Seu corpo é um poema

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Boa noite galera!

Acho que já chegamos no horário das crianças dormirem, então posso postar esse capítulo aqui 👀

ATENÇÃO: Classificação indicativa de +18 (cenas de sexo explicito)

Boa leitura :3







"Ele queria um poema,

Então escrevi

com meus lábios

em cada parte

do seu corpo."

Pedro Miranda

Desde que Hinata havia concordado com o filme e estendido o convite para um jantar na sua casa, eu sabia que terminaria a noite junto dele, de preferência numa cama. Estava um pouquinho nervoso para isso, mas nossas conversas e os beijos trocados já me mostravam o que me esperava.

Ele parecia ser do tipo que esconde sua verdadeira face e só revela em momentos muito específicos. Tem um rostinho extremamente singelo e até angelical, inocente, mas tenho certeza que esconde algo por trás disso. Só preciso pressionar os lugares certos para que ele se desarme comigo.

Mas nem só de expectativa se vive o homem. Me permiti esquecer um pouco a parte sexual que talvez se desenrolasse nas próximas horas e foquei em conhecer mais um pouco de Hinata e sua casa.

Era um apartamento comum, talvez um pouco maior que o meu, é bem aconchegante. Mesmo com o branco chapado da pintura, ele deu um jeito de quebrar aquele "ar de hospital" com objetos de decoração, como plantas, vasos, almofadas coloridas e os quadros.

Enquanto Hinata se preocupava em fazer pipocas para assistir ao filme, dei uma escapulida, investigando o corredor de acesso aos quartos que era repleto de fotografias emolduradas. Era ele em muitas paisagens verdes e o mar, com pessoas desconhecidas mas com sorrisos enormes e era possível até perceber o clima alegre e amigável das fotos.

Havia uma em que reconheci Romero, Mariangela e um Rubens criança, pareciam tão próximos, familiares. Era um apartamento de chão de taco, com plantas penduradas num canto. O mais velho sorria, fazendo chifrinhos no ruivo, que mostrava a língua para a câmera. Ele e Mariangela estavam sentados no chão e tinham Rubens deitado no colo, ocupando os dois espaços, fazendo um "paz e amor" com os dedos.

Ao lado, estava Shoyo com mais dois homens estranhos, ele parecia ter acabado de sair de uma apresentação por ainda estar com o figurino e a maquiagem e segurava um pequeno mimo nos braços, não aparentava ter mais que 15 anos. Era bem mais magro, tinha pouca massa e as roupas pareciam folgadas.

Tinha várias com Emma, só reforçando a imagem de pai babão que ele me passava. Algumas na Disney, com a garotinha vestida de Merida apesar dos fios curtinhos. Noutra, ela usava roupas típicas natalinas e abraçava uma rena de pelúcia enorme, parecia ter uns 4 anos.

Antes que eu pudesse bisbilhotar mais um pouco das fotos, ele me chamou para a sala.

— Te assustei? — me olhou com um sorrisinho e a sobrancelha arqueada. Havia um balde de pipoca na mesa de centro e duas latinhas de refrigerante.

— N-não... estava olhando suas fotos — apontei envergonhado para o corredor.

— Tudo bem, estão ali para serem admiradas mesmo. Fiz com o intuito de ser uma parede de memórias, são todas fotos especiais e em momentos importantes para mim — seu tom de voz era meio emocionado e nostálgico, apesar da sua posição em frente a tv. Ele parecia uma garça com uma perna levantada e apoiada na outra.

The art of eyes contactOnde histórias criam vida. Descubra agora