𝗠𝗔𝗥𝗜𝗔 𝗟𝗨𝗜𝗭𝗔
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ Estava terminando de fazer o delineador gatinho no olho quando o motorista do Uber avisou que já havia chegado na portaria. Fiz no olho que faltava e passei o perfume correndo em direção ao elevador logo depois. Em instantes, eu já estava dentro do carro a caminho da boate que deve estar explodindo de gente essa hora. Após descer do uber, mandei mensagem avisando para Letícia que eu estava na porta da boate e ela respondeu dizendo que estava do lado de dentro dela, no balcão do bar.
Fiquei na fila para entrar e aproveitei para ver o cartaz que anunciava quem iria vir fazer show hoje. Uma dupla sertaneja não muito conhecida e uns artistas de rap nacional, dentre eles, só consegui identificar Xamã e Djonga.— O camarote é virando a direita. — Me informou o rapaz após colocar a pulseirinha no meu pulso.
Agradeci com um gesto e subi para o camarote, que estava tão cheio quando a pista. Fui caminhando até o balcão do bar, olhando para todos os lugares na tentativa de encontrar Letícia, aproveitando os centímetros de vantagem que o salto me concedeu.
Depois de várias tentativas fracassadas de procura, me dei ao luxo de sentar em um dos bancos do bar e decidi pedir uma bebida.— Uma caipivodka de morango, por favor. — pedi ao barman, que me entregou minutos depois.
Abri a carteira em busca do cartão de crédito para pagar pela bebida mas ele me interrompeu.
— É open bar para mulheres essa noite, senhorita. — Sorriu e foi atender outra pessoa.
Com um simples sorriso eu pude me lembrar da pessoa que eu menos queria, ainda mais em uma situação como essa e mesmo depois de achar que já tivesse superado depois de chorar até desidratar no dia do término. Tomei a bebida em um instante para tentar desviar minha atenção para algo diferente. Obsevervei uma mulher ao meu lado pedir um shot de tequila, imediatamente pedi também e logo virei o líquido na boca sentindo minha garganta queimar. Essa era a primeira de muitas outras doses.
• • •
Agora, sentada em uma mesa onde tinha visão do palco e do artista que acabara de se apresentar. Eu estava na pior novamente. Chorando feito uma louca e sozinha como uma pessoa sem importância. Mas era isso que eu era e a realidade doía mais que tudo.
Em meio ao choro,pude escutar a multidão gritar para receber Xamã no palco. Sou apreciadora do trabalho dele mas no momento eu nem estava ligando, só queria encontrar minha amiga para ir embora. Meu celular estava sem bateria para chamar um uber e não ia sair sozinha pela rua ás 3 horas da manhã, então minha única opção era permanecer no fundo do poço onde eu me encontrava.— Tá tudo bem contigo, garota? — Uma voz masculina perguntou.
— Você não vê o bastante para perceber que não? — Respondi irritada enquanto erguia a cabeça.
— Caraca, irmão — Falou me olhando. — Que pergunta idiota que eu fiz, foi merecido.
Soltei uma leve risada e enxuguei as lágrimas para enxergar além que apenas um borrão. O homem que estava na minha frente não era estranho para mim. Suas características, seu rosto, o conhecia de algum lugar. Forcei a vista enquanto encarava ele tentando me lembrar quem é.
— Qual foi? — Fez uma careta.
E foi aí que eu o reconheci. Ele era o L7! o Lennon estava na minha frente. Mas como isso era possível? Só podia estar muito bêbada a ponto de ver coisas.
Sacudi levemente a cabeça e encarei ele de novo.— Eu tô tão bêbada assim, ou você é mesmo o L7? — Ele riu ajeitando o boné na cabeça. — Sabia que meus olhos estavam me enganando...
— Sou eu mermo, pô. — Sorriu de lado e eu perdi o ar. — Só não conta pra ninguém. É segredo.
— Ah meu Deus! — Arregalei os olhos, colocando as mãos em cima do rosto dele. — É você mesmo! Como é possível?
— Vem, você precisa beber bastante água se não quiser acordar com uma ressaca braba amanhã. — me puxou pela mão, guiando-me até o bar.
Ele pediu duas garrafinhas de água e eu neguei dizendo que queria outra bebida. Ignorada, me obriguei a beber pelo menos uma garrafa de água depois de muita insistência. Quando terminei uma, observei ele abrir a outra me entregar, enquanto cantarolava "Cida" que Xamã estava cantando no palco.
Enchi meu olhos de lágrimas outra vez e senti um nó ser formar na minha garganta. Após isso, perguntei onde ficava o banheiro para o barman que apontou onde era. E soube que ele não estava mentindo só por causa da fila enorme que havia do lado de fora. Cambaleando até a fila, me sentei no chão enquanto esperava minha vez.

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drugs, ⠀ l7nnon
Hayran Kurgu+𝗹𝟳𝗻𝗻𝗼𝗻 | 𝗼𝗻𝗱𝗲 Maria Luiza Lima vai para uma boate e acaba ficando bêbada até seu anjo da guarda L7, aparecer para ajudá-la. ❝Eu tô tão bêbada assim, ou você mesmo o L7?❞ • plot by @eroticwyatt🥂 𝓭rugs ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 𓄹 .⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀...