The art of eyes contact

Quase Divino

Boa tarde pessoal!

Bem vindos a mais um capítulo ✨

Boa leitura e temos curiosidades sobre o Kageyama lá no final.

"Eye contact:

How souls catch fire"

Yahia Lababidi

Acordei no pulo com meu celular tocando na minha orelha, tinha dormido com ele debaixo do travesseiro. Olhei o horário, 12:12¹. Só podia ser brincadeira. Tinha uma chamada perdida de Korai e sinceramente? Estava a ponto de bloquear ele da minha lista de contatos.

Ignorei, se ele quisesse falar comigo, que ligasse novamente ou mandasse mensagem no Line². Aproveitei que era sábado e fiz meu próprio almoço, não estava a fim de pedir comida. Nada muito elaborado, só esquentei um pouco de gohan³ que estava na geladeira e fritei três pequenos empanados de frango para acompanhar.

Ao invés de uma ligação, Hoshiumi tinha me mandado um áudio de 5 minutos me avisando - novamente - sobre o encontro, como se eu já não estivesse nervoso e preocupado o bastante. Não tinham ideia se o bailarino aceitaria sair comigo e só o fato dele recusar já me deixava triste.

Ignorei os pensamentos e foquei parte daquela tarde em lavar as roupas, estender as mesmas e dar uma boa geral no meu apartamento, já que nunca se sabe, vai que a gente resolvesse terminar a noite de maneira mais íntima, se é que me entendem... Ok, eu não pensava em trazer ele logo para a minha cama, mas Hinata Shoyo era um completo gostoso e eu moveria mares para ter apenas um beijo seu.

— Isso soou estranho — pensei alto comigo mesmo. Dei de ombros, continuando a tirar o pó dos móveis e trocar o lençol, deixando tudo limpinho e cheiroso. Não queria que ele pensasse que eu era um vagabundo que não fazia nada em casa.

Já passava das 16 horas quando terminei de arrumar tudo, então corri para escolher um conjunto formal, passando o mesmo rapidamente. A primeira impressão era tudo, então escolhi algo bem ajustado, porém simples. Não queria ir exagerado, nem simples demais. Por fim, separei uma camisa e escolhi a gravata, achando um sapato que combinaria com o conjunto da obra.

Lembrei da dica de Nicollas e liguei para uma floricultura ali perto, encomendando um buquê de flores. Não especifiquei, apenas pedi algo que fosse marcante, mas de forma sutil. A vendedora me garantiu que tinha algo em mente e que não iria me arrepender. Apenas confiei no seu trabalho, pois se dependesse de mim, levaria as flores mais clichês possíveis, tipo rosas vermelhas.

Nada contra, rosas são lindas e vão muito bem em buquês, acredito eu. Mas são tão batidas, sabe? Meio repetitivo e principalmente, sem nenhuma originalidade. Queria fugir desse padrão. Queria que Hinata olhasse para as flores e lembrasse de mim.

Fiz mais um lanche antes de tomar banho. Aproveitei para aparar um pouco minha região íntima, cuidado nunca era demais. Sequei o cabelo e vesti a roupa, passando o perfume para que quando eu chegasse no teatro, já estivesse um pouco mais suave. Sai de casa às 18:30, já que deveríamos entrar bem antes do espetáculo começar.

o0o

Meu Deus... Eu estava vendo um anjo na minha frente. Hinata Shoyo vinha com um leve sorriso pelo corredor, fitando o mezanino em que nós estamos. E eu podia dizer com toda a propriedade do mundo, que ele era lindo, espetacular. Pessoalmente era quase divino.