Eu tinha pensado em fazer um segundo livro, mas eu pensei bem e decidi não prosseguir nessa história. Mas eu não podia deixar vocês somente com o "Voltarei", por isso lá vai o final de tudo...
Espero que gostem!
Obrigada por lerem meu livro!
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EpílogoA esperança. Dizem que é a última que morre. Eu acreditei nisso durante cinco longos anos, e eu confesso que é muito difícil de mantê-la, e por mais que digam que nunca devemos desistir, chega uma hora que tudo se acaba, e a chama da esperança que estava acesa no coração se apaga, e tudo que resta é o nada.
***
Triiiiiiiiimm
Era o despertador. E isso significava que eram 07:00, dava uma preguiça de levantar naquela manhã nublada de primavera, mas eu estava feliz porque hoje era o meu último dia de faculdade.
- Mel, me passa a torrada por favor? - disse Liza.
Liza. A minha melhor amiga de todos os tempos, pra ser mais específica desde o jardim de infância, desde a adolescência e agora a fase adulta. Passamos por tanta coisa juntas, o bullying na infância, as críticas, as desilusões amorosas na adolescência e a fase adulta, bem, eu não sei o que está por vir, mas tenho certeza que terão coisas boas para alegrar meus dias e coisas ruins para me tornar alguém forte o suficiente para enfrentar desafios que a vida nos impõe. A propósito, morávamos sozinhas num apartamento desde que entramos na faculdade.
Aquela manhã nublada em Los Angeles estava agitada, e eram apenas 7:45 da manhã, havia engarrafamentos, nas calçadas não se via nada além de pessoas, o comércio estava a todo vapor, com pessoas entrando e saindo todo o tempo, essa era a minha querida Los Angeles.
- Oi Mel! Oi Liz! - era o Bryan, um amigo da faculdade. Ele era alto, tinha um corpo sarado, loiro dos olhos azuis.
- Oi Bryan! - dissemos juntas - Que dia é hoje mesmo? - disse
- O último dia de faculdade! Uhul! - dissemos juntos enquanto fazíamos dancinhas "exóticas".
- Isso merece uma comemoração! - disse Bryan
- Quem topa ir num barzinho? - disse Liz
As aulas passaram bem rápido, na verdade acabaram mais cedo, porque era o último dia para a turma do curso que eu fazia.
Decidimos passar no shopping e comer algo no Subway.
- Mel, você reparou que aquele tal... Como é o nome dele mesmo? - disse Liz
- O Gabriel? - disse Bryan sugando o refrigerante com seu canudo de listras vermelho
- É, isso mesmo! Ele não para de te encarar. Acho que alguém tem um novo admirador! - disse enquanto fazia corações com a mão
- Pode até ser, mas eu não estou interessada. Depois do Patrick, eu decidi que não quero namorar por um bom tempo!
Patrick foi meu segundo namorado. Na época eu tinha dezenove anos, mas terminamos porque fomos numa balada e um cara me cantou e ele pensou que eu estava correspondendo, e quase me bateu. Foi um grande susto. Depois disso decidi ser solteira.
- Você quem sabe! Que horas vamos nos encontrar no barzinho? - disse Liz limpando a boca com o papel guardanapo
- Oito e meia, pode ser? - Bryan falou enquanto dava uma dentada no seu sanduíche cheio de mostarda
- Pode. Vamos Melody? Quero beber muito hoje!
- Haha! Vamos, tchau Bryan!
Dei partida no meu carro - era um CRV branco - e seguimos para casa.
Deitei-me no sofá. Eram quatro e meia por isso fui arrumar a cozinha que estava suja com as louças do jantar e do café da manhã.
Liz falava com Felipe no telefone, o príncipe da Dinamarca, eles namoravam há cinco anos. Ela o visitava no meio do ano, e ele vinha no final, eles se amavam muito.
Aproveitar o tempo que restava para deitar um pouco e acabei dormindo. Acordei com Liz me chamando pois já eram seis e meia.
Tomei um banho vaporoso, mas não caprichei muito no visual, e acabei colocando uma calça preta, uma blusa vermelho e um sapato preto também.
Quando chegamos o bar estava lotado, havia muita gente dançando, bebendo, conversando... Eu não era de beber, mas em ocasiões especiais eu tirava uma excessão.
- Vou pegar uma bebida, vocês querem? - disse Bryan
- Sim! Vamos sentar ali, okay? - disse para ele
Ele se foi. Ficamos eu e Liz. Mas naquele dia, ou melhor, naquela noite eu não queria ficar parada, por isso fui dançar. Bebemos muito, dançamos muito, rimos muito, foi ótimo, a única coisa que eu lembro é de tudo estar girando, eu vomitar em alguém, um táxi e tudo se apagou.
- Liza, você sabe se eu bati a cabeça em algum lugar? - disse enquanto me sentava na cama, acabando de acordar.
Minha cabeça doía muito, muito, muito mesmo, parecia que eu tinha levado uma pancada.
Sentei-me a mesa junto com Liz, nós duas estávamos acabadas, e a ressaca estava insuportável.
- Felipe vai chegar hoje à noite! - disse Lis colocando a mão na cabeça
- Qu... - eu ia perguntar mas saí correndo para o banheiro, eu precisava vomitar.
Voltei para a cozinha.
- Desculpe. Que horas ele chega mesmo? - perguntei enquanto dei um gole no meu café com leite
- Às oito. Ah, Mel, nós temos que ir comprar os vestidos hoje!
- Eu tinha me esquecido que é amanha. Depois do almoço nós vamos pode ser?
- Claro.
Passei a manhã inteira deitada. Isso que dá exagerar na bebida.
Eu e Liz fomos para o shopping comprar os vestidos, pois amanhã era a entrega do diploma. Passamos por várias lojas, mas nenhum deles me interessava, ou eram simples de mais, ou muito chamativos, ou muito curto, ou muito longo, ou muito sei lá o que... Esse podia ser aquele momento igual em filmes, eu começava a experimentar várias roupas e tocava uma música bem adolescente, e começava a dançar. Mas não foi exatamente assim.
Eu estava quase desistindo.
- Liz eu acho que vou ir com aquele vinho mesmo! Eu não encontrei nenhum!
- Nós vamos achar!
- Pra você é fácil falar, - parei na frente dela - você escolheu o seu rapidinho. - Liza ficou parada olhando para algo atrás de mim
- Melody achei o vestido perfeito!
Olhei para trás. Era o vestido perfeito. Não era muito chamativo nem muito simples, não era muito curto nem muito longo.
Era perfeito.
Passamos o resto da tarde no shopping, comprando um sapato e confirmando o horário no salão. Passamos em casa para nos trocar e ir buscar o Felipe.
Enquanto esperávamos ele aparecer na porta de desembarque, Liza estava - quase- roendo as unhas, estava toda nervosa, anciosa, até que ouvimos na televisão algo do tipo: "...príncipe chega a Los Angeles..." Não prestei atenção no resto, até porque Lis disse:
- É ele, Mel! É ele! - disse segurando meus ombros
Ele apareceu. E lá estava ele, acompanhado por dois seguranças, e uma multidão ao redor pedindo autógrafos.
Entramos no carro o mais rápido possível - os seguranças entraram também - e fomos comer pizza. Desde a época que eles começaram a namorar, eu e Felipe nos tornamos mais próximos, aí não precisava daquela coisas chatas como reverenciar, e outra babaquices.
- Ai amor, eu estou tão feliz que você está aqui! - disse Liz enquanto o beijava
- Eu também, minha princesa.
Eu já havia me acostumado com o grude dos dois e não me importava em ficar de vela. Mas mesmo assim agradeci por os seguranças estarem lá comigo, que já eram próximos de mim e da Lis.
Fomos pra casa. Felipe e Lis ficaram assistindo filme, enquanto eu fui dormir. Mas eu não conseguia dormir, minha cabeça foi invadida por pensamentos sobre amor, eu via Lis e Felipe juntos, apaixonados e me batia uma vontade de gostar de alguém, e que esse alguém me envolvesse com seus braços e me enchesse de beijos, me dava saudade de quando eu me apaixonei, a única vez que eu realmente me apaixonei, mas esse assunto eu o chamava de "Assunto Proibido".
Era hoje. O grande dia. O dia em que eu receberia meu diploma.
Acordei mega animada e fui correr no parque que ficava há três quadras do meu prédio.
O entrega do diploma seria às duas horas, por isso a minha manhã - e da Lis - seria totalmente agitada. Fomos ao salão fazer as unhas e o cabelo por volta do meio dia/ meio dia e meio.
- Vocês ficaram sabendo que o príncipe chegou ontem à noite? - disse Beth a cabeleireira. Ela era gorda, com o cabelo vermelho tingido e usava um avental cheios de "ferramentas".
Lis nunca contou a ninguém - exceto a mim e os pais - que seu namorado era um príncipe, para evitar pessoas interesseiras.
- É mesmo? - diz Liz me dando uma piscadela
- Você sabe de onde é esse príncipe? - fingi de boba
Mas antes que Beth respondesse, uma moça lhe perguntou algo, impedindo que ela falasse, e quando voltou a arrumar meu cabelo mudamos de assunto.
TOC TOC TOC
Era o Bryan. Ele iria conosco.
Olhei-me no espelho para retocar o batom. Percebi que eu estava exatamente como eu queria. Usava um vestido preto - que batia um pouco acima do joelho - justo e suas mangas eram caídas, tipo o vestido da Bela - da fera -, meu sapato era um scarpin nude, meu cabo estava em um coque largo com a franga caída e minha maquiagem estava linda, embora fosse discreta nos olhos e o batom era cor de boca.
Quando íamos entrar no carro Lis parou e disse:
- Eu estou com um pressentimento de que algo bom vai acontecer! - e sorriu olhando pra mim
Sorri de volta.
- Então aqui está o algo que vai te fazer sorrir. Espero que goste! - Felipe lhe entregou uma caixinha. Era um colar prata com diamantes.
- Obrigada meu amor! - ela sorriu e o beijou
A festa - eu sempre esqueço o nome do evento em que ocorre a entrega dos diplomas - estava muito organizada. Era um salão, parecido com um auditório, havia várias cadeiras para os formandos em um lado do salão e do outro lado era para os convidados, e na frente havia um palco com um microfone e uma mesa no fundo com aqueles cilindros que colocam o certificado.
Todos se sentaram. Vi meus pais sentados nas cadeiras observando com atenção.
- Boa tarde senhoras e senhores! É com muito prazer que parabenizo os alunos de arquitetura.
Vários nomes foram chamados, e nisso um homem entregava o diploma para o formando. Quando chamaram meu nome levantei-me e segui para o palco, peguei meu diploma e desci. Naquele momento em que eu segurei aquele cilindro vermelho eu pensei... Agora eu sou completamente adulta... Agora eu podia falar à todos que eu era formada, independente... Mas eu estava curiosa sobre o que o destino estava preparando pra mim, eu não tinha ideia do que estava por vir.
Depois da "festa", fomos eu, Bryan, Lis, nossos pais e o Felipe jantar num restaurante para comemorar. Naquele momento em que eu coloquei meus pés dentro do restaurante senti algo diferente, algo familiar, mas não sabia o que era.
- Vou querer fetuccine, por favor! E um espumante! - disse ao garçom
- Eu estou muito feliz por vocês! - disse minha mãe
A minha relação com minha família melhorou muito depois que voltei de... L-Londres... Eles perceberam que me tratavam com desprezo, e que insinuavam que eu eu era a culpada pela morte da minha irmã Laila. Conversamos muito e no final nos desculpamos.
..."O príncipe está em Los Angeles"... Escutamos uma mulher falando ao nosso lado.
- Nossa, ainda estão falando sobre isso? - disse pra Lis
- Pois é...
- Com licença! - disse o garçom colocando a comida na mesa
Meu pai colocou espumante na sua taça e disse:
- Eu queria fazer um brinde aos nossos filhos que agora estão se tornando adultos por completo, que se formaram, e agora são independentes! - erguemos as taças - Aos nossos filhos! - repetimos o que meu pai disse. Ele olhou para mim e me entregou uma caixinha.
Era um anel. Dourado, e na parte de cima do anel era mais alto, formando uma espécie de triângulo e havia três diamantes, um na ponta e dois ao lado.
- Obrigada, pai! - e o abraçei, ele me abraçou e cochichou no meu ouvido:
- Eu tenho orgulho de te chamar de filha! Parabéns Melody! - e me deu um beijo na bochecha
- Eu não quero chorar! - disse a mãe do Bryan, Ella, uma mulher negra dos olhos verdes - Vamos comer então?
- Com certeza! - disse Lis e todos riram.
Quando eu estava com eles eu me sentia realmente bem. Mesmo que nós não fossemos do mesmo sangue, eu sabia que eles eram minha família, e não importava se nós não fossemos do mesmo sangue ou se nós não éramos da mesma genética, eu os amava mesmo assim, e ai daquele que os machucasse ou mechessem com eles. Eles eram minha família e eu estava disposta a fazer de tudo para tê-los sempre comigo.
Enquanto comíamos, eu, Lis e Bryan contamos nossos micos na faculdade, contamos sobre algumas viagens que fizemos - como pra Holanda -, nossos pais ficaram falando sobre algumas "aventuras" deles, e o Felipe só ficava rindo. Até ele era minha família, eu o amava também, ele era meu irmão, e ele me disse que eu era sua irmã. Durante esse tempo percebi que os melhores momentos estão nas menores coisas, nas coisas mais simples. Nossa, eu estava parecendo uma filósofa, enchendo minha mente com esses pensamentos. Haha! Estou sentindo alguém me cutucando... O que é isso?
- Melody! - era o Bryan - Terra chamando Melody!
- Ah! Oi! Desculpe...
- Qual sobremesa você vai querer?
- Uma torta de chocolate por favor!
- Com licença!
- No que você estava pensando Melody? - disse Felipe fazendo uma cara de desconfiado
- Eu? Nada. Só estava viajando na maionese mesmo! - disse sorrindo
- Haha! - riu Lis
Depois de termos comido as sobremesas, ficamos conversando. Sabe aquele momento em que você vai trocar a posição em que seus pés estão e você sente que chutou alguma coisa? Pois é, eu chutei alguma coisa. Disfarcei e olhei de baixo da mesa, havia um colar.
Eu já tinha visto ele em algum lugar, devia ser de alguma loja do shopping, pois era prata com o formato da metade de um coração. Passei o dedo por cima e o coração se abriu mostrando uma foto.
Era uma foto minha.
Eu sabia de quem aquele colar era. Eu também tinha - até hoje escondido da Lis - Será que ele estava aqui?
- Com licença. - levantei-me da mesa
- Onde você vai Mel? - perguntou Lis
- Retocar o batom! - disse e fui
Fiquei olhando pra todos os lados do restaurante procurando por ele.
Ele não estava lá. Um sentimento de tristeza invadiu meu coração, na verdade eu não sabia se era tristeza, mas alguma coisa eu estava sentindo. Decidi ir ao banheiro. A entrada era diferente, havia aquela porta igual nos bares daqueles filmes de faroeste, parecia duas janelas no meio do portal, ela ia e vinha. Pude ver que depois da porta havia um corredor e olhando para esquerda havia a porta para o banheiro feminino e à direita o masculino. Fui atravessar a porta "faroeste" mas infelizmente estava perdida nos meus pensamentos e BUM... Trombei com alguém, por sorte não caí nem a pessoa. Quando ia pedir desculpas olhei para os olhos dela e vi, aqueles lindos olhos azuis. Eu conhecia essa pessoa.
AI-MEU-DEUS!
Era o Christopher!
Ficamos encarando um ao outro por alguns segundos. Eu não conseguia falar, as palavras não se formavam. Nosso momento foi interrompido por um de seus seguranças.
- Moça chegue pra lá que o príncipe vai passar! - disse me afastando com a lateral do seu braço forte.
Me afastei. Corri para o banheiro. O que foi aquilo? Será que eu estava sonhando? Molhei minha nuca pra ver se eu me acalmava, retoquei o batom e saí, tentando parecer normal.
Sentei-me à mesa.
- Melody, está tudo bem? - perguntou Lis disfarçadamente
- An? - eu não conseguia pensar, meu coração estava acelerado
- Eu perguntei se está tudo bem. Você está muito pálida! - disse assustada
- E-eu... - apenas entreguei o colar que era Christopher - Olha. - Ela pegou, e quando abriu ela também ficou pálida, sem reação, ela não sabia o que falar.
- Vamos então? Eu já paguei. - disse a mãe da Lis, Luísa, uma mulher loira dos olhos azuis, assim como a filha.
Fomos para o estacionamento.
- Tchau, filha! - meus pais me abraçaram e entraram no carro - Se cuida!
- Tchau! - enquanto isso Lis se despedia dos pais e Bryan foi embora com os seus.
Encostei-me no meu carro e abaixei a cabeça.
- Vem, Melody! - disse Lis segurando meu ombro
- Vamos. - fomos embora
Eu não queria falar sobre o que aconteceu hoje no restaurante, eu queria apenas deitar e relaxar minha cabeça. Mas infelizmente isso não foi possível, porque quanto mais eu tentava esquecer mais aquela cena invadia minha mente. Aqueles olhos azuis e redondos, aquele cheiro de menta, aquela pele branca, eu... Eu, não podia lembrar dessas coisas novamente, eu fiquei esperando ele durante cinco anos. Aquela palavra, aquela merda de palavra Voltarei criou esperança no meu coração quando eu tinha dezesseis anos, eu amava ele de verdade, mas ele nunca voltou, e hoje, que estou com vinte e um ele aparece na minha frente. Está certo que foi muita coincidência, eu sei que ele não voltou "me buscar", como ele disse, mas eu não entendia porque o destino fez isso comigo, depois de cinco anos ele aparece na minha frente. Que merda! Minha mente estava tão cansada dessas idéias que acabei adormecendo.
Um banho frio. Era isso que eu precisava. Algo bem frio para acabar com aquele peso que eu estava sentindo.
Mergulhei na banheira, e com a cabeça dentro da água fechei os olhos. Eu não dormi direito essa noite, porque eu estava tão preocupada - ou sei lá o nome disso - com o que aconteceu ontem? Eu nem gostava dele! Não mais. Eu acho.
Minha cabeça estava explodindo, na maioria das vezes quando ela dói eu coloco meus óculos e melhora - ah! Eu usava óculos agora, ele era preto, e a armação parecia um retângulo -, talvez fosse só cansaço.
- Bom dia Mel! - disse Lis me oferecendo uma caneca com café e leite. Eu aceitei.
- Bom dia, o Felipe ainda está dormindo? - eram oito e meia, e ele sempre... Sempre acorda cedo
- Não, ele saiu, foi comprar algumas coisas.
- Hum... - disse desanimada
- Quer me contar o que foi aquilo? Pra aproveitar que o Felipe não está aqui?
- Eu... - eu não sei se eu queria falar sobre isso - Ontem quando terminei de comer a sobremesa... - e contei o que havia acontecido.
- E-eu... Eu não sei o que dizer! Mas você tem certeza que era ele?
- Tenho né Liza? Eu acho o colar que ele e eu temos, e depois um cara igualzinho ele aparece na minha frente aí o segurança dele fala que é pra eu sair porque ele é un príncipe! - ela ficou sem graça, eu fui mal educada - Desculpa, é que eu não dormi direito.
- Tudo bem! - ela me abraçou - Nós vamos dar um jeito nisso. Mas eu quero te perguntar uma coisa, você ainda gosta dele?
- Não! - eu não sei, sei lá, mas antes eu o amava, agora eu não sei - Eu não gosto dele mais Liza!
- Tem certeza?
Não, eu queria dizer pra ela. Mas eu não faria isso. Causaria mais assunto pra conversar sobre isso. E eu queria mudar de assunto rapidamente.
- Mas como ele está?
- Como assim?
- Aparência.
- Ele está muito gato! Ele é a cópia fiel do ator Douglas Booth!
- Aquele que fez o filme Lol com a Miley Cyrus?
- Aham!
- Olá garotas! - disse Felipe com sacolas cheia de comida - Melody, tem uma caixa aqui pra você!
- Pra mim? Que estranho...
Abri a caixa. Havia um envelope. Abri o envelope. Estava escrito:
VOLTAREI. E atrás estava: Olhe na janela.
Eu não tinha ideia do que me esperava, mas sabia que a carta era do Christopher, eu não sabia o que eu estava sentindo. Olhei para a janela, ele estava lá, todo lindo, com um terno despojado segurando um cartaz escrito: Eu te amo! Me perdoa?
Quando ele me viu sorriu, e sorri também, naquele momento eu pude relembrar todos os momentos juntos que passamos, parece que algo diferente estava no meu coração, eu não sabia o que era, mas eu o amava. Eu sempre soube disso.
Corri até a calçada e o beijei, e nós nos beijamos, e lá na calçada ele se ajoelhou e disse:
- Melody Hastings, você quer ser minha noiva?
Eu chorei. Lágrimas caíram sobre meu rosto, é claro que eu aceitei. Eu o amava. Não há nada que nos impeça de ser feliz. Minha mãe tinha razão, tudo que nós passamos foi necessário para que esse dia especial acontecesse.
E agora, nesse momento eu estou entrando na igreja, com meu vestido de renda nas mangas e a saia bem redonda, há várias pessoas me olhando, umas sorrindo e outras chorando. Christopher está lá, me olhando, sorrindo, aguardando o momento para pegar a minha mão e me conduzir ao altar.
Eu seria a nova rainha da Inglaterra, Melody I. Daqui uns minutos eu estaria com a coroa em minha cabeça.
Os cinco anos que eu esperei valeram a pena, porque hoje - com vinte e um - eu percebo, o fina feliz sempre chega, não importa quanto tempo ele demore, ele vai chegar.FIM DOS FINS!
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Agora sim é realmente o final! Espero que tenham gostado!!! Fim!!!
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Um sonho de verão
Teen FictionDurante as férias, Melody viaja com sua turma para a Inglaterra para conhecer o rei, a rainha e o príncipe que encanta as garotas. Melody não tem a menor vontade de conhecer o príncipe por pensar que ele é metido, ignorante e mimado, por isso os doi...