeiro sorriso.
Minha relação com com Hanna era diferente, não que eu a tratasse de maneira diferente, eu jamais faria isso com nossa bolinho. Hanna sempre me chamou de mãe, mesmo ainda tendo contato com a sua mãe biológica, mas a menina não ligava. O grande problema era sua mãe, desde o momento em que eu e Patrick nos assumimos, a mulher começou a tentar por Hanna contra mim, o que se mostrou ineficaz, a menina nunca me falou diretamente sobre isso, se sentia mal pelas coisas que ouvia, mas falava com o pai, que acabava me contando.
Com o divórcio de Patrick, ficou decidido que a menina moraria com pai e iria aos finais de semana para casa da mãe, por conta da rotina agitada que a mulher levava. Então essa era nossa rotina, durante a semana ela iria a escola com os irmãos, menos Théo, e passava a tarde em casa, menos as terças e quintas, pois eram os dias de treino de futebol, minha menina era a melhor do time.
Hoje era dia de ir ver sua mãe, por isso me levantei mais cedo para agilizar todas as coisas que tinha que fazer. Nesses dias Hanna acordava mal humorada, mas tentava não demonstra, a menina tinha medo de acabar magoando sua mãe e por isso tentava se manter alegre.
- Bom dia, mamãe!- entrou já arrumada na cozinha, porém com um semblante triste.
- Bom dia!- dei um beijo em sua testa e ela se sentou em seu lugar, entre seu pai e sua irmã Mary. - Você dormiu bem, anjo?
- Sim, eu sonhei que tinha ganhando o campeonato da escola.- contou animada, já se servindo de cereal.
- Você vai ganhar, é a melhor do time! - Patrick falou sorrindo gentil para ela.
O café da manhã seguiu com todos conversando sobre o campeonato que ela disputaria na próxima semana.
Após todos terem se alimentado, as duas mais novas se despediram e foram pra casa de uma amiga, Hanna se sentou no sofá com Théo, que brincava com sua girafinha. Ouvimos batidas na porta e Pat foi abrir, senti Hanna se agarrar a mim e a olhei sorrindo.
- Você já sabe, né? Qualquer coisa me liga, qualquer horário, eu e seu pai vamos te buscar na hora.- falei o mesmo discurso de dez anos.
- Eu sei.- a levei até a porta, onde sua mãe já a esperava, com a mesma arrogância de sempre.- Tchau mamãe, te amo.
- Eu também te amo.- respondi e vi sua mãe revirando os olhos.
Hanna se despediu do pai e do irmão, e foi até o carro, onde se sentou atrás. Michele me olhava com a mesma cara de sempre, nojo.
- Eu trago ela as nove da manhã. - falou e saiu andando.
Esperei o carro da partida e entrei em casa, sempre que ela ia, eu me sentia estranha, me sentia mal por querer que ela não fosse, mas entendia que era um direito de Michele.
- Não fica assim amor, ela volta amanhã.- Patrick me lembrou e logo após me deu um de seus beijos maravilha.
- Eu sei, só não estou com um bom pressentimento, mas tudo bem.
O dia seguiu normalmente, mas eu ainda sentia uma coisa estranha, mas resolvi ignorar, Hanna me ligaria se algo acontecer.
As duas mais novas chegaram um pouco antes do jantar, dei banho em Théo e ajudei as meninas à se vestirem.
Assim que estava terminado o jantar, meu celular vibrou, quando olhei a tela, senti um arrepior por todo meu corpo, era Hanna.
- Oi querida!- falei tentando transparecer tranquilidade, não era raro ela ligar enquanto estava com a mãe, mas eu senti que tinha algo mais.- Aconteceualguma coisa?
A única coisa que era ouvida eram as fundadas e soluços, só aí eu já entrei em desespero, meu bolinho precisavade ajuda.
- Será que o papai poderia me buscar? Não quero mais ficar aqui.- Hanna respirou fundo e continuou. - Ela disse que você não gosta de mim, que só me atura, que na verdade você não vê a hora de eu ir embora.
Eu já me encontrava chorando, Patrick chegou na cozinha e se assustou, pegou o celular da minha mão e falou com Hanna.
- Eu vou ir lá, ok?- apenas assenti e ele saiu apressado.
Terminei o jantar no modo automático, não conseguia entender o porquê da Michele fazer tudo isso, se afastasse apenas a mim, não teria problema, mas atingia minha filha.
Patrick chegou um tempo depois, não queria falar com Hanna na frente de todos, por isso todos jantamos em silêncio, em momento nenhum Hanna me olhava e isso estava me machucando muito.
- Subam para o quarto e escovem os dentes, hoje vamos acampar na sala!- falei e as crianças sorriram animadas.
Patrick entendeu que eu queria ficar sozinha com Hanna e subiu com os mais novos.
- Me desculpa.- Hanna ainda não me olhava, mas estava chorando. - Ela ficou lá falando coisas ruins sobre você e eu não fiz nada.
Me levanteie fui até ela, me ajoelhando ao seu lado.
- Não precisa, meu amor, só quero que saiba uma coisa.- ela me olhou com o rosto manchando de lágrimas e eu tive que segurar minha vontade de quebrar Michele na porrada. - Você não ter nascido de mim, não te faz menos filha, você é tão importante como seus irmãos, meu amor por você não vai sumir assim, e eu não quero que você vá embora.
- Jura?
- De dedinho.- ela sorriu e me abraçou, ela me lembrava Patrick em tudo, principalmente no abraço.
- Vai lá escovaros dentes, depois desse com seu coberto.
Ela assentiu e saiu, pouco tempo depois meu marido apareceu com um enorme sorriso no rosto.
- Deus sabe o quanto eu te amo. - ele disse e me abraçou. - Não sei o que faria sem você.
- Nem eu.
Ficamos mais um tempo ali e depois fomos arrumar as coisas na sala e passamos a noite ali, com Hanna enrolada em mim.
Estando ali, com minha família, eu sentia que tinha encontrado meu lar.
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Não revisado
Eu vou terminar alguns pedidos que tenho aqui, mas isso não significa que estão aberto.
Espero que gostem.
Pedido:dani_souza_nunes, desculpa a demora, mas espero que você goste linda 🥰
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imagines variados
Fantasy"A fantasia ganha vida na imaginação daqueles que ousam acreditar sobre todos os limites da consciência" L.L. Santos