The art of eyes contact

Bailarino Enigmático

Boa noite! Bem vindos a mais um capítulo dessa fanfic!

Boa leitura :3

"Há uma constelação

nos teus olhos castanhos

que fazem o meu universo

querer colidir com o seu."

Desconhecido

Sabia que Miwa ia me matar assim que colocasse os pés dentro da casa dela. Tinha marcado um almoço para comemorarmos o dia em que nos reencontramos e estava uma hora atrasado. O trânsito estava totalmente parado por conta de um acidente alguns metros à frente na pista.

Estacionei na vaga de visitante do prédio onde ela morava e usei o espelho do elevador para ajustar minhas roupas. Bati a porta e fui atendido pela coisinha que eu mais amava na vida.

— Tio Tobio! — gritou, se jogando nos meus braços e eu só tive tempo de o segurar, o abraçando bem forte.

— Olha só! Você tá enorme rapazinho — sorri, deixando ele no meu colo e encontrando meu cunhado parado à porta.

— Bom dia, Kageyama — sorriu para mim, estendendo a mão.

— Bom dia — fui cordial. Não tinha muita proximidade com ele, por isso não o tratava com tanta intimidade.

Fui convidado a entrar, cumprimentando rapidamente minha irmã, que finalizava a comida. Meu sobrinho continuava agarrado a mim e não parecia querer soltar tão cedo, ainda mais que eu tinha trazido um presente para si.

Sentei no sofá, enquanto meu cunhado buscava um copo de água para mim.

— Deixa que eu ajudo, pequeno — o jeito no meu colo, pegando a fita e desamarrando, entregando o pacote para ele terminar de abrir.

Seus olhinhos brilharam ao ver o que tinha ali dentro.

— Uma camiseta?! Do seu time, titio? — tinha uma careta fofa de espanto. Concordei com a cabeça, virando a peça nas costas, onde tinha meu nome e número, além do autógrafo de todos, inclusive de Sokolov que era seu jogador favorito.

Confesso que fiquei com um pouco de ciúmes, mas era essa coisa boba de tio. Quando Miwa me contou sobre a gravidez, fiquei muito feliz por ela, mas um pouco receoso por mim, já que não costumo me dar bem com crianças. Mas quando peguei aquele pacotinho de um dia de vida no colo, senti que eu devia o mundo a esse garoto.

Agora que ganhava bem, não pouparia esforços para encher ele de mimos como o tio babão que sou.

Junto também havia uma pelúcia, que ele agarrou e foi correndo chamar pela mãe.

— Olha mamãe, o titio Tobio me deu — levantou os bracinhos, mostrando a águia para ela — Eu posso levar amanhã para a escola? Eu quero mostrar pra Emma! — deu alguns pulinhos e eu me perguntei se era a mesma Emma que eu conheci.

Levando em consideração que Taka estava na classe de Sugawara e a garota também era aluna dele, as chances dela ser amiguinha dele, são enormes.

— Claro meu amor — ela concordou e o pequeno foi correndo para o quarto guardar o que ganhou — Ele veio da escolinha ontem só falando dessa Emma — me chamou para um abraço, o qual aceitei de imediato. Ainda não havia a cumprimentado devidamente.