Fogos de artifício

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Boa noite pessoal, bem vindos a mais um capítulo!

Hoje eu resolvi fazer algo soft-hot KKKK então a classificação do capítulo é +18. Vocês estão avisados S2




"Na curva dos seus olhos

existe uma galáxia.

Em mim reside um

buraco negro.


Será egoísmo

querer lhe consumir

por inteiro?"


Pedro Miranda


Adentrei o estabelecimento um pouco nervoso. Havia marcado de encontrar Kageyama para um jantar num famoso restaurante um pouco mais refinado. O lugar era afastado do centro e tinha uma decoração neoclássica, com alguns poucos toques de modernismo. A maior parte da iluminação era por velas e uma música composta por Jean-Marie Leclair tocava tão baixo que mal pude identificar devido a conversa dos outros clientes. O jogador propôs o encontro, pois queria oficializar nosso namoro, então já estava preparado para isso.

Fui guiado até uma mesa perto das grandes janelas laterais do lugar, onde o meu namorado já me esperava, devidamente trajado. Também havia colocado uma roupa um pouco mais formal para a ocasião, embora eu odiasse usar ternos, fazia esse sacrifício em prol dele. Agradeci a simpática funcionária e me sentei, aproveitando que ele havia feito um belo gesto de cavalheirismo e puxado a cadeira para mim.

Sorri, lhe fitando com um pouco do meu nervosismo transformando-se numa sensação gostosa no meu peito.

— Não sabia que era adepto ao cavalheirismo...

Ele me fitou, com seus olhos de safira reluzindo para mim na iluminação amarelada.

— Tudo por você — disse, me fazendo praguejar dentro da minha cabeça. Maldito homem perfeito que estava me deixando cada vez mais apaixonado.

Deixei um risinho escapar, aceitando o cardápio de vinhos do sommelier.

Concordamos em pedir uma champanhe a escolha e aproveitamos para pôr a conversa em dia, regada a bebida de uma vinícola francesa. Deveria agradecer ao funcionário, era uma delícia.

— Miwa pediu que você me acompanhasse num jantar na casa dela... para te conhecer — assenti, de acordo com a proposta — Não precisa ser realmente um jantar, até um almoço no domingo, talvez? — indagou.

Tomei mais um gole da bebida, concordando minimamente.

— Claro, avise ela que eu estou de acordo... só preciso ver se a Emma pode ficar com os meus pais — comentei, pegando o cardápio e entregando o outro para Kageyama — Que tal pedirmos as entradas? — vasculhei o menu.

— Emma pode vir junto? Sabe, o Taka vai adorar a companhia dela — meu rosto se tornou vermelho, como eu podia ter esquecido que o melhor amigo da minha filha era filho da Miwa? — Então... o que acha de canapés de camarão? — apontou para o cardápio.

— Perdão. É claro, ela também vai adorar — concordei — Acho que prefiro uma salada grega. Podemos pedir cada um, seu prato — mordi os lábios, um pouco desconfortável com a ideia dele entender errado a minha fala.

The art of eyes contactOnde histórias criam vida. Descubra agora