Âmbar

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Bem vindos a mais um capítulo! Um pouco tarde, mas lembrei só agora que tinha uma fanfic para atualizar. Minha internet também está um pouco instável.

Fiquem a vontade e boa leitura S2



"Tiras-me do escuro

se ouço me chamar teus sons.

Abro os meus olhos, os teus procuro,

acho-os tão belos! Marrons...

Tanta luz neles apanho

então em tom sobre tons...

Não são castos, são castanhos.

Desejo e paixão! Marrons...".

Saulo Pessato


Passado

Meus olhos varrem aquele lugar, os outros me fitavam com curiosidade. Então passo o olhar para a mulher, que me empurra delicadamente, fazendo-me dar um passo à frente.

— Crianças, esse é Tobio Kageyama, ele vai morar conosco a partir de agora — o tom doce dela quase implorava para que eles fossem legais comigo. Eu era um novato, afinal.

— Oi — o coro de vozes infantis me atingiu em cheio. Pouco depois eles se afastaram rapidamente, voltando as suas brincadeiras já iniciadas.

— Oi — sussurrei, um pouco cabisbaixo.

— Porque você não pega um brinquedo ali na caixa e tenta se enturmar? — virei meu rosto novamente, concordando timidamente, mesmo que eu soubesse que não iria adiantar muito.

Sempre fui fechado para fazer amizades, sorria muito pouco desde aquilo e evitava conversar com outras crianças.

Ela me deixou sozinho. Um rato em meio aos gatos.

Caminhei de forma travada até a caixa e apanhei um boneco de pano, com olhos de botão e cabelo de lã. Sentei em um sofá, passando a remexer os membros anormalmente mais alongados do brinquedo, imaginando ser um grande jogador de vôlei, como vovô me dizia.

Poucos minutos se passaram e então um garoto baixinho se abaixou na minha frente, tentando capturar minha atenção.

— Eu sou Hinata e você? — indagou, com um sorriso enorme, que o transformava no sol de tão radiante.

Virei o rosto, negando a aproximação.

— Bem... eu queria brincar — meu rosto continuou virado, mas meus olhos foram para seu rosto envergonhado. Ele era fofo, com um cabelo meio ondulado e cacheado, naquela cor tão viva — Você ainda não conhece ninguém... pode começar comigo — agarrou minha mão, me puxando da sala e indo em direção a área verde do orfanato.

— Eii... — reclamei, estranhando a forma com a que ele parecia ignorar minhas vontades.

— Vamos, vamos. Quero te mostrar algo! — gargalhou, puxando-me e eu apenas me deixei levar.


Presente

Estava me trocando no vestiário dos Adlers. A partida de hoje era importante, estávamos em 6° lugar na tabela e precisávamos avançar até pelo menos o top 3 para conseguir vaga no campeonato asiático.

The art of eyes contactOnde histórias criam vida. Descubra agora