Um lugar para se repousar

84 10 25
                                    

Boa noite meus leitores lindos!

Venho com mais um capítulo dessa belezinha. Dessa vez, vou tratar de esclarecer a relação entre o Shoyo e o Atsumu. Eu pretendo dar um basta oficial nesse conflito um pouco mais a frente, por enquanto, apenas deixei o Tobio ciente de tudo o que aconteceu.

Dito isso, boa leitura! A classificação desse capítulo é +14(cenas de beijo, toque físico e insinuação de violência )




"Seus olhos

me deixam em dúvida

se o céu

fica

realmente

lá em cima"


Victor H. Machado



Sai do carro com Emma no colo e sua mochila no ombro. Ela ainda não havia entendido muito bem porque estava a deixando na casa dos vovôs novamente, apesar de estar adorando a ideia.

— Meu filho... Meu amor — Chuuya abriu a porta com rapidez depois que toquei a campainha. Ele tinha um belo sorriso no rosto, enquanto beijava a testa da minha filha e me dava um beijinho no rosto.

— Vai lá com o vovô Dazai — apontei, seguindo com o ruivo até a cozinha.

O de cabelos castanhos lia um livro numa poltrona na sala.

Sentei a mesa, onde uma xícara com café foi posta na minha frente, junto de uma fatia de torta de limão. O silêncio se estendia pelo cômodo, enquanto ouvia a ruivinha rindo de algo que passava na TV.

— Então... você e aquele jogador... — sabia que ele tocaria naquele assunto.

Fingi não ver a mensagem no Line em letras garrafais enviada por ele no dia do escândalo todo.

"QUE HISTÓRIA É ESSA, HINATA SHOYO? DESEMBOLA ESSA FOFOCA!"

Foi o que li. Logo abaixo um link para uma matéria numa revista famosa com um título bem tendencioso, entretanto, chamativo: "Romance na luz do dia? Kageyama e Hinata trocam beijos ao ar livre no parque Yoyogi"

— Estamos nós conhecendo — sorri, deslizando o celular sobre a mesa, uma foto que tirei com ele aquela tarde ocupava a tela.

Chuuya colocou os óculos, deixando uma careta escapar ao ver o moreno de olhos perspicazes, mas com um sorrisinho ao meu lado.

— Ele é bonito, isso é inegável — comentou pacífico, me devolvendo o aparelho — Mas... ele te trata bem? — seus olhos se grudaram aos meus, pedindo silenciosamente que eu não escondesse nada.

Nem se quisesse eu poderia esconder coisas deles. Eu era um completo livro aberto depois de tudo que passei com Atsumu. Só eles sabiam o quanto aquele relacionamento apagou meu brilho. Eu não era mais o Hinata Shoyo, era uma casca vazia, onde o medo e a melancolia faziam par com o vazio.

— Melhor do que bem — assenti, não desviando o olhar — Tobio é um pouco tímido, mas atencioso. Tem boa conversa, gosta da Emma e é meu antigo amigo do orfanato! Eu finalmente encontrei ele — comemorei, deixando minha felicidade extravasar, quase derrubando a xícara no processo.

The art of eyes contactOnde histórias criam vida. Descubra agora