Como você chegou na minha vida - Bônus I

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Boa noite, pessoas, tudo bem?

7 meses atrás eu finalizei essa história com 17 capítulos e prometi os bônus e aqui está o primeiro deles:

A chegada de Emma na vida do Shoyo.

Espero que vocês gostem e aproveitem. Boa leitura S2




Anos antes.

Já faz quase 5 anos que estou no Rio de Janeiro e a um mês de retornar ao meu país de origem, já começo a me preparar para a longa viagem e toda a melancolia que seria se separar dos meus alunos. Todas aquelas crianças tomaram uma parte do meu coração e me vi muito ligado a elas. Estavam tão acuadas com o "novo professor estrangeiro", mas logo perceberam que eu não mordia e a língua não era uma barreira, já que tentavam a todo custo entender meus gestos.

Eles eram tão preciosos, que mesmo sem eu perceber, já agia como uma mãe ou um pai preocupado. Quando alguém estava triste, me sentava e perguntava o porquê. Faltou às aulas de ballet, tentava entrar em contato e perguntar o motivo.

Acho que sempre existiu em mim um pouquinho desse lado paternal, já que meus pais eram os melhores do mundo e eu queria dar a outra criança todo o amor que eu tive quando fui adotado. Mas sei o quanto é burocrático o processo de adoção, por isso iniciei tudo via online, para chegar ao Japão com metade dos processos já encaminhados.

Chuuya havia me dito que demorou 3 anos o processo todo quando resolverem adotar, desde a entrada na papelada, a fila de espera até encontrarem crianças no perfil que procuravam e então a visita aos orfanatos. Eu sabia que deveria me preparar para esperar quando dei início em tudo.

Já em solo japonês, tive que passar por algumas entrevistas para garantir que eu teria todo o discernimento psicológico para criar uma criança. Dazai tinha me falado que estava preparado para tudo, menos que eu fosse uma bateria ambulante que não tinha hora para terminar, mas que com o tempo, aprendeu alguns macetes para me pôr pra dormir no horário.

E eu me preparei muito para ter essa criança em minha vida, primeiramente comprando um apartamento com dois quartos, onde um seria da criança e outro meu. Visitei escolas infantis e bairros tranquilos para poder ter a segurança necessária, comprei roupas e mais um pouco de coisas que eu não sabia se poderia usar no meu futuro filho.

Mas me preparei para uma criança de no máximo um ano e meio, não para Emma, um bebê de dois meses de vida.

A notícia que mudou minha vida tinha vindo de maneira repentina, quando eu estava voltando de um ensaio. Lembro de quase bater no carro da frente quando a moça da assistência social me ligou, avisando que uma criança no perfil que eu procurava, estava para adoção, mas no berçário do hospital.

Nem sei direito o que respondi, apenas mudei a rota e fui direto para o endereço que me foi passado, com o meu coração batendo a mil no peito. Obviamente, não esperava que essa criança fosse a que eu adotasse, mas quando bati os olhos naquele pacotinho de fios ruivos claros e olhos tão esmeraldinos quando a água, foi como encontrar um oásis depois de dias no deserto.

A enfermeira que me acompanhava se disponibilizou a pegar a bebê, que se remexiia inquieta e choramingava no berçário. Mas o choro se aquietou quando aninhou-se no meu peito, com o corpinho envolto nos meus braços, que temiam derrubar aquele ser tão precioso.

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⏰ Última atualização: Jan 25, 2023 ⏰

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