Safiras

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Estou devendo capítulos em outra fanfic por ter escrito essa daqui KKKKKKKKKK

E sim, eu sou muito cadelinha dos KageHina, não me julguem pela maioria das minhas fanfics serem deles dois!

Muito obrigada por dar uma chance a essa historia e Boa leitura.


Ps: Os desenhos do Hinata e do Kageyama na capa são meus, não sou uma boa desenhistas dos meios digitais, foi o melhor que eu fiz no IbisPaint S2




"Azuis como o oceano

Velejarei sem planos"

Sandro Sansão da Silva Costa


Passado

Entrelacei meus dedos entre os seus tentando lhe passar a tranquilidade que o momento pedia. Mas como iria te passar isso sendo que meu interior trincava a cada passo que dávamos?

— Shou-chan... Você está feliz, não é? Eu vou saber o que é ter uma família! Eu estou tão animado para conhecê-los! — seus olhos grandes de um azul infinito me fitaram, brilhantes, como se o mar calmo refletisse a imensidão do céu noturno.

Sinto-me egoísta por querer tê-lo sempre comigo.

— É claro que estou — Não me abandone aqui, por favor — sorri, segurando sua mão com uma força moderada, meu peito se apertou.

Quando a porta à nossa frente se abriu, sabia que não poderia segurá-lo mais, então deixei-o ir. Seus primeiros passos eram hesitantes, mas então tornaram-se firmes, o levando diretamente para o casal que o esperava.

Permaneci ali parado como um manequim, tentando pegar um pouco daquela alegria para mim. Senti-me mal por fingir sorrisos e desejos de felicidades, sendo que minha luz diminuía cada vez mais. Quando ele passou a porta, entendi que havia o perdido para sempre.

Antes dela se fechar totalmente, ele abanou para mim, foi lindo e melancólico. Seu sorriso era tão grande. O meu morria a cada passo seu. Olhos tão cheios de vida. Minha visão começava a tornar-se cinza. As bochechas fofas e rosadas. As minhas pálidas e molhadas.

Meu dormitório tornou-se escuro, vazio e frio. A cama antes ocupada por você estava arrumada, a cômoda vazia agora era só minha. Sua manha matinal para acordar não estava mais presente e sua face inocente um dia seria apenas uma lembrança esquecida na minha mente.

Perguntei-me se lembraria de mim no seu aniversário, Natal e Ano Novo ou estaria ocupado demais abrindo os presentes que ganharia. "Quero ser jogador profissional" disse-me uma vez. Talvez eu o reconheceria quando fosse famoso e seus olhos de oceano profundo estivessem estampados num outdoor.

Temia que ele nunca mais se lembrasse de mim, que Hinata Shoyo fosse apenas uma lembrança de uma infância facilmente esquecível.

Pedi inutilmente que um dia nos reencontrássemos.


Presente

— Vamos Emma, vamos chegar atrasados — chamei da porta, ajeitando meu casaco sobre os ombros.

Emma era a minha filha adotiva, sendo acolhida por mim ainda bebê. Seus cabelos eram alaranjados como os meus, revoltosos e desgrenhados, os olhos eram as mais belas esmeraldas que já tinha visto e possuía uma personalidade semelhante a minha: Energética e curiosa.

— Já estou aqui papai — seus pés batiam na escadaria da casa e vinham em minha direção. A camisa branca era grande para si, mas lhe dava um charme junto da pequena trança de fitas coloridas no lado esquerdo da cabeça, as sapatilhas douradas e um calção-saia rodado .

The art of eyes contactOnde histórias criam vida. Descubra agora