Desconfianças

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Boa noite pessoal!


Sejam bem vindos a mais um capítulo S2


Muitas informações abaixo, então, estejam preparados!


Boa leitura :3





"Antes de saber

que é amor,

a gente sabe

que é algo.


E já é fantástico

quando é algo"


Desconhecido



Estiquei os braços para cima acenando para os torcedores que berravam com a nossa vitória em cima do outro time, que nos olhava entristecidos. Foi um bom jogo, eles tinham garra e vontade, mas estavam um pouco dessincronizados e erraram alguns fundamentos básicos.

Me juntei aos outros para cumprimentar os jogadores, mandando olhares encorajadores e desejos de jogos melhores. Nem todos levavam aquilo como um desejo sincero, mas como provocação. Então recebi um ou dois xingamentos e olhares atravessados, nas relevei, fazia parte do esporte esse quê de rivalidade.

Segui para perto das arquibancadas, fazendo uma mesura para a torcida, que nos aplaudiu e então ficamos por ali autografando camisetas, bolas, pelúcias e papéis. As crianças faziam fila para tirar foto e conversar um pouco com a gente, então isso sempre demora mais.

Depois de dispensar os torcedores, fui em direção ao vestiário tomar um bom banho. Hoshiumi já cantarolava numa das cabines junto com Heiwajima e Sokolov. Era uma musiquinha que alguns torcedores cantavam no meio dos jogos para nos motivar e ainda alfinetar o time e a torcida adversária.

Tirei as roupas e enrolei uma toalha na cintura, pegando meus produtos de higiene e entrando numa cabine mais ao fundo, ficando coberto do peito para baixo pela porta de metal. Notei que Ushijima e Romero olharam para mim, mas ignorei. Era meio normal reparar no corpo um do outro, tipo as marcas vermelhas nas costas de Wakatoshi.

Me perguntava se ele namorava um bailarino ou se o tal Tendo era do tipo violento, porque às vezes, o camisa 11 reclamava de dores comentando sobre como o ruivo o tinha feito "trabalhar" durante a noite.

— Souberam da nova contratação do Black Jackals? — o capitão falou da área dos armários — Temos um adversário digno para você, Kageyama — fechei os olhos, deixando que a água escorresse pelo meu rosto.

— E quem é esse?

— Miya Atsumu... esse desgraçado — ouvi a voz de Korai. Baixa, grave e repleta de ódio. Me virei para a área dos bancos, fitando o baixinho olhando o celular. Sua mão livre se mantinha fechada, como se estivesse pronto para socar alguém.

Nunca o tinha visto desse modo. Hoshiumi era tão energético quanto Hinata, quase um doppelganger dele. Ele nunca se mostrou violento ou com tanta raiva como seus olhos demonstravam agora.

The art of eyes contactOnde histórias criam vida. Descubra agora